One piece X Leitora.

Monkey D. Luffy, de volta para você.

Os primeiros raios de sol da manhã insistiam em ultrapassar as pequenas frestas de sua janela e irem em direção a seu rosto ainda adormecido.

Você apertou os olhos e suspirou, levantando da cama. Quando você se preparou para ter um dia tranquilo e calmo, como a maioria dos dias, sua paz foi interrompida por um barulho alto.

Você soltou um suspiro alto e levantou da cama, indo até a janela de seu quarto. Não deu para ver muita coisa, apenas uma fumaça estranha. Você deu de ombros e colocou sua roupa, se arrumando e saindo de casa.

Era para você fazer suas coisas como de costume, como abrir sua floricultura e esperar por seus clientes, mas naquele dia algo em você disse para fazer o caminho mais longo, o caminho pela praia.

Intuição? Muito provavelmente.

Você tirou as sandálias e pisou os pés na areia, respirando fundo.

Morar perto da praia sempre te trouxe muita paz, vontade de conhecer mais lugares além daquela ilha em que você morava, mas infelizmente a oportunidade nunca chegava.

Você se deu por vencida e preferiu não indagar o destino, ficando por ali mesmo, já que era a sua "única opção".

Seus pensamentos estavam tão longe, que você não percebeu que um chapéu de palha voou em sua direção e pousou em sua cabeça, enquanto você era tirada de seus pensamentos.

- Mas que? – Você segurou o chapéu na mão e arqueou a sobrancelha.

- EI – Uma voz masculina gritou

- O que? – Você olhou para o lado e viu um garoto aparentemente da sua idade correndo em sua direção.

O garoto esticou o braço e foi para sua frente, te empurrando para o chão. Quando você pensou em xingar o dito cujo, você ouviu o barulho alto novamente. Eram tiros?

Sim, eram.

- Você precisa vir comigo se não quiser morrer com um tiro – O garoto devolveu o tiro com o corpo e te puxou para cima novamente.

- Ir com você, por que? – Você olhou para o garoto e o reconheceu dos cartazes de procurado – Você é Monkey D. Luffy?

- Legal, você me conhece – O garoto sorriu, enquanto corria.

- Puta merda – Você resmungou baixo e segurou a mão do garoto, correndo para sua loja – Vem.

Vocês conseguiram despistar a marinha e chegar a floricultura a salvo. É claro que você teve que esconder Luffy em baixo do balcão até que os soldados fossem embora, o que demorou um pouco.

Luffy te contou sobre o mar a fora, o que a fez ficar muito interessada. O garoto te contou sobre suas aventuras e fez um pedido inusitado, você gostaria de se juntar a tripulação dos chapéus de palha?

Ser uma pirata nunca foi opção para você, era algo que nunca passou por sua cabeça, então você achou aquilo interessante e ao mesmo tempo muito perigoso.

Você não recusou e nem aceitou, apenas disse que precisava pensar sobre.

Naquele dia não foi Luffy que a salvou, foi você que salvou ele.

Luffy teve que voltar para o mar, voltar para sua tripulação. Ele pediu a você para tomar muito cuidado e disse que voltaria para a ilha, para saber sua resposta sobre o convite.

Meses se passaram desde a primeira vez que você viu Luffy. Você achou fofo como Luffy sempre dava um jeito de mandar alguma carta para você contando de suas aventuras ou mandar algum sinal que estava bem.

Naquela manhã, você viu o mesmo chapéu de palha voar para dentro de sua loja e abriu um sorriso, Luffy estava ali.

O garoto entrou na loja, com um sorriso estampado no rosto, enquanto corria em sua direção para te abraçar. Era normal sentir tanta falta de um meio desconhecido?

Para vocês era.

Você acabou aceitando o convite para se juntar a tripulação, mas sempre voltando a sua ilha de origem para ver como andava sua floricultura.

Luffy concordou, é claro. Ele queria você em sua tripulação, ele queria estar perto de você e ele não escondia isso de ninguém. Aliás não demorou muito para você se apaixonar pelo capitão dos chapéus de palha.

Vocês ficaram juntos e ao lado dele você passou por suas melhores aventuras e conheceu diversos lugares.

Mesmo quando você voltava para sua ilha natal, ambos sabiam de uma coisa.

Não importa quanto tempo ficassem separados e nem onde estivessem, o vento sempre mostraria o caminho de volta para o outro.