Fanfic com ator o Alan Rickman🖤
E se você pudesse controlar seus sonhos?
Se pudesse ir além de tudo e navegar em corpos, sonhos e tempos.
Buscar entre as linhas da consciência e do tempo, o amor que espera por você.
Nesta história você terá muitos...
Nota da autora: Coloco um gif para mostrar a aparência do Alan no capítulo.
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———————————— Assim que despertei pesquisei imediatamente por Emile Cinclee no Google, descobri que ela teve sucesso com a publicação de seu livro, procurei no Instagram e vi fotos de sua família, agora era casada e mãe de um casal de gêmeos já adolescentes. Me confortou saber que Emile se deu uma nova chance, que foi capaz de ver além da dor e tentar outra vez. Olhei a data e vi que meu sonho havia durado 3 dias, e as perguntas do trabalho e dos meus poucos amigos começaram a me colocar contra parede. Pedi um laudo médico atestando cansaço físico e mental e comecei a trabalhar homeoffice, era o melhor a ser feito, os sonhos com o tempo iriam me levar por 5 ou 6 dias, e eu que não queria ser acordada por alguém a minha procura. Já tinha pouco tempo, não queria colocar em risco isso.
Os dias se passaram arrastados, e eu virava as noites trabalhando para deixar muito trabalho adiantado para quando eu fosse levada. Programei e-mails para serem enviados, publicações em redes sociais, deixei tudo organizado para pensarem que eu estava ativa. E quando o dia chegou, eu não conseguia dormir com o coração acelerado em saber que eu o veria dali algumas horas. Eram quase 5hs da manhã e eu não tinha conseguido dormir, e foi quando senti meu corpo ser puxado, elevado para cima, tentei voltar para a cama mas não conseguia, tentei me virar e vi meu corpo, eu estava flutuando acima de mim, percebi que não importava se eu estava dormindo ou acordada, no momento certo eu seria levada. Senti meu corpo ser puxado metro a metro, eu estava vendo a cidade de cima agora, olhando as luzes ficarem cada vez mais distantes. Acima nas nuvens estava um portal, um pequeno buraco negro cintilante. Senti medo, mas eu não poderia voltar, nem sabia como fazer isso caso quisesse. Entrei no buraco e cai, despenquei do céu atravessando nuvens e 8 andares de apartamentos, até cair no corpo que me esperava. Não senti impacto ou dor na queda, apenas levantei no impulso buscando ar. - Então é assim que eu sou levada? - Da próxima vou tomar remédio para dormir. - Falei em voz alta. Levantei e fui em busca de informações para me orientar. Encontrei uma bolsa com documentos, eu estava no corpo de Michelle Moon, fotógrafa, 25 anos. No celular vi que estava em 2010, também notei muitas ligações e mensagens de Spencer, ex namorado de Michelle. As mensagens trocadas diziam que eles haviam terminado a 1 ano, mas ele sempre descobria o número novo de celular dela, na penteadeira havia dezenas de chips em uma caixa, e nas portas um compilado de trancas que revelavam o medo que ela tinha dele. Procurei por fotos no quarto e no celular, algo que pudesse me fazer reconhecê-lo, mas não havia nada em lugar algum. No celular descobri que estava sendo figurante no filme Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 1 e 2. Era pouco mais de 10hs da manhã quando peguei meu carro no estacionamento do prédio e fui em direção ao set. Estava nervosa, sentindo pressentimentos ruins, o medo que Michelle tinha de Spencer havia me contaminado. Assim que cheguei no local de preparação de figurino eu o vi passar apressado vestido de Snape conversando com Daniel Radcliffe e David Yates o diretor dos filmes. Era impossível chegar perto, mas eu senti tinha que tentar alguma coisa. Eu estava os observando a quase meia hora, quando Alan entrou em uma sala exclusiva para atores. Senti um nó crescer na minha garganta, eu não entendia o motivo de todo aquele pânico em abrir uma porta e vê-lo. Juntei toda minha coragem, eu estava ali para isso, tinha rompido coisas inimagináveis para voltar para ele, então não era um pânico que iria me fazer recuar. Obviamente o pânico que eu sentia tinha um motivo, coisas que iam muito além de mim e de tudo aquilo que eu havia cruzado. Girei a maçaneta sem aviso, como se soubesse que iria encontrar algo que tinha que ver sem alarmes. Alan estava tirando os cabelos do rosto de uma mulher, as carícias face a face eram delicadas e gentis, como quem contempla algo tão estonteante que tem medo de machucar. As feições serenas de seus rostos foram desfeitas no segundo que me viram parada no portal, encarando aquela cena que partia não só meu coração como minha alma. - O que está fazendo aqui?
