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Acordo cedo, muito antes das seis. Não estou me sentindo bem, estou com sono. Se eu voltar a dormi talvez eu acorde muito em cima da hora. Ponho meus óculos para consegui enxergar a luz passando entre as cortinas, vejo que Beatrice está dormindo com a roupa que ela usou na festa, devia ter chegado tarde, penso.
Arrumo-me para ir tomar café, não me importando com o tempo que levo para fazer, ainda tenho bastante tempo, e não preciso pegar ônibus nem nada para que precisasse me preocupar com a hora. Quando estou pronta chamo Beatrice, não quero que ela se atrase, e pelo jeito que ela esta dormindo não parece que irá acordar muito cedo.
− Beatrice. – chamo-a, esperando que ela acorde, mas ela vira de lado e resmunga alguma coisa. – Beatrice, acorda. – falo um pouco mais alto e sacudo de leve seu ombro. Ela abre os olhos, confusa.
− Nossa, estou me sentindo péssima. – ela admite.
− Bebesse muito ontem com Matt? – ela concorda – Vou ir tomar café, se quiser eu posso esperar por você.
− Não tudo bem. Pode ir. Vou logo em seguida.
Sem discutir vou para o refeitório, um dos lugares que é super fácil de encontrar. Vago pelos corredores, ouço algumas vozes um pouco distantes, não sou a única acordada. O refeitório está praticamente vazio, mas o pouco de alunos que se encontra já não dá para conseguir se focar numa conversa a distancia.
Sento numa mesa vazia, não encontro nenhum rosto que já tenha falado no pouco tempo que estou aqui. Como tentando saborear cada pedacinho do pão, do queijo, do presunto e do bolo de chocolate, é claro, meu bolo predileto. Em poucos momentos Johanna senta a minha frente.
− Bom dia Lucy. – diz ela toda feliz. Johanna esta usando duas xiquinhas um em cada lado, estilo festa de São João.
− Bom ver você Johanna.
− Ficasse sabendo que hoje iremos fazer estágio no hospital?
− Pensei que os estágios só seriam na metade do semestre. – falo.
−Fiquei sabendo que teve muitos estagiários de outras faculdades que foram demitidos, pois trocavam a comida dos pacientes.
− Então eles querem nos por para substituir os que foram demitidos. – deduzo.
− Sim. Um medico do hospital daqui vai nos dar uma aula básica, primeiros socorros, o que agente pode ou não fazer quando encontrar alguém com alguma coisa anormal. Acho que vai ser divertido.
− E como você descobriu isso tudo?
− Ontem à noite encontrei a professora Donnett. – ela nos deu aula ontem na aula que estávamos no laboratório. Johanna dá os ombros – Comecei conversar com ela.
− Por isso que você não foi à festa? – pergunto.
− Que festa? – então ela não sabia.
− Que teve ontem no ginásio, acho que todos os alunos foram.
− Deve ser por isso que quando fui dormi minha colega de quarto não estava.
− Não se preocupe não tava tão legal. – falo para deixa-la melhor – Vai ter mais.
− Você foi? – me pergunta.
− Minha colega de quarto quase me obrigou. – confesso. – Falando nela, ela está vindo para cá. – a vejo se aproximando com a bandeja em nossa direção.
− Posso sentar com vocês? – pergunta Beatrice. Ao olhar para Johanna ela me olha com os olhos arregalados.
− Beatrice essa é Johanna, minha colega de turma. Johanna, Beatrice.
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Darkess Secret
Action"Pego sua mão suada e quente que provoca uma onda de calor por todo meu corpo, sua mão fazia-me acreditar em que isso tudo não passava de um sonho ruim, eu teria que acordar. Em algum momento." Seguindo o passos do pai, Sirius, assassinado há muito...