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CHAPTER THIRTEEN: the one with something in between.
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EU SEMPRE AMEI OS SEUS OLHOS. eu sei que não tem mais importância isso que eu digo, mas sempre os amei. acho que foram eles que me atraíram até você todos aqueles anos atrás.
caloroso.
familiar.
gentil.
não é bem como o mel, não é bem como o café, mas em algum lugar no meio disso.
por que você está em algum lugar no meio não é?
eu senti isso.
𓅃.
Any Gabrielly está sentada na poltrona amarela e fofa de frente para a porta de entrada do seu apartamento, com seus longos cabelos cacheados presos em um coque delicado próximo a sua nuca, em suas roupas confortáveis, ou seja seu blusão moletom com capuz branco em sua calça de moletom também branca, com suas pernas encolhidas em cima do acento fofo do móvel cobrindo seus pequenos pés carentes de uma meia. Ela mexe entediada em seu celular rolando o feed de uma rede social quando ouve batidas na porta.
— Está aberta! — ela informa sem deixar de olhar para o aparelho em suas mãos até que a porta se abre revelando quem estivera do outro lado.
Ao levantar seus olhos para longe do mundo das redes sociais, Any Gabrielly se depara com o azul dos olhos de Sina Deinert. Não eram tão azuis como o oceano, e não exatamente como o céu, mas em algum lugar no meio disso. Naquele dia e naquele momento, seus olhos não carregavam o mesmo brilho que um dia estivera ali e estavam foscos, distantes e levemente envergonhados. A cacheada não estava muito diferente, no entanto. A expressão de tédio que estivera em seu rosto quando olhava pelas notícias no seu celular já não estava presente ali. Uma leve vergonha e desconforto eram o que tomavam o rosto da garota negra naquele instante. Um sorriso hesitante e sem forças suficiente para brilhar por completo, brinca no canto dos lábios de Gabrielly enquanto ela encara a loira à sua frente. Tão desconfortável quanto ela.
— Oh, olá. — A cacheada diz. — Uhm, Noah não está aqui.
— É, eu sei. — A loira sorriu fraco. — Ele me falou que chegaria um pouco tarde do trabalho. Vou apenas esperar um pouco.
— Claro. — foi a vez de Any sorrir fraco.
Após a pequena troca de palavras, o silêncio se ambientou entre as duas garotas que se encaravam de segundo em segundo com palavras não ditas através de olhares hesitantes e constrangidos. Any sentada em postura ereta na poltrona, Sina sentada no sofá próxima à ela. Intensa quietude no meio de uma tensão de um assunto mal resolvido. De repente, os móveis da casa pareceram mais atraentes a Any até o momento em que Sina não suportou aquele silêncio que parecia ter durado anos e se pronunciara, hesitante, tensa, mas com uma voz doce e sutil.
