𝚝𝚎𝚗

1.3K 120 15
                                    


REENCONTRO

━━⊱❉⊰━━

Uma semana se passou desde então, e tudo estava particularmente normal, antes o que era uma peça no lugar errado, agora havia se encaixado sem muito esforço. Lamentei quando fomos embora, eu havia amado aquele lugar, oque ele transmitia, a paz que passava a cada passear que eu dava a fora nos dias quentes. No penúltimo dia tínhamos ido a cidade, Sakusa mostrara alguns lugares lindo, inclusive uma pequena barraca cheia de fotografias e artes pintadas a mão.

Quando em fim chegamos em Tokyo, recebi, para meu alívio, a notícia que minha mãe estava em casa, aparentemente bem comparado aos danos passados. Dada a notícia, pedi para Sakusa que eu ficasse alguns dias em minha casa, para acomodar e passar os dias que fiquei longe de minha mãe e minha irmã, claro que ele não recusou, tanto que ate me levou em casa dia seguinte após termos chegado.

A sensação de estar dentro daquela casa me trazia mera lembranças de como era antes de eu conhecer Kiyoomi, a pressão de carregar um peso acima do que eu suportava era extremamente sufocante. Mas mesmo assim, agora eu percebi em que situação eu estava, o quão fui insuficiente e suficiente ao mesmo tempo, o quão fui injúria ali, deixando minha própria irmã se afogar nesse lago de tristeza e preocupação, enquanto eu corria um campo sorrindo com um homem. Eu fora tão injusta, vergonha enchiam meus músculos quando fechei a porta atrás de mim.

- Graças a deus você chegou. - Olhei para cima vendo Kiyoko descer os degraus da escada um por um, andando ate mim passou os braços por meu pescoço me abraçando. Quando respirei fundo, senti o leve doce do perfume de minha irmã agarrado no tecido da blusa que usava. - O que foi?

Abaixei minha cabeça o suficiente para tocar minha bochecha em seu ombro. Não fui capaz de algo menos abrir a boca para falar, as palavras enroscada como um nó em minha garganta.

E descendo o alívio, deixei as lágrimas seguirem seu rumo a minha bochecha e pararem em sua chegada ao tecido fino da blusa, molhando e formando uma pequena poça ali. Kiyoko não falou nada, não ousou repetir a pergunta que fizera, apenas apertou seus braços ao meu redor como conforto, minhas mãos agarram os músculos de suas costas buscando alívio, querendo tirar aquele nó inundado no meu peito, ardia e queimava de dor.

Nunca chorara tanto assim, não des a morte de meu pai.

Me deixando livrar daquele peso que eu carregava por tanto tempo, chorei, chorei ate soluçar pela falta de ar, ate meus olhos secarem e incharem pela desidratação. Sentia as lágrimas secarem na minha pele, como uma cicatriz, que não importava quantas vezes eu lavava, ela sempre ficaria ali, lembrando o quão fui fraca e injusta.

- Não leve o peso para si, veja o quão você foi forte aguentando ate aqui, suportando essa dor sozinha... Você é forte.

Era como se a mulher abraçada a mim, lê-se minha mente, oque de certa forma me apavorava, mas ao mesmo tempo era confortante saber que alguém me entendia.

- S/n? - Abri meus olhos e olhei para frente, além das escadas tentando achar quem me chamara.

Aquele nó que estava apertando meu peito por dentro, se afroxou ao ver minha mãe ali, em pé a beirada da escada, bem na medida do possível, deduzi quando a vi. Os cabelos negros agora estava curtos, que eram longos, a pele um pouco pálida, mas considerável ao estado que se encontrava meses passados.

Larguei Kiyoko e fui ate ela sem hesitar, subi os degraus as pressas oque fez os músculos das minhad pernas protestarem devido ao ato.

Senti seu calor me acobertar,como um lençol em noite fria quando abracei ela. Fazia tanto tempo des que abraçara ela novamente, a sensação acolhedora me fez ficar ali, longos minutos.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐄𝐃 ; 𝘒𝘪𝘺𝘰𝘰𝘮𝘪 𝘚𝘢𝘬𝘶𝘴𝘢 Onde histórias criam vida. Descubra agora