One piece X Leitora.

Portgas D. Ace, cuidado com as palavras (yandere).

⚠ Conteúdo sensível

"Desculpe informa-la senhorita S/n, sei que a senhorita não está nas devidas condições para receber essa notícia, mas Portgas D. Ace foi dado como morto no acidente de carro ontem à noite. Você é a única sobrevivente".

Aquela notícia corria em sua veia a cada segundo, minuto, hora, dia e mês que se passava.

Você sentia alivio? Você sentia medo? Você sentia a falta dele?

Você não sabia.

Portgas D. Ace era seu pior pesadelo de todas as formas possíveis. Ele era um namorado extremamente controlador, fazendo jogos psicológicos a todo o estante.

Você estava determinada a deixar aquele garoto para trás e seguir sua vida, mas ele não a deixaria ir tão facilmente. Ace não permitiria que você o largasse e ficasse com outro alguém. Você era dele, logo, o que era dele era dele e ponto final.

Ace era um romântico doentio, era uma pessoa com duas faces. A face romântica, atenciosa, carinhosa e que daria tudo para estar ao seu lado e a face doentia, que não queria ninguém perto de você, além dele.

Você sabia que Ace a amava, mas aquele amor era doentio, muito doentio.

Você amava Ace? Sim, mas não como antes.

Em alguns "minutos de lucidez", como você costumava chamar, Ace pedia desculpas por tudo que tinha feito, dizendo para você não desistir dele.

Você era a vida de Ace e sabia disso.

Não era para ser assim, não era para chegar naquele ponto, mas infelizmente chegou.

No dia do acidente, você tinha tentado escapar das mãos de Ace, mas ele achou você. É claro que ele "buscou o que era dele por direito", como ele mesmo dizia a você.

Você se recusou a falar com ele no percurso de volta para casa e, foi aí que tudo aconteceu. Ace começou a gritar, dizendo que você não entendia o amor dele, que ele dava tudo para você e mesmo assim você não reconhecia.

O garoto parou de olhar para rua, tentando ao menos ver se você dizia alguma coisa, mas nada saiu de sua boca. Ao invés do som de sua voz, o som alto de buzina de caminhão ecoou por seus ouvidos.

Seus olhos arregalaram e a batida aconteceu.

A última coisa que você se lembra foi ver o olhar de Ace, antes que desmaiasse.

Foi a última lembrança que você teve de Ace.

Alguns meses depois do acidente, você estava caminhando, tendo uma vida normal e sem medo de conhecer pessoas novas. Aquilo era ótimo. Mas você tinha medo de que Ace voltasse dos mortos e viesse te buscar. Isso lá era possível?

Uma revista te chamou para contar o que você passou no relacionamento com Ace e você topou.

No momento, você estava sentada em sua mesa, com o notebook em sua frente, enquanto se preparava para escrever.

- Ok... – Você suspirou e começou a escrever.

"Eu era companheira de um homem extremamente possessivo...''

Você foi interrompida pelo barulho do vento batendo na janela. Por algum motivo, aquele barulho lhe causou muitos arrepios.

- Calma S/n, é só o vento – Você respirou fundo e voltou a escrever.

"No começo do relacionamento, eu era perdidamente apaixonada por ele. Aliás não era muito difícil se apaixonar por ele. Ace era incrível. Ele me fazia rir de pequenas coisas e sempre me dizia o quão bonita eu estava, todos os dias. Conforme o tempo foi passando, ele continuava dizendo essas coisas, mas passou a ser extremamente ciumento e...."

Novamente você foi interrompida por um barulho, mas dessa vez, parecia que algo tinha caído no andar de baixo, o que a fez ficar alerta.

Você esperou mais algum barulho por alguns minutos, e não se atreveu a descer para checar o que estava acontecendo ou o que tinha caído.

Mais alguns minutos se passaram e nada aconteceu, então pela terceira vez naquela noite, você voltou a escrever.

"Extremamente controlador. Eu o amava, achei que só fosse uma fase, mas eu sinto como se ele pudesse voltar a qualquer hora e falasse que veio me buscar. "

Dessa vez um alto barulho fora de seu quarto te interrompeu. Você levantou da cadeira com certo medo e foi para fora do quarto, esperando encontrar a fonte do barulho. Você foi até o andar de baixo e também não achou nada, apenas um porta retrato seu e de Ace caído no chão.

Aquela foto... Foi quando vocês saíram pela primeira vez.

Você tinha boas lembranças daquele dia. Você amava tanto aquele garoto de sardas, como ele virou aquele monstro você não sabia.

- Eu devo estar louca – Você suspirou e pegou o porta retrato, colocando de volta no lugar.

Você voltou para seu quarto e sentou novamente em sua poltrona, suspirando alto. No momento que suas mãos foram ao notebook, você sentiu uma presença atrás de você.

Logo duas mãos estavam pousadas em seus ombros.

Não, não podia ser.

Você virou para trás com certa pressa e se deparou com quem você menos esperava.

Ace estava ali.

Ace estava com uma camisa preta aberta, uma calça jeans preta e metade de seu corpo estava cheio de sangue.

Você achou que estava finalmente livre, mas se enganou, Ace veio te buscar.

- Você, era pra você estar morto – Seus olhos arregalaram

- Oh querida, não seja rude e inocente – Ace passou a mão pelo seu rosto e sorriu de lado – Ninguém te contou que meu corpo nunca foi encontrado e eles ficaram com preguiça de procurar? Eu me mantive nas sombras só pra ver o que você faria e fico extremamente decepcionado com o quão bem você foi sem mim. Mas adivinha? Eu vim te buscar.

Escuridão era tudo que você via naquele momento, antes de cair nos braços de Ace.

Eu sinto como se ele pudesse voltar a qualquer hora e falasse que veio me buscar...

Muito cuidado com as palavras, elas as vezes se tornam realidade.