Missão Cupido - SwanQueen (FINALIZADA)

Capítulo 5.

EMMA SWAN.

Depois que o furacão Zelena Mills saiu da casa de Regina e Ruby saiu praticamente correndo na tentativa de conter esse furacão, eu permaneci do mesmo jeito que estava, sentada e com a boca aberta, na falha tentativa de falar alguma coisa. Mas depois que a Mills ruiva jogou todas essas palavras aqui na sala, meu cérebro não está sendo capaz de formar nenhuma frase coerente.

Olha para frente e vejo Regina de costas, olhando para um ponto fixo qualquer. Suspiro pesadamente e me levanto, seguindo rumo a porta.

— Bom, eu vou indo... depois a gente se fala.

— Até mais. — diz sem se virar.

Sigo para meu carro e após entrar no mesmo, fico alguns minutos com a cabeça escorada no volante. De que buraco Zelena tirou que eu tenho ciúmes de Regina? Ok, pode até ser que desde aquele dia em que julgo ter atrapalhado Regina e a tal loira, eu tenha ficado um pouco desconfortável em todas as vezes que a Regina toca no assunto. Mas não é ciúmes. Até porque, que motivos eu teria para ter ciúmes de Regina com uma ficante? Nós somos amigas e isso não influencia em nada na nossa amizade.

Mas e a parte em que Zelena falou que Regina baba em mim e fica perdida me encarando? Regina Mills baba em mim? Onde? E por que faria isso? E bom, sobre a parte de me encarar, assumo que já peguei a mesma me olhando por longos segundos mesmo, como na noite passada. Que ódio! Meus neurônios estão quase pegando fogo de tanto pensar nessas coisas que Zelena disse. E céus, por que eu estou dando tanta importância a isso?

Ligo o Yellow e sigo até minha casa. Aliás, me mudei na sexta-feira, já que aos quarenta e cinco do segundo tempo, resolvi dar mais uns dias para Mary Margaret e David Nolan se acostumarem com a idéia e principalmente, para minha mãe voltar a falar comigo. E bom, pelo menos valeu, já que nos três dias a mais que fiquei por lá, tive uma longa e sincera conversa com os dois. No fim, depois de muito choro em ambos os lados, estava eu lidando com uma empolgação repentina vinda de Mary, que lógico, queria ser a primeira a visitar meu novo apartamento.

Após enfrentar um trânsito horrível, finalmente cheguei e infelizmente, com tempo o suficiente apenas para um banho. Sigo direto para o meu quarto, colocando cuidadosamente minha farda sobre a cama, e meus coturnos ao lado do móvel. Entro para o banho e no primeiro contato da água com meu corpo, sinto um arrepio percorrer pela minha espinha. Fico alguns segundos observando o vapor quente se espalhar pelo banheiro, embaçando o box do mesmo.

Fecho os olhos, enquanto deslizo o sabonete por meu corpo. Maldita hora em que fechei os olhos. Sem muito esforço consigo me lembrar nitidamente da foto que vi no celular de Regina. Bem, em todo esse tempo de amizade, se tornou meio que corriqueiro eu e as meninas nos vermos vestidas apenas de roupas íntimas. Nunca vimos problemas nisso. E não há um problema mesmo, certo? Não, não há. Quer dizer, na verdade não haveria, se naquelas fotos a Mills não tivesse tão... sensual?

Abro os olhos e balanço a cabeça negativamente na tentativa de afastar essas lembranças e quaisquer pensamentos que pudessem aparecer com elas. Desligo o chuveiro, me enrolo na toalha e trato logo de me vestir. E cara, não é por nada, mas eu fico um charme que só dentro dessa farda. Enfim, logo termino de me arrumar e ao olhar no relógio, tento não surtar pelo provável atraso. E mesmo morrendo de fome, decido adiar o café da manhã.

Por sorte, a localização do meu apartamento me ajudou bastante no quesito trabalho e por isso, não demorei mais que vinte minutos para chegar ao quartel. Assim que chego, cumprimento alguns colegas de farda, mas sem tempo para conversas, logo temos uma ocorrência para atender.

As informações passadas por alto, nos indicam um assalto a mão armada num grande centro de comércio da cidade. Entro no carro com Killian Jones, e se você me achou louca por correr atrás de um ladrão em plena avenida Paulista, é porque não conhece Jones. Esse cara tem uns dez parafusos a menos na cabeça, se mete em cada enrascada, que só por Deus.