Dia novo, vida nova - Capítulo 18

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Pov's Rachel


Acordo cedo e ouço o barulho do chuveiro ligado, me levanto e assim que abro a porta do meu banheiro vejo Finn de costas tomando banho admiro ele por um tempinho até decidir acompanha-lo. Entro no box e abraço ele por trás, sinto que ele se assustou um pouco, pois mudou a postura, mas logo volta a relaxar, quando entrelaça seus dedos aos meus. 

-Bom dia - digo enquanto encho as costas de com beijinhos, ele puxa minha mão e me coloca de frente para ele. O sorriso estampado em seu rosto é contagiante, penduro meus braços por cima dos ombros dele e ele repousa suas mãos em minha cintura 

-Ótimo dia - ele fala se aproximando de mim e começando a distribuir beijos por meu pescoço, eu solto um suspiro suave, é sempre muito por ter contato pele com pele, quando é com ele é claro. 

-Finn...- suspiro e tento afasta-lo um pouco - Está muito cedo e Lili já deve ter acordado, nós não precisamos dar a ela mais um motivo para um surto. -Solto uma leve risada antes de receber um delicado beijo nos lábios como uma resposta de trégua, bom pelo menos por agora. 

-Então apenas tome banho comigo e ela nem vai perceber. -ele fala e eu apenas concordo com a cabeça. Tomamos banho juntos, e posso confessar que foi o melhor banho que já tomei em toda a minha vida. Depois de me secar e colocar uma roupa casual, saio do quarto e vou direto para a cozinha preparar o café da manhã e quando chego, Lili já está sentada tomando café enquanto come uma torrada e a mesa do café está toda posta. Sorrio para ela, que também sorri para mim. 

-Bom pelo visto alguém tá querendo se desculpar, ou está querendo liberação do castigo, não é mesmo? - Falo e ela se aconchega em sua cadeira 

-Só fiz uma agrado matinal, mas se vocês quiserem rever as clausulas do meu castigo, então sim eu aprovo a quebra do contrato -ela fala e eu nego com a cabeça de forma descontraída 

-Nada disso mocinha. Castigo é castigo, e se você não gosta, é só começar a se comportar direito. Fácil assim - falo e ela revira os olhos e se levanta para colocar a xícara de café na pia. Ela volta para a mesa para pegar uma última uva, antes de sair ela acompanha a entrada de Finn, na cozinha, com os olhos e depois me olha erguendo uma sobrancelha. 

-Eu não sabia que você morava aqui agora- ela encara ele com um sorriso sapeca e ele a repreende com um olhar sério 

-Nem comece Elizabeth, eu conheço essa cara, trabalho com adolescentes a anos. -ela segura uma risada e levanta o braço como se estivesse se rendendo e sai da cozinha 

-Vocês são nojentos!- ela grita da sala e nós soltamos uma risada. 

-É bom ver ela se acostumando e sendo mais, agradável com a situação, o clima da casa esta completamente diferente de quando chegamos em Ohio. -falo e ele se senta ao meu lado e segura minha mão. 

-Eu estou muito animado com isso. Chamar ela de filha é tão, tão incrível. A cada dia que passa eu vejo mais de nós dois nela, mas vejo também algo que é único dela, que só ela tem. -a paixão com que ele fala dela faz com que eu fique emocionada. Dou um beijo na mão dele e assim que ele verifica o horário no relógio e se levanta apressado. -Eu preciso ir amor, a gente se vê mais tarde. 

Mando um beijinho no ar para ele que finge segurar e coloca no peito, como se guardasse no coração, e logo o vejo partir. Eu fico sorrindo como boba por um tempo, imaginando como teria sido se tivesse vivido a vida toda assim. Logo afasto o pensamento por uma forte fisgada do meu estômago, isso significa que o meu café da manhã vai por descarga a baixo. Eu corro o mais rápido possível para o banheiro e consigo chegar a tempo. Droga, será que está acontecendo o que eu acho que está acontecendo? Eu não tenho ao menos condições emocionais de criar uma criança agora. As coisas ainda estão se ajeitando, e Lili ainda está se acostumando com a ideia, uma criança aqui a daria uma perspectiva de vida que ela não teve, bom, pelo menos não adequadamente. Esses pensamentos me assustam, então decido evitá-los por um tempo. Saio do banheiro e vou para o escritório da casa para ocupar minha mente com trabalha, é disso que eu preciso. Trabalhar! 


