CAP.25

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⚠️ALERTA⚠️esse capitulo pode despertar gatilho

Sn on:

Tudo estava na mais pura e perfeita ordem, mas como tudo que é bom dura pouco, aquele verme resolveu aparecer no meu lugar mais sagrado, a casa dos meus avôs, lá estava ele vestido em um terno de grife, a barba bem feita, o cabelo em um topete sem nenhum fio fora do lugar, e com um sorriso presunçoso nos lábios.

Meu sangue gelou, minhas mãos estavam trêmulas, meu coração errou as batidas, tudo o que ele havia feito naqueles dois anos passaram como "flashes" pela minha cabeça, todas as brigas, todas as palavras de baixo calão proferidas, todos os roxos espalhados pelo meu corpo, todo o sangue derramado pela entrada da casa naquele fatídico dia, a qual eu nunca esquecerei.

OBS: tudo o que será descrito a seguir aconteceu antes do pai da Sn morrer, e ela assumir a empresa.

Eu conheci Daniel quando tinha quinze anos, estava no 10th do High School (1° do ensino médio), ele era o típico valentão da escola, três anos mais velho do que eu, havia repetido o 11th duas vezes, até então eu nunca havia namorado, nem mesmo beijado na boca, não por falta de pretendentes, isso havia milhares, eu simplesmente não sentia interesse por ninguém, para falar a verdade os meninos da escola eram patéticos, eu era capitã das líderes de torcida, apesar de ser popular e a típica "patricinha" da escola, eu era bastante estudiosa, sempre quis fazer medicina, cheguei até á passar em Harvard, mas a vida já havia escolhido meu destino, e estou feliz com ele, voltando ao assunto.

No início eu não gostava dele, na verdade, eu o detestava, mas com o tempo ele foi me conquistando, ele era divertido, romântico, carinhoso, além de muito bonito, eu realmente acreditava que ele era diferente, eu estava totalmente errada.

Depois de um ano, eu resolvi aceitar sair com ele, após um mês estávamos namorando, eu apresentei ele aos meus pais, meu pai o destetou, dizia que ele não era homem para mim, que ele só me machucaria, que ele não me amava realmente, que ele só iria me usar, eu nunca havia brigado com meu pai, mas nesse dia eu cometi esse fatídico erro, nós brigamos feio, eu fui dormir na casa da Molly, passei uma semana sem falar ou até mesmo olhar para ele, por que eu fiz tudo isso? Por que eu era uma idiota apaixonada, esse é meu maior arrependimento, ter brigado com a pessoa que mais me amava devido a uma que só me fez mal.

O primeiro ano de relacionamento foi tudo uma maravilha, ele demonstrava ser um cara apaixonado e que faria de tudo por mim, eu pensava que ele era minha alma gêmea, que nunca nos separaríamos, mas as coisas não são como nós achamos, após um tempo as coisas foram mudando, ele se tornou ciumento, controlador e compulsivo, tivemos nossa primeira briga séria na qual o motivo foi ciúmes, naquele dia pela primeira vez ele levantou a mão para mim, sim, ele me bateu, no outro dia ele apareceu com um buque de flores na mão como pedido de desculpas, o que eu fiz? Voltei com ele igual uma cachorrinha, era sempre assim, ele se descontrolava me batia e depois aparecia com flores, chocolates, bolsas, sapatos, joias, passeios, jantares, tudo para me comprar e eu sempre sedia. A maquiagem que antes eu quase não usava e quando usava era pouquíssima, se tornou minha principal aliada, eram camadas e mais camadas de base e/ou corretivo para esconder os roxos pelo meu corpo, qual era a desculpa que ele usava para se justificar?Que me amava e não conseguiria viver sem mim, e a burra aqui acreditava, mas tudo mudou quando ele me estuprou, foi em uma noite de sábado, eu iria dormir na casa dele, habito que ocorria regularmente, eu cheguei no apartamento dele as 08:00pm, o porteiro que já me conhecia me deixou entrar, logo me comunicando que Daniel havia saído e lhe mandou que me entregasse as chaves, agradeci e subi, entrei no apartamento guardei minhas coisas e fui para a sala, liguei a tv e coloquei uma série na Netflix, nisso se passaram um, duas, três, quatro, cinco horas e nada de Daniel aparecer, eu já havia ligado, mandado mensagem, ate mesmo saído e o procurado pelo bairro, mas nada, eu já estava prestes a ligar para a polícia quando a porta do apartamento foi aberta bruscamente, o cheiro de álcool invadiu minhas narinas mesmo estando distante, ele veio até mim com um sorriso malicioso, ele me abraçou o começou a beijar meu pescoço, eu o afastei e disse que não queria, nos discutimos, no meio disso ele rasgou minhas roupas e me derrubou no chão, então. . .( Autora: eu não vou continuar pq não me sinto a vontade descrevendo isso, mas vocês já podem imaginar o que aconteceu).

