Hóspede

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AMAR.

Uma palavra tão pequena, mas que possue um significado e uma intensidade enorme.
Existem muitos tipos de amor. O maternal, o fraternal, o paternal, como também o amor entre duas pessoas que se apaixonam no decorrer da vida.

Imagina viver o resto da sua vida ao lado de uma mesma pessoa... Acordar e dormir todos os dias ao seu lado, vivenciar bons e maus momentos com ela e estar sempre ali para dar todo apoio e acolhimento que ela necessitar.

Para viver tudo isso é necessário ter amor. Porque sem ele, você pode enjoar dessa pessoa, que um dia acreditou amar.

O amar é muito forte. Muito intenso.

Quem nunca ouviu falar em Romeu e Julieta?

No momento em que o rapaz se viu sem sua amada, desistiu de sua própria vida. Nada teria sentido sem sua amada Julieta. Mas quando ela desperta e descobre que seu plano de uma falsa morte deu errado e que o amor de sua vida morreu, ela decide fazer o mesmo.

Proibidos de viverem seu amor, escolheram a morte.

Assim como eles, existem pessoas que são capazes de tudo por amor.

Tem gente que ama e ama grande, e quer ser retribuída da mesma forma. Para isso, acabam movendo céus e terras, e até se moldando para tentar se encaixar nos ideais e gostos da pessoa amada.

Existem pessoas que são capazes de cometer loucuras de amor.

Mas isso é amor?

Existe um caminho muito curto entre a magia do amor e a escuridão da obsessão.

Até onde uma pessoa pode chegar movida por um sentimento equivocado?

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Ariadne: Zé, por favor... Não vai embora. Não... me deixa... nunca mais.

Ela apagou em seguida.

Horas depois ela acorda novamente, encontrando o homem grisalho sentado um pouco mais afastado dessa vez.
Ao perceber que ela despertou, ele se aproxima vagarosamente.

ZéCarlos: Como se sente?

Ariadne: Parece que um caminhão passou por cima de mim. (Ela sorri fraco) Estou com algumas dores pelo corpo.

ZéCarlos: Você teve sorte. Muita sorte. O impacto do acidente foi muito forte, mas você teve poucos ferimentos e acabou quebrando o braço. Poderia ter acontecido o pior.

Ariadne: Acho que não era minha hora ainda... Mas e você? Como me achou aqui?

ZéCarlos: Quando retornei suas ligações, um socorrista atendeu seu telefone e me explicou tudo o que estava acontecendo. Vim o mais rápido que pude. Você quer que eu ligue para alguém da sua família? Avisar sobre o acidente e dizer seu estado?

Ariadne: Não. Não. Meus pais são de idade avançada, ficariam muito nervosos com a situação e poderiam até passar mal. Além do mais, eles estão morando em Sorocaba, não podem fazer nada. E os meus filhos ficaram em Nova Iorque.

ZéCarlos: Você não tem nenhuma amiga? Alguém que possa te ajudar nesse momento? (Ouvem batidas na porta)

Médico: Com licença, vim ver como a paciente está. Como se sente?

Gravando o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora