Uma semana.Faz uma semana que não a vejo, e que a procuro a todo instante ao olhar para a rua e o tumulto de carros. Cheguei até mesmo a ir atrás de Sakura no caminho em que pegamos para andar de bicicleta, e na casa dela, que se encontra vazia desde a última vez em que a levei em casa e tudo aquilo aconteceu. Naquele dia, estávamos bem, Usagi se machucou e eu e Sakura ficamos na sala de espera por horas. A menina tomou alguns pontos acima da sobrancelha, mas deu tudo certo e até mesmo levamos ela para tomar sorvete, já que estava chorando. Ao fim da noite, Suigetsu e Karin levaram a garotinha e eu e Sakura ficamos sozinhos no meu carro, e eu não precisei pedir um beijo a ela.
Não sei bem o que Sakura estava pensando naquele dia, mas ela mesma esperou que saíssem para subir em cima de mim novamente, e em instantâneo começou a rebolar no meu colo e me beijar com uma vontade do caralho. Isso tudo na frente da casa dela. Eu já esperava algo assim, depois que ela descobriu o quão fácil era gozar naquela posição, mesmo que eu tenha inúmeras outras formas de mostrar a ela, posições melhores. Todavia, Sakura mal me deixou falar ou respirar, sua boca macia não descolou da minha até que ela tremesse e um gemido longo e baixinho saísse do fundo de sua garganta. O que eu não esperava, era que ela fosse simplesmente viciar e querer de novo, só que novamente fomos interrompidos quando aquele Kimimaro surgiu na janela do meu carro, querendo que ela saia de lá.
— Sakura!! Onde você estava? Fiquei a tarde inteira te procurando!! E esse cara, aqui de novo?
O sujeito queria me bater, e eu não faria qualquer questão de evitar a briga, não fui com a cara dele desde o início. Sakura saiu do carro e tentou contê-lo com toda a calma que não era cabível na situação, visto que ele era o filho da puta em questão. Isso tudo acarretou em bastante gritaria vindo dele, e Sakura quase chorando para eu não socá-lo, pois eu ia fazer isso, e não me arrependeria. Embora eu tenha ficado na merda da terapia por anos, e agora vou a cada três semanas, ainda assim, não é como se eu não fosse ter breves surtos de raiva como ocorrem de vez em quando. Não posso fazer nada quando me provocam, e mesmo que eu tenha apagões durante esses surtos, dessa vez não aconteceu, pois ela falou algo para ele que eu não ouvi, e o puxou para dentro sem me dar um tchau direito.
Fiquei três dias seguidos irritado demais para poder segurar a minha raiva ao querer voltar lá e arrebenta-lo. Mas, Hinata não deixou, ela e Naruto ficaram no meu pé durante todo esse tempo e quando fiquei mais calmo, decidi que era melhor falar com ela sobre esse cara, ele não tem nada haver com o que temos, em termos de quem chegou antes, eu ganho em milhões de realidades diferentes, ele não é grande coisa. Mas aí está minha surpresa, pois parece até mesmo que Sakura nunca morou naquela casa e simplesmente sumiu das minhas vistas, deixou de existir. E nesse exato segundo, estou aqui com Karin me enchendo a porra do saco.
— Deixa de ser imbecil e obcecado! — Já é a quinta vez — Pode ser que ela se mudou, Sasuke, e não teve tempo de te falar. Para de ser tão negativo.
O que ela não entendeu ainda, é que não tem haver com ser pessimista, e sim que não faz sentido, que Sakura tenha simplesmente sumido do mapa sem me dizer qualquer coisa. E aquele cara está me irritando ainda mais agora, porque eu sinto que foi graças a ele que ela sumiu.
Nossa atenção foi para a porta que se abriu em um rompante, revelando a figura irritante de Suigetsu ao lado de Naruto, com uma pestinha a tiracolo.
— Trouxemos a Usagi pra você parar de chorar, Sasuke.
A Usagi ficou inacessível nesses dias, só para me ferrar ainda mais com a curiosidade, isso porque ela precisou viajar com os pais. Mas não sei o que poderia ajudar, já que toda vez que passei no café onde Sakura frequenta e na escola de música, em nenhuma dessas vezes eu a encontrei, nenhuma mesmo. Usagi se soltou das mãos de Suigetsu e veio correndo sentar na minha perna.
YOU ARE READING
Uma nova chance (Além da realidade 2T)
RomanceApós voltar a realidade, Sasuke acreditava que a personagem por quem se apaixonou, tivesse ficado mesmo no passado. Ele apenas não contava, que anos depois, a encontraria parada de frente a pintura em homenagem a ela. "Em meio a uma galeria, você s...