Uma nova chance para um café.

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Lidar com crianças nunca foi tão difícil. Era para ser simples, eu só preciso de uma maneira para me aproximar de Sakura e apenas isso, não é como se fosse algo perturbador, e impossível. E o que me irrita, é não ter conseguido nada em três dias.

Eu queria mesmo é que as coisas fossem simples, igual está sendo para Hinata. Bom, não tão simples, pois a minha irmã se esqueceu de avisar ao Naruto, que ela não mora aqui, já que ele sim. Mas é algo fácil de resolver, não é como eu que tenho que me virar para conseguir algo.

Tenho a leve impressão de que Sakura não se lembra, pela maneira que se foi. Tecnicamente essa é a teoria mais aceitável no momento, e a que mais faz sentido. De qualquer forma, tudo me leva para esse parque quente. Diria que a sobrinha de Suigetsu é muito espertinho e controladora, ela não só me propôs um acordo, como também ameaçou não me ajudar, caso eu não faça o que quer.

E como um homem miserável, e completamente apaixonado — fato que só direi a mim mesmo, e a Sakura se possível —, eu acabei aceitando, e vivendo as consequências do tédio.

— Você é muito corajoso, de aceitar ficar aqui nesse calor, só pra falar com a do cabelo rosa.

Ele reclamou, pela milésima vez, a cada meia hora.

— O nome dela é Sakura.

Eu também estou com calor, e com dor de cabeça. Eu deveria estar no ar-condicionado do meu quarto, tentando dormir, ou pintando algum quadro. Só que, Usagi só vai me dizer e me ajudar com qualquer coisa, se eu esperar aqui.

Enquanto isso, eu penso sobre Sakura e aquele cara, não sei se estão juntos, ou se ela é muito inocente em achar que eu estou atrás de recuperar uma possível amizade. Não duvidaria se fosse isso, Sakura sempre foi... ingênua, de certa forma. Ainda que me lembrar da maneira que nos despedimos, me deixe com um grande nó na cabeça. Mesmo que eu não tenha me tocado de que se tratava de uma despedida. Mas imaginar que tivemos aquilo, e ela não se recorda, mexe comigo de uma maneira desagradável.

Esse não é o único fator que me incomoda, Sakura já é mais velha, e imaginar que sua "inocência" foi tirada com aquele cara... com qualquer outro cara. Eu não consigo ficar bem com isso, e parece que meu corpo só se esquenta com essa irritação crescente.

— Cansei.

A garotinha manipuladora veio eufórica para o nosso lado, tomou a garrafa de água da minha mão e bebeu. Crianças são irritantes, prova disso é a maneira como está me encarando, como se tivesse conseguido um depósito de balas ambulante.

— Cumpra com a sua palavra, pelo amor de Kami. Eu quero sair daqui!!

Suigetsu não parece o responsável nem de longe. Ela se sentou no meio de nós dois e pegou a minha mão que estava repousada no banco.

— Você tem a mão bem grande, e a dela é pequena — Menina esquisita — Tá apaixonado tio?

Suigetsu começou a rir. O dia vai ser longo...

— Ele está super apaixonado. Você vai ajudar em uma história de amor, ou em um caso policial.

E não foi ele que disse essa merda. Suspeito que os dois dividem o mesmo neurônio, Karin apareceu rindo, e Usagi deve conhecer ela por ter me soltado e corrido em sua direção.

— Tia Karin!!

— Esses dois idiotas estão te monopolizando, minha princesinha.

Eu não vou nem comentar. Daqui poucos minutos ela precisa estar lá novamente, e eu que vou levá-la, e até agora não me disse coisa alguma.

Uma nova chance (Além da realidade 2T)Where stories live. Discover now