🌺


O dia passou tranquilamente bem, se você não contar as 6 vezes que eu acabei correndo em direção a algum banheiro da casa para colocar tudo o que tinha comido para fora do meu corpo, e falando em corpo, o meu nunca mente e eu sei o que ele está tentando me avisar e parece que quanto mais eu tento ignorar a situação, mais o meu corpo dispara o sistema de alarme. Eu já entendi que tenho que procurar uma resposta, mas eu tenho o direito de tentar me enganar pelo menos por enquanto? Porque se eu souber o que realmente está causando esses enjoos e eu sei o que está causando, eu terei que contar para Finn e para Lili, ou simplesmente esconder o que não seria a escolha mais certa a se fazer, afinal eu já fiz isso com eles e não quero fazer de novo, então sim, eu prefiro viver com o benefício da dúvida do que ter que contar, ou mentir para eles. 

Ouço a porta abrir no andar de baixo e segundos depois barulho de conversas estridentes, Lili chegou e não chegou sozinha, tenho certeza de que Lina e Maddie estão na minha sala de estar. Me levanto da cadeira e desço as escadas. Chego na sala e vejo minhas sobrinhas sentadas em um sofá e Lili sentada na poltrona em frente ao sofá. Elas conversam empolgada e eu confesso, eu sinto falta dessa época da minha vida. 


-Oi tia! - elas dizem uníssonas e com sorrisos estampados nos rostos e eu retribuo com um sorriso simpático 

-Meninas. -Falo e ando até a cozinha para ver o que eu tinha para poder oferecer a elas, por sorte eu ainda tenho torta de morango, sorvete e suco para elas. Coloco tudo encima de uma bandeja e levo até a sala para servi-las 

-Mãe, não precisava! Eu poderia ter ido buscar. -Lili fala enquanto se levanta para pegar a badeja de minhas mãos, para servir as amigas. 

-É bom ver vocês aqui, estão linda e bem crescidas. Me sinto tão velha vendo vocês assim. -falo e elas me olham enquanto soltam leves risadas -Bom eu vou voltar lá pra cima, qualquer coisa me chamem 

Me afasto delas e subo de volta para o escritório, onde fico por mais um bom tempo escolhendo as novas coleções da parte de novidades da revista. Depois de organizar todo o catálogo vou para o quarto e quando passo na frente do quarto de Lili ouço música alta e cantoria, senti saudades dessa barulheira adolescente. Vou em direção ao meu quarto e quando chego lá vejo Finn tirando a camisa 

-Se toda vez que eu te encontrar pela casa for nessas circunstâncias eu vou amar te ver mais vezes por aqui. -ele se vira sorrindo para mim e me pega no colo -ei ei ei, tem três adolescente aqui em casa, e eu sei que você não sabe fazer isso em silêncio, então pelo menos espera elas irem embora. -Ele me deita na cama e concorda com a cabeça enquanto beija meu pescoço -Mas enquanto isso a gente pode ficar assim. -falo e tiro minha blusa para ficar mais a vontade. Ficamos juntinhos namorando por um tempo até ele se levantar para tomar um banho, ouço um barulho vindo do quarto e eu tomo consciência de que hoje elas vão fazer uma noite das meninas, isso quer dizer 1x0 pra Lili. 

Espero Finn sair do banho, para eu poder tomar o meu também. Enquanto estou no meu banho ouço Finn e Lili conversando, acho que eles vão pedir Pizza para as meninas. Termino meu banho e coloco uma camisola de seda, não vou descer para comer, então começo a me preparar para dormir, volto para o quarto e Finn está lendo deitado na cama e eu me deito ao seu lado, me encaixo em seu corpo, deito minha cabeça em seu peito e adormeço. 


The Secret Of The Lily-finchelOnde histórias criam vida. Descubra agora