Um passo até a linha de chegada -Capítulo 8

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Capítulo 8

Pov's narradora

Os dias se passaram, para ser mais específica 3 semanas se passaram desde o acontecimento na casa Berry. No dia após todo aquele alvoroço Rachel se juntou a Quinn e foi até a delegacia prestar queixa do marido agressor. Não foi uma tarefa fácil ela tinha que admitir, denunciar o homem que dividiu tantos anos de vida ao seu lado. Ela sabia o quanto aquilo a feria de forma profunda.

Lili lidava com tudo aquilo da melhor maneira possível, ela era forte, uma mulher muito emocionalmente estável, bem diferente de sua mãe na mesma idade. Ela sabia que tinha que manter a linha e se manter forte por sua mãe, mas também tinha a plena consciência de que poderia pedir ajuda ao professor e amigo Finn Hudson.

E falando em Finn ele se aproximou muito da família, ele queria ter certeza de que tudo estaria bem, mas acima disso queria saber de perto como estava Rachel. Ele a sentia longe, mesmo que a aproximação fosse constante, como se algo a impedisse de tentar de novo e ele simplesmente não conseguia entender o porque de tantas barreiras envolta dela. Barreiras que ele parecia não conseguir ultrapassar por mais que tentasse. 

Era mais um final de semana de um mês que não foi nem um pouco corrido com o tempo e lembranças, bem diferente disso, foi cheio de muita emoção e sentimentos bem alarmantes. Finn já tinha uma cesta de café da manhã preparada encima de sua mesa de jantar e ele a levaria para a casa de Rachel, assim como havia fazendo durante as três semanas seguidas. Ele não demorou muito no trajeto para a casa da ex namorada, um caminho que a cada dia parecia menor, mas ele não se importava, gostava de fazer esses pequenos agrados, não por querer algo em troca, mas sim por querer faze-la se sentir especial novamente. 

Assim que estaciona o carro desce com a cesta em mãos e fecha a porta do carro e logo conferindo para ver se estava trancada. Assim que ele confere anda com a cesta na mão até a porta da casa onde toca a campainha e espera ela ser aberta. Logo ele ouve a tranca da porta e endireita a postura involuntariamente, a porta se abre e Lili o recebe com um sorriso simpático no rosto. 

-Pode entrar - ela dá um certo espaço para que ele entre na casa e fecha a porta novamente rodando a tranca, deixando a porta trancada como se fosse uma nova regra da casa ditada por sua mãe. Ela o acompanha até a cozinha e o ajuda com a mesa do café, colocando todos os alimentos da cesta encima da mesa. 

-o cheiro de café fresco é o que me faz levantar muito bem da cama - Rachel diz assim que entra na cozinha, ainda de hobby e pantufas nos pé, Finn sorri levemente com a cena, ele sabia que a situação das meninas era bem complicada, mas as vezes gostava de imaginar que ele fazia parte da família. 

-fiz assim que levantei e vim direto pra cá - Finn fala assim que se  desperta de seus pensamentos, Rachel passa por ele deixando um leve beijinho em sua bochecha e logo indo em direção ao armário para pegar uma xícara para servir o seu café. Lili já tinha começado a se servir, sentada na cadeira da lateral esquerda comendo panquecas com uma calda de frutas vermelhas, provavelmente comprada no mercado. 

-bom eu tenho que ir, combinei de chegar mais cedo para ajudar a Maddie com alguns exercícios de física - Lili se levanta da mesa levando sua louça suja para a pia da cozinha - amo você - ela deixa um beijo carinhoso no topo da cabeça da mãe e sorri para o professor. Ela deixa a casa sem fazer muito barulho e deixando Rachel e Finn sozinhos na casa. 

Berry deslizava o dedo indicador pelas bordas da xícara e mantinha os olhos em constante movimento, como se não quisesse manter contato visual com finn, talvez por medo de ficar novamente dependente daquele olhar que a fazia derreter como uma manteiga. Ele arranha a garganta como se quisesse afastar o silêncio que começava a se tornar incomodo. 

-A Lili parece bem, mesmo com toda a situação. -Ele fala e a morena concorda com a cabeça e logo dá uma bebericada no café em sua xícara. 

-ela é uma garota forte, acho que ela não puxou isso de mim -Ela fala com um sorriso forçado e se levanta para levar a xícara até a pia

-você sempre foi uma mulher muito forte Rach, sempre admirei muito você por isso. Sempre foi muito corajosa e nunca teve medo de fazer o que queria -Ele fala e ela suspira ainda de costas para ele.

-eu sempre fiz o que achava melhor. -ela fala e dessa vez volta a olhar para Finn que já a observava com um semblante calmo. 

Ele se levanta de sua cadeira e leva sua louça suja até a pia e começa a lavar, ela repousa sua mão no braço de Finn e balança a cabeça, como se dissesse que ele não precisava fazer aquilo, mas aquele pequeno toque mesmo que inocente fez com que os dois se arrepiassem, como se uma corrente elétrica tivesse passado pelos dois. Ele a olhava intensamente, ela alternava seu olhar entre os olhos e os lábios de Finn, ela sabia o que queria e sabia que provavelmente se arrependeria da atitude que tomaria em seguida, mas ela não esperava que não era a única a ter esse pensamento. Finn foi mais rápido que ela, ele tomou os lábios dela com um  beijo necessitado, nele havia saudade e desejo, havia a procura da troca que eles costumavam ter quando mais jovens, havia paixão e fogo. As mãos dele estavam a segurando, como se não permitissem que ela saísse dali, de seus braços. As mãos dela agora se encontravam no pescoço do rapaz, ela buscava por mais contato, ela queria mais daquele beijo. Ele agora descia os beijos pela pescoço da garota, beijos molhados e muito bem moldados na pele macia da morena, que suspirava com a delicadeza que era beijada. 

Ele passou os dedos delicadamente sobre o nó do hobby de rachel que não teve nenhuma resposta brusca, ele agora segurava firmemente a cintura da garota que já estava completamente entregue em seus braços e que, de olhos fechados, rezava internamente para que ele não parasse e não se afastasse dela. Ela segurou o rosto dele e trouxe os lábios dele de volta para os dela com necessidade e intensidade. Ela sabia que precisava de ar, mas ela não queria parar. Ele se afastou aos poucos e respirava pesadamente ainda de olhos fechados, ela o analisava de perto e ao perceber o que haviam acabado de fazer, todos os pensamentos que a crucificavam desde os 19 anos voltaram a tona com muita força. 

-Merda - ela fala baixo, mas pela proximidade dos dois qualquer palavra que ela dissesse seria escutada por ele. 

-foi tão ruim assim? - ele pergunta com um sorriso brincalhão que logo some assim que ela declara algo sem nem ao menos pensar em como estava e em como ele receberia a informação, ela apenas falou o que ela mantinha em segredo por anos 

-A Lili não é filha do Jesse - ela fala correndo como se fossem as ultimas palavras de sua vida. Ele mantinha uma expressão confusa e assustada, sua cabeça tentava juntar as peças mas ele só conseguia ouvir o zumbindo alto em seu ouvido, como se sua mente tivesse dado um estalo emocional 

-então ela... -ele novamente não conseguiu terminar a frase antes que Rachel novamente o interrompesse

-sim, sua- logo que ela fala ele se afasta dela e passa as mãos freneticamente pelos cabelos, na tentativa de acalmar os nervos, mas isso não adiantou muito. Rachel se sentia extremamente culpada, agora atrás de Finn com os olhos querendo transbordar em lágrimas de arrependimento, medo e angustia. Ele a olhou, e viu no fundo dos olhos dela o medo que ela carregava, mas ele não podia simplesmente fingir que não esconderam um enorme segredo dele durante 16 anos. Ele não sabia o que fazer não sabia como agir apenas sentou-se na cadeira e manteve-se imóvel por um longo tempo

The Secret Of The Lily-finchelOnde histórias criam vida. Descubra agora