#1 Despertar

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    Então, ele acorda.

Por um momento não se lembra de seu nome, na verdade ele não se lembra de nada, fazendo um pequeno esforço algo lhe vem a mente. Lucio! É sesse seu nome.

A sombra de uma macieira cobre seu rosto, as luzes do sol passam por entre a copa ofuscando um pouco sua visão. Levantando o corpo doído como se estivesse dormindo a dias ele observa ao redor, um grande campo verde com uma relva grande de quase meio metro de comprimento. Lucio se vê nesse momento em cima de um morro, algumas maçãs estão caídas no chão. Ele pega uma e a morde, o sabor doce invade sua boca e sua barriga dói quando o pedaço entra em contato com o estômago. A quanto tempo ele não come?

Ele come avidamente, come tentando se encontrar e tentar entender onde está ou quem ele é.

"Como vim parar aqui? A quanto tempo estou aqui? E, o que é aqui?". Com essas questões ele encara o horizonte. Um grande bosque se encontra a frente, as árvores são tão altas que parecem tocar o céu, um vento forte balança suas copas fazendo com que a sombra do que parece ser um edifício projetar entre elas.

"Algo além das árvores se esconde ao longe". Uma ponta de esperança aquece seu coração, ele ainda está perdido mas pelo menos existe um ponto de destino. Lucio pega algumas maçãs e coloca em seus bolsos. Caminhando entre a relva que alcança sua cintura ele segue em direção aos prédios.

Durante seu trajeto o tempo começa a fechar, pequenas gotas de chuva caem em sua cabeça. Ele apressa o passo e segue entre as árvores, uma trovoada cai fazendo um grande clarão. Correndo entre as árvores um vento frio bate em seu corpo, mas ele não pode parar, ele continua em frente, continua em sua rota até tropeçar em algo.

Caído e com o tornozelo dolorido ele se vê no que restou de um trilho de trem. "Parece que a muito tempo não passa um trem por aqui", pensa ele massageando a parte dolorida. A chuva cai mais forte agora e o frio é intenso, ele olha para a direção que segue os trilhos, um grande caminho a frente. Um pouco mais a frente algo que parece uma placa, mas algo em cima dela o assusta, parece que parado em cima da placa está empoleirado uma ave. Ele se aproxima e se depara com um grande abutre o encarando. A ave com seus olhos frios como aço tem seus olhos fixados nos dele, um calafrio percorre seu corpo, por um momento parecia que o abutre queria lhe dizer algo.

Ele se aproxima da placa, uma placa de ferro enferrujada e muito velha, a tinta dela aparenta estar a muito tempo descascada, mas o que restou dela ele pode entender a quantos quilômetros a cidade se aproxima.

Ele apressa o passo em direção a cidade, mal passou pela placa com o abutre empoleirado quando escuta um riso estridente, um medonho gargalhar grasnado, olhando para trás ele vê a ave levantando voo e sumindo em meio a chuva.

Ele anda por mais alguns quilômetros de baixo da chuva fria até que avista os primeiros indícios de uma civilização. "Casas! Finalmente!". Animado pela visão ele caminha em direção a um pequeno conjunto habitacional 

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