O Primeiro Encontro

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Já era madrugada adentro, mas Adriana não conseguia dormir.
Tantas coisas pairavam sobre seus pensamentos e lembranças que acabavam tirando seu sono, mas apesar de tudo, ela se sentia tranquila e em paz.

Ela olha para o lado direito da cama e vê Zé dormindo profundamente ao seu lado. Percebeu que seus olhos ainda estavam meio inchados do choro de algumas horas atrás, afinal, a alegria fora tanta que transbordou pelos olhos, como também ele tinha os cabelos grisalhos bagunçados e ela amava isso.

Zé e Adriana estavam tendo a oportunidade de viverem um amor calmo. Um amor que não machuca, não entristece, não pressiona. Pelo contrário, eles entendiam que não existe amor perfeito, mas existem duas pessoas que se respeitam acima de tudo e que apesar das diferenças, estão caminhando em busca do mesmo propósito de vida. 

E foi nesse momento de reflexão que Adriana percebeu algo que se tornaria rotineiro a partir daquele dia... Zé estava com sua mão repousando sobre a barriga dela. Havia dormido acariciando o ventre de sua amada e continuou daquela forma até depois de pegar no sono.  

Ela olhou para a fotografia de Gael que estava no porta-retrato ao lado de sua cama, em seguida olhou para seu amado e por fim, para seu ventre, onde ela levou sua mão e fez um carinho suave, por cima do tecido fino da camisola.

Adriana: Nós temos muita sorte, meu bebê... Obrigada por ter vindo abençoar nosso amor. (Disse baixinho)

Depois disso, ela se acomodou melhor na cama e dormiu.

Zé começou a se despertar junto com os primeiros raios de sol que invadiam o quarto... Tinha algumas ideias para botar em prática, então precisava começar o dia bem cedinho.

Olhou para o lado e viu Adriana dormir profundamente. Um sorriso surgiu em seus lábios e agradeceu mais uma vez ao céus por ter colado aquela mulher em seu caminho.

ZéCarlos: Que sorte eu tenho! Bom dia, meu amor. (Deu um beijo suave na testa dela e desceu até seu ventre) Bom dia, meu amorzinho. (Beija a barriga dela) Vamos deixar a mamãe dormir, ela precisa descansar bastante. (Fala sussurrando) O papai volta já. 

Ele foi até a cozinha, preparou um café bem forte, como sempre gostou e logo pegou seu telefone para dar início ao plano. 

Em torno de uma hora depois, Adriana acordou e logo sentiu a ausência do amado ao seu lado. Em um primeiro momento sentiu-se triste e cogitou que ele fora embora. Mas logo escutou um barulho de algo caindo e conhecendo o namorado desastrado que tem, sabia que ele estava em casa.

Levantou-se, colocou seu robe preto e foi a sua procura. 

Adriana: Amor? Cadê você? (Não teve resposta)

Ela desceu as escadas e nada de encontrá-lo.

Adriana: Amor? Zé? (Tudo estava em um total silêncio) 

ZéCarlos: Estou aqui na varanda. (Ele falou de longe)

Ela foi andando devagarinho até a sala e ao cruzar o cômodo, o viu na entrada da varanda com um lindo buquê de lírios brancos e rosas em suas mãos.

ZéCarlos: Os lírios representam o amor eterno e a fertilidade. Dizem que nada melhor que os lírios para dizer que você ama uma mulher. Então, é por meio deles, que quero dizer que te amo com todo meu coração e minha alma. Você é a mulher da minha vida, é o meu imenso amor que se renova. Obrigado por aceitar dividir a vida ao meu lado e muito obrigado por dar o melhor presente que eu poderia receber que é nosso filho ou filha. Eu tenho muita sorte em ter vocês em minha vida e prometo que serei o melhor pai para nosso bebê e para Gael, que já amo como se fosse meu filho também. Eu amo a família que estamos construindo juntos. (Ele já falava com a voz embargada de emoção)

Gravando o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora