𝑾𝒊𝒕𝒉 𝒂 𝑻𝒐𝒖𝒄𝒉 𝒐𝒇 𝑭𝒂𝒕𝒆 - 𝙺𝙽𝙹 [𝙷𝚒𝚊𝚝𝚞𝚜]

12 - Amigos não mentem

Pov's Karina

Juntei as sobrancelhas focando nos últimos detalhes da pintura.

Hesitei ao perceber que terminei e sorri satisfeita me distanciando da tela.

Jungkook ia adorar.

Era uma montanha coberta de neve em que as sombras eram borrões  detalhados nos tons preto, marrom, azul e cinza.

Suspirei passando o dorso da mão em minha testa na tentativa de afastar os fios da minha franja que estavam colados na minha testa devido o suor.

Com as mãos sujas de tinta nos vários tons da pintura, eu não pude tocar o rosto. Ou a próxima tela seria eu.

Encarei minha pitura novamente.

De forma espontânea espanei as mãos fazendo os respingos escuros caíram sobre as folhas brancas no chão. Lavei às mãos na na vasilha adequada de àgua.

— Tsc... Droga! — resmunguei enxugando as mãos na toalha e fui juntas as folhas.

Ao juntar as folhas, quietei um momento sentindo uma sensação de dejavú me envolver.

O tempo pareceu estagnado e meu corpo se deu por leve e distante me fazendo olhar em volta para ter certeza que onde eu estava era real.

Voltei a encarar a folha suja de respingos, desconfiada, mas balançei a cabeça e voltei à minha tarefa.

A campainha tocou me fazendo olhar para a grande janela da varanda.

Meus tímpanos captaram o som de vozes – conhecidas – e o som da porta.

O tom das vozes foram diminuindo, atiçando minha curiosidade.

Juntei todas as folhas deixando-as num canto qualquer e levantei indo até a porta.

A abri com cautela logo saindo e me aproximando da vidraça que servia como proteção da borda do andar.

Minha mãe mãe e o médico Jin conversavam baixo.

Pareciam querer esconder algo.

Franzi a testa ao notar a preocupação, tanto de minha mãe quanto do Kim. O assunto parecia sério mesmo.

— E o que você tem em mente, doutor? — deduzi o que omma perguntou.

O Kim deu um suspiro, como se não quisese responder. Como se aquela resposta fosse tão destrutiva quanto uma explosão.

— Se algo inesperado acontecer, ela pode ter uma sequela grave no futuro! — pareceu responder.

O que tá acontecendo?

— Mãe? — chamei do andar de cima.

Omma se surpreendeu ao me ver e pareceu limpar o rosto ao se recompor quando começei a descer as escadas.