O resquício de pureza que ainda existia em mim, se foi naquele dia, eu me sentia suja, humilhada, violada, culpada, como eu tinha deixado isso acontecer? Como eu pude me submeter a algo assim? Burrice, estupidez, fraqueza essas eram as respostas que vinham na minha cabeça.

Eu saio de lá naquela mesma madrugada, corri para casa dos meus pais, ao chegar, entrei direto para o meu quarto, o resto da noite e o domingo fiquei trancada lá chorando, passei o resto da semana assim, não me alimentava, não conversava com ninguém, faltei a escola, pois sabia que o encontraria lá, meu celular não parava de tocar um minuto sequer, quando não eram ligações e mensagens dele, eram da Molly e/ou Cat que vinham diariamente na minha casa, mas eu nunca as deixava entrar, minha mãe por diversas vezes pediu para que eu abrisse a porta para conversamos, mas eu sempre negava, eu sabia que ela estava preocupada comigo, mas eu só queria ficar sozinha, quando finalmente me acalmei e tomei a tão esperada decisão, falei com minha mãe que quase teve um infarto ao saber da história, ela imediatamente me levou a delegacia e avisou meus avôs que logo pegaram um voo para Paris, meu pai quase enlouqueceu quando soube, disse que iria mata-lo e meu avô disse que ajudaria, fiz o exame de corpo de delito, que constatou que eu realmente havia sido estrupada, imediatamente um boletim de ocorrência foi feito, meu avô exigiu uma medida protetiva e um julgamento digno, decidimos que eu iria morar em Marselha com meus avôs por um tempo, e que faríamos de tudo para eu nunca mais vê-lo novamente.

Quatro meses ápos o ocorrido, descobrir que estava gravida, foi um choque para todos nós, meus familiares me deixaram decidir o que faria, eles me apoiariam em qualquer decisão que eu tomasse, optei por seguir com a gravidez, mesmo ela sendo proveniente de um estupro, uma semana depois que descobrir a gravidez, enquanto chegava em casa da escola, me deparei com Daniel me esperando, ele tinha um sorriso aterrorizante no rosto, ele exigiu que eu tirasse as queixas e voltasse com ele, quando disse que isso na iria acontecer, ele me espancou provocando uma enorme perda de sangue, fui levada as pressas para o hospital, mas de nada adiantou, o aborto já havia acontecido, aqueles sem dúvida foram os piores dias da minha vida, deste então prometi para mim mesma que nunca engravidaria ou me relacionaria com alguém novamente, a Sn doce, divertida, engraçada, morreu nesse dia, me tornei uma pessoa fria, controladora, fechada, tudo por culpa dele, ele me tornou assim, eu sou assim por medo de que tudo possa acontecer novamente, ele atormenta meus sonhos todas as noites.

Voltando ao baile

Daniel: quinhentos mil euros, nesse belíssimo colar que darei a minha futura esposa. Diz se aproximando do palco, meu avô já estava de pé, juntamente a toda a família, reuni todas as minhas forças e coragem e o encarei.

Sn: o que você faz aqui? Minha voz saiu raivosa.

Daniel: vim aproveitar a festa assim como todos, inclusive suponho que esqueceram o meu convite. Seu tom era sarcástico.

Augustos: você não é bem-vindo aqui, então saia. Meu avô ordenou ainda na mesa, fazendo todas as atenções se voltaram para lá, olhei de relance e vi Aidan vindo em minha direção parando do meu lado, ele juntou minha mão na sua as segurando firme.

Daniel: isso é jeito de tratar seu genro? Ele voltou a olha para mim e seu semblante mudou para raiva. - pelo jeito você não me obedeceu.

Sn: quem você pensa ser para mandar em mim?

Daniel: seu. . . Eu o interrompo.

Sn: você não passa de um verme asqueroso e egocêntrico, eu nunca ficarei novamente com você, na verdade, eu não sei como tive coragem de já ter me relacionado com alguém como você. As palavras deslizaram da minha boca sem pudor.

Daniel: se você não ficara comigo, com ele também não iriar ficar. Ele tira um revólver da parte de trás do blazer e mira no Aidan, a única reação que eu tive foi puxar ele para trás e ficar na sua frente.

Uma dor aguda me atingiu, fazendo meu corpo estremecer, gritos se espalharam pelo local, logo em seguida mais seis disparos foram ouvidos, passei a mão pelo local aonde vinha a dor e estava cheio de sangue, minhas pernas fraquejaram e meu corpo colidiu contra o chão, meus sentidos estavam confusos, minha visão ficou turva, meus músculos amoleceram, um ruído alto atingiu meus ouvidos, mãos me sacudiam enquanto eu via com dificuldade o rosto do Aidan a minha frente, seus olhos estavam cheios de lágrimas, e sua expressão era de aflição, sua voz ficava cada vez mais distante e logo tudo apagou.

CONTINUA. . .

Eu não vou comentar nada, vou deixa por conta de vocês.
Boa noite, durmam bem e se hidratem

A irmã mais velha do meu melhor amigo { Aidan Gallangher }Onde histórias criam vida. Descubra agora