Destino ou Coincidência?

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Zé: Ariadne? Você aqui? (Fala incrédulo)

Ariadne: Eu voltei, Zé. 

Ele não conseguia acreditar no que estava bem em sua frente.

Depois de tantos anos, tantos desencontros e mal-entendidos, eles estavam ali novamente, frente a frente. 

Apesar de terem seguido em frente, haviam muitas interrogações em lugares que deveriam ter ponto final.

Adriana: Está tudo bem? (Se aproxima e coloca sua mão no ombro dele)

ZéCarlos: Sim. Está. (Limita-se)

Ariadne: Prazer, eu sou Ariadne. Amiga de longa data do Zé. (Estende a mão)

Adriana: Prazer, sou Adriana.

Gael: Mamãe, posso ir brincar no balanço? (Também se aproxima do trio)

Adriana: Pode sim, mas com cuidado. (O garoto sai correndo)

Ariadne: Vejo que realizou seu maior sonho. Parabéns. Formou uma linda família. 

Adriana fez menção em falar, mas logo foi cortada pelo Zé.

ZéCarlos: E você? Como vai a vida? (Não conseguia processar direito tudo o que estava acontecendo)

Ariadne: Vai bem. Sou mãe de um casal de filhos e depois de anos, decidi voltar para o Brasil por causa de uma proposta de emprego, muito boa por sinal.

ZéCarlos; Claro que sim. (Vira ficando de frente para Adriana) Vamos, meu amor? Está na nossa hora.

Adriana: Sim, claro. Foi um prazer conhecê-la.

Ariadne: O prazer foi todo meu. (Força um pequeno sorriso) Zé, espero poder te encontrar mais vezes.

ZéCarlos: Adeus, Ariadne!

Ambos voltam para o local onde estavam as coisas do piquenique e arrumam tudo em um silêncio perturbador.

O que tinha de errado?

Por que a rápida mudança de expressão do Zé ao encontrar essa mulher?

Quem é essa mulher?

Adriana: Vou pegar o Gael. (Disse mesmo sabendo que ele não iria absorver nenhuma informação agora)

Do parquinho até o prédio onde Adriana mora ele não trocou nenhuma palavra.
Por ser hora de maior movimentação, eles iriam demorar um pouco mais do que o habitual para chegar em casa.
Gael estava empolgado, quase não parava de falar, já ele era o oposto. Tinha o olhar perdido no trânsito e as mãos firmes no volante.
Ao pararem em um sinal qualquer, Adriana olhou para o banco de trás e viu o filho dormindo profundamente. Resolveu aproveitar a chance e levou a mão até os cabelos grisalhos do homem, fazendo um carinho suave nos fios.

Adriana: Eu já disse que te amo hoje? (Ele a encara e dá um sorriso)

ZéCarlos: Eu te amo tanto, mozinho... (Olha para trás e ver que o menino continua dormindo, e aproveita para beijá-la)

Adriana: Quem é aquela mulher? (Diz assim que cessam o beijo)

ZéCarlos: Uma velha amiga. (Volta a dirigir)

Adriana: Só isso?

ZéCarlos: Sim. (Mantém seus olhos fixos no trânsito)

Adriana: Zé, eu sei que tem mais coisas nessa história, mas não quero lhe pressionar. Quando quiser conversar sobre, estarei aqui.

ZéCarlos: Obrigado.

Minutos depois chegaram até o prédio dela...

Adriana: Filho, chegamos... Vamos para casa, meu amor? (Pega ele no colo)

Gravando o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora