Capítulo 4

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Acordo cedo, muito antes das seis. Não estou me sentindo bem, estou com sono. Se eu voltar a dormi talvez eu acorde muito em cima da hora. Ponho meus óculos para consegui enxergar a luz passando entre as cortinas, vejo que Beatrice está dormindo com a roupa que ela usou na festa, devia ter chegado tarde, penso.

Arrumo-me para ir tomar café, não me importando com o tempo que levo para fazer, ainda tenho bastante tempo, e não preciso pegar ônibus nem nada para que precisasse me preocupar com a hora. Quando estou pronta chamo Beatrice, não quero que ela se atrase, e pelo jeito que ela esta dormindo não parece que irá acordar muito cedo.

− Beatrice. – chamo-a, esperando que ela acorde, mas ela vira de lado e resmunga alguma coisa. – Beatrice, acorda. – falo um pouco mais alto e sacudo de leve seu ombro. Ela abre os olhos, confusa.

− Nossa, estou me sentindo péssima. – ela admite.

− Bebesse muito ontem com Matt? – ela concorda – Vou ir tomar café, se quiser eu posso esperar por você.

− Não tudo bem. Pode ir. Vou logo em seguida.

Sem discutir vou para o refeitório, um dos lugares que é super fácil de encontrar. Vago pelos corredores, ouço algumas vozes um pouco distantes, não sou a única acordada. O refeitório está praticamente vazio, mas o pouco de alunos que se encontra já não dá para conseguir se focar numa conversa a distancia.

Sento numa mesa vazia, não encontro nenhum rosto que já tenha falado no pouco tempo que estou aqui. Como tentando saborear cada pedacinho do pão, do queijo, do presunto e do bolo de chocolate, é claro, meu bolo predileto. Em poucos momentos Johanna senta a minha frente.

− Bom dia Lucy. – diz ela toda feliz. Johanna esta usando duas xiquinhas um em cada lado, estilo festa de São João.

− Bom ver você Johanna.

− Ficasse sabendo que hoje iremos fazer estágio no hospital?

− Pensei que os estágios só seriam na metade do semestre. – falo.

−Fiquei sabendo que teve muitos estagiários de outras faculdades que foram demitidos, pois trocavam a comida dos pacientes.

− Então eles querem nos por para substituir os que foram demitidos. – deduzo.

− Sim. Um medico do hospital daqui vai nos dar uma aula básica, primeiros socorros, o que agente pode ou não fazer quando encontrar alguém com alguma coisa anormal.  Acho que vai ser divertido.

− E como você descobriu isso tudo?

− Ontem à noite encontrei a professora Donnett. – ela nos deu aula ontem na aula que estávamos no laboratório. Johanna dá os ombros – Comecei conversar com ela.

− Por isso que você não foi à festa? – pergunto.

− Que festa? – então ela não sabia.

− Que teve ontem no ginásio, acho que todos os alunos foram.

− Deve ser por isso que quando fui dormi minha colega de quarto não estava.

− Não se preocupe não tava tão legal. – falo para deixa-la melhor – Vai ter mais.

− Você foi? – me pergunta.

− Minha colega de quarto quase me obrigou. – confesso. – Falando nela, ela está vindo para cá. – a vejo se aproximando com a bandeja em nossa direção.

− Posso sentar com vocês? – pergunta Beatrice. Ao olhar para Johanna ela me olha com os olhos arregalados.

− Beatrice essa é Johanna, minha colega de turma. Johanna, Beatrice.

Darkess SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora