Sabe uma coisa que eu não quero nunca mais? É namorar alguém que estuda na mesma escola que eu. É tudo muito perfeito no momento que vocês estão juntos sabe, tudo parece ser um jardim de flores, tudo muito colorido, muito feliz. Mas quando o relacionamento acaba, tudo se transforma em um enorme vazio dentro de você.
É aquela coisa de olhar seu ex e não poder abraçar, não poder falar, não poder agir da mesma forma de antes. E o mais foda é quando o cara ta namorando, ai você tem que aturar ver os pombinhos juntos na entrada, no intervalo, na saída... Aquela maior babação, que surge como uma enorme provocação. E por mais que você queira fazer algo você não pode, as vezes bate até uma certa angústia que toma conta de você, aquele nó na garganta logo vem, sua cabeça esquenta a ponto de explodir e o que você faz?
Bom, no meu caso eu me seguro pra não ter uma explosão de sentimentos mal acabados. Tudo se envolve de uma forma completamente ridícula, e é exatamente assim que você se sente, RIDÍCULA!
No meu caso me senti ridícula, porque fui EU que acabei o namoro. Eu que abri mão dele, porque eu simplesmente achava que eu não estava fazendo ele feliz como ele realmente merecia, porque eu não conseguia ser tão carinhosa e atenciosa com ele era comigo.
O pior de tudo não foi eu ter terminado com ele. O pior foi que eu terminei o namoro justo no dia do aniversário dele, e justo no dia que estávamos completando 5 meses de namoro. Foi uma das maiores mancadas que já cometi, não posso negar.
Ele ficou péssimo, e não era pra menos ne. Cara, eu amava ele do fundo do meu coração, amava ele de uma forma intensa. Mas as pessoas me falavam tanto que eu deveria ser mais carinhosa com ele que eu pensava que eu tava sendo um monstro. E acho que o que mais prendia era medo de me tornar uma pessoa pegajosa, sabe? Mas por culpa minha e do meu medo, eu perdi o cara que me fazia feliz, o único cara que eu conheci que me surpreendeu por ser diferente de tantos canalhas por ai... Eu não perdi apenas um namorado. Eu perdi um homem, um grande amigo!
Eu acho que eu não nasci pra me relacionar com alguém, eu nao nasci pra namorar. Mas não me enxergo fazendo algo diferente, não me enxergo sendo aquelas pessoas que saem na Night pegando geral. Isso não faz meu tipo sabe?
Eu sou daquele tipo que se imagina com uma família, sempre tive sonho de ser mãe um dia, passar pela experiência de sentir a barriga crescendo, ouvir o coraçãozinho do bebê batendo pela primeira vez, sentir cada chute como um sinal de "mamãe, to aqui!", como uma resposta pra cada conversa que eu tivesse com ele ainda dentro da barriga. Aquele sinal de que vale a pena cada enjoo, cada chute que chega a doer na alma, cada noite sem dormir, a dor do parto, a nova vida que surge a partir do momento que ele nasce. Eu acho que vale muito a pena ter aquela responsabilidade dobrada, aquela preocupação fora do normal e todos os gastos dobrados...
Mas é exatamente assim, cada passo pra felicidade as consequências sempre estarão ali... E nada melhor do que enfrenta-los.
Mas eu sei que essa família pode surgir não da forma que eu sonho. Mas acredito que família seja ela como for montada, é algo que te traz felicidade, com simples detalhes. É so você construir a sua felicidade da melhor forma, dar o seu melhor.
Se tem uma coisa que minha tia sempre falava, era: " Sonhos são sonhos, você deve lutar por eles. Mas também deve seguir seu coração. Há muitas formas de ser feliz, basta você saber conduzir tudo de uma forma que te satisfaça, mas lembre-se não deixe que algo que tenha dando errado acabe sendo o motivo de uma desistência".
E não é que a bixa ta certa? Não sou de ficar ouvindo muitos conselhos, mas as coisas que ela fala sempre mexe muito comigo.
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O importante é amar
RandomNesse livro você encontrará a historia de uma adolescente chamada Olive, que é bissexual... Ela conta como tudo começou, sobre tudo o que passou e sobre a reação das pessoas ao descobrirem... Apesar de ser muito nova, ela é uma garota bem determinad...