Um Estudo Em Vermelho - Thorki.

Fugindo de si mesmo.

Só coloquei essa música, porque escrevi
ouvindo ela. 

Boa leitura

Desculpe qualquer erro gramatical.

☆*: .｡. 

[Thor]

Não procurei reação em seu semblante, apenas me virei e a passos rápidos eu saí de casa, não estava arrependido do que falei, mas, ainda assim não deveria ter dito. A noite estava estranhamente densa, o que me confortou de certa forma. O vento soprava nas esquinas o cheiro da fumaça de tabaco e de fogueiras improvisadas, o cheiro tão típico das noites londrinas.

Embora o álcool não fosse algo do qual eu costumo beber, era o que eu queria agora, uma noite de alcoolismo não me mataria. A menos que fique bêbado o suficiente para me matar, e mesmo que seja um pensamento assombroso, nada o impede de acontecer.

— Ei, você, entre no carro. — Franzi o cenho e me virei rapidamente, vejo um senhor com vestimentas pretas ao lado do automóvel da mesma cor.

— Com licença? Acho que não nos conhecemos. — Engoli seco e me virei para continuar a andar e apressei os passos, mas, meu braço é segurado com força.

— Entre no carro. — Ele disse pausadamente e apertou meu braço, minha respiração ficou pesada e meu coração acelerou as batidas.

— Quem é você? Me solte. — Falo tentando me livrar do aperto de sua mão, mas acabo falhando, ele era realmente forte.

— Apenas entre enquanto ainda estou sendo amigável. — Ele me puxou sem nem um pingo de delicadeza até o carro.

Puxei meu braço com força me livrando dele e sem pensar apenas virei e quando dou meu primeiro passo para correr eu sinto um soco em meu rosto e depois mais outro, e já fraco pelo medo, minha visão escureceu, estava inconsciente.

•••

[Loki]

O observei atravessar a porta e soltei o ar, que nem percebi que prendia, era a segunda vez que ele fazia isso, agia de tal modo, eu já sabia que quando voltasse ele estaria cheirando a bebidas de todos os tipos — ainda não entendo como ele não teve uma overdose alcoólica — com seu olhar de sono e rosto levemente inchado, e seu semblante triste. Suspiro e passo a mão no rosto, cansado eu vou para meu quarto me jogando em minha cama, apesar de meu método de dedução ser o melhor existente eu não conseguia entender por que ele constantemente tinha esse comportamento, e o pior de toda a situação era porque aquilo me agradava, mas também me deixava tão triste.

•••

[Thor]

Acordei sentindo uma forte dor em minha cabeça, com a visão meio turva eu olho ao redor tentando descobrir onde eu estava, porém, sem sucesso, pisco algumas vezes tentando regular minha visão e então vejo a minha frente um homem bem arrumado de braços cruzados e um olhar ameaçador ele sorriu cordial e se aproximou.

— Thor Odinson, certo? É um prazer finalmente conversar com o amigo mais próximo do famoso Loki Laufey, e já que vocês são aparentemente tão íntimos, eu gostaria de fazer algumas perguntas e que você cooperasse comigo.

— Como você sabe meu nome? Você é algum doido perseguidor? — Praticamente cuspi as palavras, se ele fosse algum estranho que queria a morte de Loki — como muitos outros queriam — então eu não iria ser passível.

— Eu sei de muitas coisas, contudo, apenas do necessário... Me chamo Bucky e é só isso que você precisa saber sobre mim. Agora colabore comigo e responda minhas perguntas, uh?

— E por que eu deveria? — O olho sério sem intenção nenhuma de responder qualquer que seja suas dúvidas.

— Ahr, já vi que vai ser difícil lidar com você, me diga como consegue conviver com um cara como Loki? Impassível, impaciente, metódico... você parece bem fiel a ele, por um acaso o esplêndido Loki Laufey cansou-se de viver sozinho suas aventuras e agora contratou um ajudante? Me diga quanto ele lhe paga?

— Não diga absurdos, Loki não paga nenhuma quantia, eu apenas sou um amigo fiel tentando o proteger.

Ele semicerrou os olhos e sorriu cínico, andou em minha direção e ficou por trás da cadeira onde eu estava preso, tocou meus ombros e se reclinou sobre os mesmos e falou em baixo tom.

— Mais parece uma dama apaixonada tentando proteger seu amado, a amizade de vocês é realmente forte, certo? — Riu e se levantou voltando a ficar na minha frente.

Arregalei os olhos e senti minha respiração condensar, o que ele queria dizer com aquilo? Meus sentimentos — ainda confusos diga-se de passagem — eram assim aparentes?

— Já que não vai responder às minhas perguntas... — ele vai até uma mesa próxima, a qual com o desespero sequer havia notado, e vai até o telefone, dando a sequência de números e logo pondo-o em seu ouvido.

Assim que acabou de sequenciar os números, percebi ser o telefone de nosso apartamento, e então o olhei na espera que Loki não atendesse, mas ele atendeu.

— Loki! A quanto tempo não concorda? .... Não seja tão rude, aliás tenho um presente para você. E você sabe exatamente onde encontrar, estarei à sua espera, e por favor não se atrase, tenho outros compromissos. — Ele desligou o telefone e se apoiou na mesa e sorriu para mim.

— Afinal, o que você quer de Loki?

— Isso eu prefiro manter isso fora de tópico até que Laufey chegue.

•••

15 minutos de espera se passaram e eu pude ouvir o som dos sapatos sociais de Loki tocando o chão com pressa, suspirei aliviado ao poder ver seu semblante raivoso. Ele veio em minha direção e me desamarrou com cuidado.

— Bucky, qual o seu problema? — Ele virou rapidamente bufando de raiva, me levantei e toquei seu ombro para que ele se acalmasse, com raiva Loki não se preocupava muito com as coisas e isso era perigoso.

— Eu só estava preocupado com meu irmãozinho, não é qualquer um que lhe aguentaria por tanto tempo assim. — Riu soprado.

— Espera, eu entendi certo? Você é irmão do Loki? Ele nunca havia mencionado sobre você. — Alternei confuso meu olhar para os dois ali presentes

— Porquê seria uma perda de tempo. — Loki revira os olhos, e passa a língua em seus lábios. Ele estava impaciente, segurou meu pulso e me puxou e em passos largos me guiou até o lado de fora do local.

Sem dizer nenhuma palavra ele apenas, fez menção para que eu entrasse no automóvel parado logo a frente, sem protestar obedeci e ele entrou logo após. O Motorista começou a dirigir e o silêncio era tamanho que eu podia ouvir nossas respirações dessincronizadas, observei brevemente o rosto de Laufey encarando o lado de fora, e seu olhar frio recaiu sobre mim. Pelo canto do olho, as cores verdes e azul brigavam entre si, engoli a seco e virei rapidamente o rosto olhando o céu escuro, sem estrelas, suspirei cansado.

☆*: .｡. 

oi..K
eu voltei com a identificação de POV nesse 
nesse capítulo pra não ficar confuso pra vocês.
O casal não teve muito interação, mas esse
capítulo é tão importante quanto os outros.

Você pode me xingar aqui: