Capítulo 1

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Notas iniciais: quando estiver em uma conversa entre a família da Momo é provável que a linguagem seja mais formal, e sei que isso é meio chato em uma fanfic, então nesse e nos próximos capítulos a linguagem vai ser mais formal, depois fica mais fácil de ler

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"Meu nome é Momo, Momo Yaoyorozu, tenho 16 anos e estou no segundo ano do ensino médio. Bonita com longos cabelos negros, educada, inteligente, boa família e sem namorado, a garota dos sonhos de todos, como eles dizem. Mas minha vida não é um mar de rosas, na verdade é muito estressante, não tenho apoio dos meus pais e não me sinto segura em lugar nenhum" Continuo escrevendo no meu diário, que ganhei dos meus tios que vieram da França para uma visita.

{Flash back on}

- Momo, como você cresceu desde a última vez que te vimos - minha tia disse no aeroporto.

- Sim! Olhe para você com esse cabelo preto comprido - tio Davis começou a falar enquanto tirava algum tipo de livro da sacola. - Trouxemos isso para você - segurei o livro na mão enquanto olhava para eles.

- Obrigado pessoal, não foi necessário, sério - eu estava com uma expressão doce no rosto.

- Vamos, ainda precisamos preparar o almoço - minha mãe nos interrompeu, como sempre.

{Flash back off}

"Hoje não fiz nada muito especial, como de costume apenas tome um banho rápido de manhã e me preparei para ir para a escola", é estranho, contar sobre o meu dia por um objeto.

- Momo, querida desça aqui por um instante por favor.

Sai do meu quarto e desci as escadas, deixando o diário em cima da cama, encontrando meus pais e meus tios na sala de estar. Acenei para eles e me sentei em uma das cadeiras, pensando em que eles podiam querer falar comigo.

- O diretor da sua escola nos comunicou que esse ano iram fazer a excursão para estudar sobre os animais marinhos, e como temos que pagar antecipadamente ele queria saber se você está interessada em ir. - Minha mãe começou a falar, essa excursão ocorre todos os anos para os alunos do 2° ano, sempre trocando o tipo de animais que serão estudados para evitar qualquer tipo de cola.

Eu realmente não queria ir, estudar sobre animais e seus órgãos, modo de vida, células, alimentação... nada disso faz diferença para mim, e nem para ninguém ,a não ser que queria ser um biólogo. Mas, infelizmente, meus pais iriam me mandar para lá, eu querendo ou não, e seria melhor se eu falasse que queria ter mais conhecimento, assim não seria considerada um "desapontamento" da família, ainda mais que muitas pessoas da escola se inspiram em mim.

- Acho que, como sempre, eu quero saber mais sobre assuntos gerais, e animais marinhos é um assunto muito interessante, não acham? Então, respondendo sua pergunta, sim, eu gostaria de ir. E quando será?

- Em torno de dois meses. Era somente isso.

- Certo, então vou voltar, vejo vocês amanhã, boa noite - então subi para meu quarto e voltei a escrever.

"Tem uma coisa que tenho escondido de todas a cerca de 4 anos, me descobri lésbica aos 12 anos, nunca contei para ninguém porque sabia que iriam me julgar, ainda mais por conta da minha família, nem minhas amigas mais próximas sabem disso. É um saco ter que esconder isso, e ainda fingir gostar dos garotos, eles são todos muito chatos, acham que podem só 'chegar' e fazerem o que bem entenderem com a mulheres," parei de escrever por alguns segundos, olhando para a janela aberta.

A Lua estava muito bonita, sempre está, mas hoje em especial ela estava mais chamativa. "Também é um saco ter meus pais no meu pé todo dia, eu sou quase uma adulta, posso me cuidar sozinha, não é como se minha vida se resumisse apenas à escola e estudos, eu quero ter uma vida que eu goste e não uma que eles planejaram para mim. Se tiro qualquer nota menor que 8,0 eles me passam o maior sermão e me proíbem de sair com minhas amigas por uma semana, e esse tempo eles dizem que eu devo estudar para compensar a nota, se não faço uma única lição é a mesma coisa, eu acho que isso é muita pressão para alguém de 16 anos..."

Buzz

Meu celular começou a tocar, eram em torno das 21h e Mina sempre me ligava nesse horário para conversarmos, e Hagakure também, mas nem sempre.

Porém quando olhei não eram elas, era de um site que pedi para  me notificar para saber mais sobre as notícias do mundo "jovem", a notificação dizia sobre amizades virtuais. Sempre me disseram que era perigoso falar com pessoas desconhecidas pela internet, nunca entendi o porquê, mas como quero evitar problemas nunca falei com ninguém, mesmo querendo saber como é. Como deve ser conversar com alguém que você nunca viu, e que talvez more em um lugar totalmente longe de você? Se apegar à pessoa e ponto de fazer de tudo por ela, mesmo sem conhece-la? Essas perguntas me vigiam diariamente, eu realmente queria conhecer alguém online, alguém que eu possa confiar porque a chance de que ela conheça meus parentes é mínima, como 3 em 1 milhão.

Entrei no site e comecei a ler a matéria, como estava tarde eu acabei dormindo com o celular na mão mesmo, por sorte as luzes já estavam apagadas e eu de pijama.

***

Notas finais: oi, espero que tenham gostado do primeiro cap, vou tentar atualizar frequentemente e se vocês puderem, e quiserem, votar e/ou comentar qualquer coisa, isso me motiva muito a escrever, é isso tchau S2

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