Contemplem o maior poder de todo o cosmos: o Poder do Caos. Essa magia pode manipular, deformar e reestruturar o próprio tecido da realidade aos caprichos do usuário e provocar a desordem total do universo. Esse é o poder que tornaria um pato verdad...
Enquanto isso, fora da joia, o mago estava insatisfeito por não conseguir usá-la para localizar a fonte do caos. Isso porque a Eris não contava como uma das criaturas, e ele precisava de, no mínimo, três seres do caos para triangular o poder definitivo.
-O que deu errado? Será que não capturei aberrações o suficiente? -Patolino não quis perder tempo e foi em busca de mais. Procurou no multiverso inteiro pelos seres que manipulam a realidade de forma abrangente, capturou vários deles e encheu a joia de prisioneiros.
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Mesmo assim, aquela quantidade ilógica de monstros não tornava a fonte do caos perceptível.
-O que há de errado!? -O mago começou a se questionar em voz alta. -Eu já peguei tantos monstros do caos! O poder deles está conectado a alguma fonte universal, sempre tem uma fonte! Por que não consigo rastreá-la?! -Depois de tanto espernear, Patolino bate seu cajado no chão com tanta força, que acaba ativando a joia de outro jeito que nunca imaginou que poderia. Um vortice é aberto e acaba o levando para um lugar que nenhum outro ser vivo jamais sonharia encontrar.
Patolino foi para o paraíso do céu. Lá, ele encontrou um homem cabeçudo de chapéu e um anãozinho flutuante de pele azul e barba branca.
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-Puxa vida, eu adoro viver depois de morrer, -Afirmou Pairulito. -Me sinto tão bem!
-É, eu também, -Concordou o velho Glossaryck. -Nunca pensei que morrer seria possível pra mim. -Os dois estavam comendo pudim juntos e conversando como amigos. -Então somos amigos?
-Sim, estamos conversando como amigos.
-Acho que sim. Isso é estranho. Acho que nada mais faz sentido depois que a gente morre. Sinto-me estranho.
O mago não sabia onde estava, tudo o que podia sentir era as agradáveis energias daquele lugar. Será que ele morreu?
A joia do infinito começou a brilhar, ela estava reagindo a um daqueles dois estranhos. Chegando mais perto, o mago percebeu que a joia reagia ao pequeno Glossaryck.
-Ei, olha! Chegou mais gente para a festa! -Disse Pairulito quando viu o pato se aproximando.
-Festa? -Perguntou o mago.
-Isso mesmo. Bem-vindo à festa no céu, -Disse o baixinho azul. -Logo logo esse paraíso estará entupido de gente. O meu primo Sem-Nome mandou os convites pro pessoal. Em breve eles estarão aqui.
-Minha joia está brilhando pra você, por quê?
-Deixe-me ver esse troço. -Glossaryck tomou a pedra do pescoço do mago e analisou-a de perto. -Ho ho ho estou vendo que tem um monte de percevejos aqui dentro. Por acaso foi a minha irmã Celestia que te deu essa joia?
-Como sabe? Você entende alguma coisa sobre a magia do caos... Digo, "princípio"?
-A magia primordial, você quer dizer? Sim, eu sou feito disso.
-Você o quê?
-Eu posso parecer pequeno pra você, mas eu já criei meu próprio universo mágico. Se o seu objetivo é controlar o caos que programa o omniverso, saiba que ele é meio... caótico, assim como os pensamento humanos. Na verdade, o princípio de tudo é o pensamento.
-Eu tenho uma ideia melhor. Você vem comigo! -Patolino conjura um círculo mágico para tentar capturar o Glossaryck, mas o mesmo rebate o círculo com apenas um peteleco.
-Eu não quero ir contigo não. Eu gosto daqui, e gosto de conversar com esse esquisitoide de bigode. -Ele aponta para o Pairulito com o polegar.
Patolino tenta usar o hipercubo, mas Glossaryck o manda para longe com outro peteleco. Basicamente tudo que o grande mago jogava contra o pequeno mágico era repelido.
-Mesmo que você me capture, não vai conseguir controlar o Caos. Não é como uma magia comum que, só dizendo as palavras mágicas, já faz o negócio funcionar.
-E o que você sugere?
-Ao invés de tentar achar a fonte, por que você mesmo não cria a sua fonte?
-Como eu faço isso?
-O Caos criou tudo, tudo tem a genética do Caos. A mágica já está dentro de você, só precisa acendê-la.
-Tá bom, -O mago acende uma chama em suas mãos e arremessa contra Glossaryck, transformando-o em pedra para que não consiga escapar.
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-Não foi o que eu quis dizer... -O baixinho é sugada para dentro da joia.
-Espera, o que fez com o meu amigo!? -Preocupou-se Pairulito.
-Não se preocupe, prometo devolvê-lo quando terminar. -Disse o mago batendo o cajado para ir embora. -Se ele sobreviver, é claro.
-Espera! Mas... Mas...
E foi-se o mago, levando o azuzinho e deixando Pairulito para trás.
