Capítulo 11

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Olho para janela e penso em meu pai, Sirius, ele foi morto numa rua bem deserta, um tipo de rua que Sirius nunca passava comigo. Era de madrugada, ele trabalhava num escritório, naquele dia ele tinha um jantar com os colegas de trabalho e acabou estacionado o carro nessa rua. Foi a única informação que tenho a respeito de sua morte, não tenho nenhuma explicação do porque que ele foi assassinado. Nunca pensei que algum desses colegas poderiam ter matado ele, eles são legais, e também meu pai sempre era legal, todos gostavam dele.

− Ei! Crianças. – chama James estralando os dedos.

− Não somos crianças. – retruca Cam, ele está obviamente estressado com tudo, não devia estar confiando neles, assim como eu.

− Que seja. – fala ele sacudindo a mão, como se não importasse – Vamos parar num posto de gasolina. E preciso que vocês troquem de roupas. Lucy, você vai amarrar teu cabelo e deixar tudo dentro de um boné que vou te entregar. Ambos têm que colocar óculos, e aceitar ficar com isso. E por favor, tragam as roupas que vocês estão usando. É para que ninguém à amando de Diego Costa os pegue ou saiba que passamos por aqui.

− Por que eles pegariam Cam? – pergunto confusa – Não é a mim que eles querem?

− Eles pegariam qual quer um que você se importe para se entregar a eles. – explica – Deixasse claro que se importa com ele em Whotepier.

Eu e Cam nos entreolhamos, fico um pouco constrangida e desvio o olhar. Eu não me importo com ele, mas não poderia deixa-lo para trás depois de ser baleado.

− E quanto a minha mãe? – pergunto.

− Vamos pegar ela assim que for possível.

− Mas se eles já a pegaram?

− Nós já saberíamos – responde Matt.

***

Chegando ao posto, desembarcamos rapidamente. James nos passa duas mochilas, e nos mostra os banheiros. Eu e Cam andamos de pressa, fica na lateral do posto, James ou Matt não conseguiria nos ver daqui, poderíamos fugir. Mas não há lugar para onde fugir.

− Acredito em você. – cospe entre dentes Cam.

− Desculpa por ter colocado você nessa. – falo, Cam se aproxima colocando o dedo em minha boca, para não falasse nada.

− Não se culpe. – pede. – Espero que quando isso tudo terminar eu possa convidar você para sair.

− E eu vou poder dar um fora que você merece. – eu me viro para entrar no banheiro, ele segura minha mão, me impedindo de fazer. Ele se inclina e me beija. Não é um beijo longo, e apenas um que faz seu corpo todo se aquecer e querer mais, é como um beijo de comprimento.

Então solta minha mão e me viro.

− Caso aconteça alguma coisa. – responde. Entro no banheiro e fecho a porta, não poderia deixar ele me beijar, não poderia.

Abro a mochila, há uma camisa regata branca, uma coisa que eu jamais usaria, o que deve ser exatamente o que eles querem, eu não sei como souberam que não uso regata, mas eu retiro a minha camisa larga e grande e coloco essa. Fica toda apertada em mim, pareço ter muito mais peitos assim. Retiro minha calça e pego a que está dentro da mochila, uma calça largona, parecida com as minha de pijama, a calça é cor caqui e o tecido parece ser algo que impeça o frio de ultrapassa-lo e manter as pernas quentes. Assim que retiro e coloco, amarro meu cabelo no alto e pego o boné no fundo da mochila e coloco-o tampando todos meus cabelos, pego os óculos, cujos ficam horrorosos em mim e também não consigo enxergar com eles, e usar dois óculos não é uma ideia muito boa, então pego e guardo os óculos escuros na mochila. Por fim coloco uma bota de escalada, que ficam um pouco apertadas em mim.

Darkess SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora