Descendentes: Um plano incompreendido.

Capítulo 93

Malia 

Eu fico em choque, pois não estava aguentando o meu passado inteiro me atacando sem pena e de uma só vez. Era como se estivesse sendo bombardeada que minha cabeça nem tinha mais como pensar em tanto problema que estava vivendo de uma só vez. 

Os dois se encaram como se fossem se matar, eu então entro no meio e dou um grito bem alto.

Malia: Chega! Bernardo pelo amor de Deus, olha oque você já fez comigo, me deixa pelo menos respirar, me deixa encarar um problema de cada vez, eu só humana e não vou aguentar isso, por favor, VAI EMBORA! 

Kaique: Some, ou vai ganhar dois olho roxo.

Bernardo: Tenta a sorte, bora ve quem sai em pé.

O Kaique então sorrir e vai pra cima dele, então eu corro e pego um vaso de vidro e jogo no chão chamando a atenção deles pra mim.

Malia: CHEGA! Eu não aguento mais, em menos de vinte quatro horas minha vida virou de ponta a cabeça e eu não aguento mais problemas, se quiserem se matar se matem em outro lugar, mas longe de mim, agora pode ir embora, os dois ou eu chamo a segurança, agora vão. - Grito alto. 

Os dois então se encaram e o Kaique pega sua mala e vai embora ando um empurrão no Bernardo que fica parado na porta me encarando.

Malia: Vai embora!

Bernardo: Eu vou, mas eu volto, tem muita coisa que você tem que me explicar Malia, e você sabe que eu não desisto facil. 

Malia: Vai. - Eu grito. 

Então ele balança a cabeça e sai, ao sair eu corro tranco a porta e sento no chão, meu coração estava pra explodir junto com minha cabeça, eu não conseguia mais raciocinar oque eu devia fazer, todos os meus problemas se juntaram e vieram me atacar, é até pior do que da última vez, olho ao redor e meu coração pesa ao lembrar do Kaique, e que ele tinha ido embora, e vem na minha cabeça as lembranças do Wally me humilhando e mentindo sobre mim. Era como se um trailer da minha vida fosse passando bem lentamente e cada lembrança fosse arrancando parte do meu coração. 

Eu já nem chorava, só gemia pois a dor de uma coração partido é a pior dor já sentida, pois não tem nada que possa aliviar a dor. Sinto meu corpo todo doer e meu peito apertar, tudo estava vindo direto pra mim e eu não sabia lidar com isso, na minha cabeça então vem o beijo com o Bernardo, e logo em seguida o Kaique descobrindo, logo depois vem a Blake, na sequencia minha mãe e meu pai, tudo se juntando pra me torturar. 

Não sei se se passaram horas, ou até mesmo minutos, só sei que em meio ao meu choro eu adormeci. Acordo com fortes batidas na porta, olho pros lados e vejo que tinha dormido no chão, encostada a porta, junto então todas as minhas últimas forças e me levanto e vou abrir, ao abrir a porta vejo minha mãe e a Liz.

Malia: mãe? - digo surpresa.

Ela não diz nada só me abraça forte e sinto a dor vindo de novo e então me derramo em lagrimas.

Isa: Mamãe ta aqui filha, eu to aqui. 

Ela dizia me abraçando forte e a Liz também me abraça, eu então desabo, choro e grito o mais forte que eu consigo pra tirar tudo aquilo que estava dentro de mim. 

Isa: Chora filha, bota pra fora tudo oque você ta sentindo.

Eu gritava, pois só assim eu sentia um pouco de alivio.

Isa: Vamos tomar um banho filha, Liz faz um pouco de café bem forte pra ela. 

Ela diz me levando até o banheiro e eu não conseguia parar de chorar, ela então tira minha roupa e me dá banho, e fica cantando pra mim.