🎠 Callie Torres | I'm pregnant, Callie¹

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── VOCÊ VAI O QUE? ── eu não podia acreditar no que Callie estava me informando, qual é? Ela vai fugir pra porra do exército?

── Amor, para, calma, são só dois meses e eu vou voltar, ou você pode vir comigo. ── ela sorriu sugestiva e acariciou meu braço.

── Para, Callie, você nem tá raciocinando direito, é assim agora? O Owen vai pedir pra você pular da ponte e você vai? ── questionei, Owen também é meu amigo e eu o respeito, mas ele implantou essa ideia sobre o exército na cabeça de todos.

── Tá sendo dramática, como sempre é, eu estou ficando cansada disso. ── ela me acusou. ── É o exercito, tô me voluntariando pra salvar vidas.

── Exatamente, Torres, é a porcaria do exército e não é todo mundo que volta vivo de lá. E quer saber mais? ── questionei, batendo o pé no piso de madeira e agarrando minha bolsa no sofá.

── O que? ── ela perguntou de volta, suspirando fundo, com uma das mãos no rosto e a outra na cintura.

── Eu sou dramática mesmo e você é egoísta! ── afirmei. ── E VAI PRA PORCARIA DO EXÉRCITO, EU NÃO LIGO. ── com isso, saí pela porta do apartamento, estava puta da vida e com muitas lágrimas nos olhos.

── SN SS, VOLTE AQUI, VOCÊ NÃO É MAIS CRIANÇA, LIDE COM ISSO COMO UMA ADULTA! ── ela gritou parada na porta do apartamento.

── EU VOU SER UMA ADULTA AGORA E TE MANDAR PRO INFERNO, ENTÃO VÁ PRO INFERNO, CALLIOPE! ── virei o corredor e desci as escadas.

Eu não sou infantil, só eu sei o quão madura e forte sou, mas eu conheço as histórias do exército. Meu pai era um soldado, meu pai era orgulhoso por ser um, por ter salvado pessoas, mas em uma das vezes que ele foi para uma missão, ele nunca mais voltou.

Acharam o corpo dele, quase duas semanas depois, aquilo destruiu minha mãe e ela morreu quatro meses depois. Então, eu acabei tendo que ir morar na rua, tudo é melhor do que os abrigos, na rua você ainda consegue um pouco de proteção, em abrigos não. Callie sabe disso, todo ano quando chega o aniversário de morte deles, é como se eu revivesse o meu passado, ela sabe, mas ela parece não ligar.

Parei no bar do Joe e entrei, pedi uma garrafa de cerveja e bati a cabeça no balcão, mas na terceira vez que fui bater minha cabeça ali, alguém colocou a mão, atrapalhando a minha ação.

── Vai se machucar, Sn. ── reconheci a voz, era George, o ex marido de Callie e também nosso amigo.

── Pensei que fosse a minha intenção. ── ele riu e revirou os olhos.

── Tem certeza que você não é filha da Cristina e do Alex? Porque se eles tivessem um bebê juntos, seria igual a você. ── George falou e eu ri, talvez ele tivesse razão.

── Seria catastrófico se eles tivessem um bebê, ainda bem que isso nunca vai acontecer. ── ele riu e concordou.

── Mas me diz, o que aconteceu? ── perguntou e eu suspirei, virando a cerveja em minha boca.

── Callie vai passar dois meses no exército e isso é suicídio. ── expliquei.

── É algo digno, um dia irei pro exército, mas não tô preparado e não sei se estarei em algum momento, mas é uma hipótese. ── George confessou. ── Callie é uma mulher forte e corajosa, ela vai ficar bem, nós dois sabemos disso.

── Eu tenho medo dela não voltar, de nunca mais poder ver ela. ── também confessei.

── Só pense positivo. ── George sorriu e sugeriu, assenti e ficamos ali bebendo por mais alguns minutos.

𝐆𝐑𝐄𝐘'𝐒 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora