PARTE IV- FINAL.

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> Conteúdo adulto.

> Meu psicológico tá só o Bucky na cozinha.

> Não revisado.

Boa leitura, doces!🧁💕

• ⚜ •

Na manhã seguinte, a explosão de Harry não fora mais mencionada por nenhum deles. Embora Bucky estivesse, verdadeiramente, pisando em ovos ao lado do garoto desde que assistira os olhos verdes e serenos abrirem e um sorriso os acompanharem. O beijo que trocaram também não havia sido mencionado pelo garoto, embora Harry corasse sempre que seus olhos se cruzassem, o que parecia ter acontecido muito naquela manhã de sábado. Bucky não tinha certeza se deveria dizer algo, ou então como deveria se sentir em relação a isso, afinal Harry só tinha dezessete e tudo o que Bucky queria, desde o beijo, era agarrar Harry e realmente beija-lo.

O que era verdadeiramente problemático, muito mais do que sentir a bizarra sensação avassaladora de preocupação e cuidado, ou o crescente afeto pelo garoto. Ele não tinha certeza de onde vinham esses milhões de sensações que tomavam conta de seu peito sempre que olhava para o garoto, mas ele sabia que havia algo grandioso por trás disso. Sabia que não era só alguns sentimentos, sabia que não era só preocupação. Bucky sabia porque querer gravitar  ao redor do garoto a cada segundo do seu dia, como se todo o seu corpo fosse puxado para o lado de Harry, não era algo normal, não era simples, não era insignificante.

O restante do sábado havia sido completamente e absolutamente estranho. Harry estava quieto e pensativo, ele próprio estava quieto e pensativo. Nenhum dos dois sabia o que falar ou fazer, ou se deviam conversar sobre isso, ou esquecer. Tudo o que fizeram fora trocar palavras tensas e muito bem pensadas enquanto desviavam o olhar. Harry parecia estar em um estado perpétuo de constrangimento e Bucky duvidava que suas bochechas pudessem ficar mais vermelhas do que elas haviam estado durante o sábado inteiro. Bucky, ao menos, não deixava tudo tão aberto. Ele estava sim constrangido, mas se suas bochechas corassem depois de cento e seis anos ele iria preferir se suicidar.

O atmosfera ao redor de ambos estava tão esquisita que até mesmo Sam e Steve haviam percebido e, embora, nenhum dos dois houvesse dito algo, ambos passaram boa parte do sábado analisando-os. Isto é, até resolverem ir ao mercado torcendo para que os dois esquisitos se acertassem antes que eles voltassem. Quando ambos saíram da porta, tanto Harry quanto Bucky se olharam de esguelha e desviaram os olhares sem deixar de tomar o chá que haviam feito há poucos minutos. Bucky estava definitivamente cansado de passar todo o dia sem saber o que fazer ou dizer ao lado do garoto e podia perceber que Harry também. Mas ainda assim, ele não fez nada. Não até que Harry tomasse a iniciativa.

‐ Bucky?‐ chamou, Harry, baixinho. Seus olhos fitavam a xícara de chá fumegante entre suas mãos.

- Hum?- murmurou, fitando o garoto pelo canto do olho.

- Aconteceu alguma? Foi por causa... Me desculpa, eu...- Harry começou, ainda sem olhar para Bucky. Suas bochechas voltaram a ficar vermelhas e sua voz era fraca e insegura.

- Não se desculpe.‐ cortou, Bucky, deixando sua xícara de lado e virando de frente para o adolescente. Com a mão empurrou o acento giratório da banquete de Harry para deixá-lo de frente para si. - Eu só não sei o que fazer, não sei se você realmente queria me beijar ou se foi só algo do momento.‐ justificou, sua mão tocando o rosto de Harry e acariciando suas bochechas vermelhas com o polegar.

- Eu queria fazer isso.- sussurrou, Harry, os olhos verdes ainda não fitavam seus olhos.- Me desculpe se eu constrangido você, ou deixei você desconfortável. Eu não devia ter...

- Não termine a frase.‐ cortou, Bucky, outra vez atraindo o olhar surpreso do garoto.‐ Eu não fiquei desconfortável e nem constrangido. Você devia sim ter feito isso porque beijar você é algo que eu quero há dias e se você terminar essa frase eu vou ter que calar você.— completou, segurando o rosto de Harry com ambas as mãos.‐ Com a minha boca.

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