Chaos

05. losers use drugs

alo alo galerinha do bem
a tia ta de volta com mais um capítulo dessa confusão que essa turminha do barulho arrumou ein?
kkkkkkk boa leitura bbs
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Donghyuck foi para a cama, mas Mark não conseguiu pregar o olho. Johnny e ele se sentaram lado a lado no sofá, encarando a TV desligada. Mark não sabia o que fazer, ele não conseguia esquecer do olhar doloroso de Renjun para si dizendo que ele tinha fodido a vida de todo mundo. Tinha sido tão ruim assim? Em todos esses anos, ele nunca tinha pensado nisso antes, mas ao ver o melhor amigo de infância daquele jeito, sua cabeça parecia um liquidificador, triturando seu próprio cérebro. Johnny percebeu como o garoto ficou pertubado e suspirou, lhe oferecendo um cigarro. De início, Mark se assustou, mas logo percebeu como Donghyuck e ele eram idiotas de pensar que um dia podiam enganar Johnny. Aceitou o cigarro, o acendendo e dando uma longa tragada.

— Você acha que eu sou um idiota — Mark disse ao soprar a fumaça — Mas o que eu podia fazer? Ele estava na minha frente chorando porque achava que eu tava morto. Porra… o Renjun tava lá, Youngho. Ele viu enterrarem um caixão vazio numa lápide com o meu nome. Você tem noção do que é isso? Eu acabei com a vida dele e de quem mais gostava de mim.

— Você se parece muito comigo quando eu tinha sua idade — Johnny disse depois de uma tragada — Não importa o quão ruim as coisas estejam, você ainda quer pensar positivo. Você quer confiar e acreditar nas pessoas perto de você, talvez esse seja o seu maior defeito. Não é bizarro? Nosso defeito é acreditar que ainda possa existir alguém bom no mundo.

Johnny parecia magoado com algo maior que o problema de Mark. Ele nunca descobriu o que de fato fez com que Johnny e Ten trocassem de nome e fossem viver se escondendo daquela maneira. Devia ser algo realmente ruim já que nem Donghyuck nunca quis contar a história à Mark.

— Já Donghyuck se parece mais com Ten — Johnny continuou e riu ao pensar no amigo e no irmão — Eles são desconfiados, machucados, ríspidos quando se trata de afeto. Acho que é por isso que eles brigam tanto — Ele riu enquanto Mark dava outra tragada — É bem difícil chegar perto deles, mas nós conseguimos, não é? Às vezes, Mark, eles são assim por uma razão.

— O que quer dizer? — Mark perguntou baixo e Johnny sorriu para si.

— Eu quero dizer que eu apanhei o suficiente da vida para querer ser mais como o Ten. Se eu confiasse menos em todo mundo, eu teria sofrido menos — Johnny pegou na mão do garoto e a apertou — E eu estou lhe dizendo isso porque eu espero que você aprenda com os meus e os seus erros e eu desejo que você nunca passe pelo que eu passei. Você pode ter conhecido esse garoto quando você era criança, mas você não o conhece mais e eu sei que vai doer em você, mas você tem que desconfiar pelo menos um pouco nele.

— Youngho, o que você pretende fazer com aquela arma?

— Eu já disse, eu vou nos proteger — Mark engoliu seco. Só o fato de Johnny ter aquela arma já o apavorava — Eu não vou deixar ninguém chegar perto de vocês. Agora vai dormir que amanhã você tem aula.

O fato de que Youngho tinha uma arma estava perturbando Mark. Ele se perguntava se aquela arma já tinha sido usada, aquilo lhe dava calafrios. Outra pergunta que pairava pela sua cabeça era se Renjun seria culpado por Youngho ter que usar aquela arma. Ele esperava que não.

Assim que Mark entrou no quarto, Donghyuck parecia estar dormindo, então tentou não fazer barulho. Ele se conhecia, sabia que numa noite como aquela não conseguiria dormir sozinho, então deitou ao lado do garoto e levou um susto quando sentiu sua mão ser agarrada.

— Se você disser que confia nele… — Donghyuck continuava sem olhar para si, apenas encarando a parede lotada de posters das bandas favoritas de Donghyuck — Nós confiamos nele.