Em meio ao caos podemos encontrar pessoas maravilhosas , elas simplesmente aparecem quando você menos espera e quando se dá conta, já tomou um pedaço do seu coração
Juro solenemente te ajudar quando cair,
Mas só depois que eu parar de rir, promessa...
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"Dançar pode purificar a alma". É o que diz o ditado né? Ou esse ditado é outro?🤔
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L: - Achei que não iam vir! - abri a porta dando espaço para Payton que carregava Helô nas costas como uma mochila.
P: - Oi pra você também! - bagunçou o meu cabelo.
L: - Não falo com gente que não me dá doce! - sorri forçando simpatia - Oi carrapatinha! - me inclinei para conseguir enxergar Helô.
H: - Oi Jabuti! - desceu desajeitada das costas de Payton - Ele já chegou? - o procurou pela sala usando o olhar.
L: - Não... - a abracei de lado - Sábado é assim mesmo... ele sempre chega tarde. - O que importa agora é... vocês trouxeram não foi?
P: - Acha que eu sou algum tipo de amador? É lógico que eu trouxe! - cruzou os braços acima do peito exibindo um sorriso convencido.
L: - Anthony não vai dar falta?
H: - Anthony não daria falta nem da própria cabeça! - riu baixo.
P: - Sabem o que isso significa?
L, H, P: - JUST DAAANNNCEEE!
Payton retirou da mochila quatro dvd's com just dance. Se um de nós passasse mal hoje não seria uma surpresa, comer e dançar como doidos não é o aconselhado.
(...) Muitas e muitas danças depois
L: - Pera ai, pera ai, PERA AI! - os dois pararam de dançar e olharam - Eu acho injusto que o Payton fique fazendo esses passos de grilo invertido e ganhe mais pontos que eu!
P: - Igual que você é uma exímia dançarina! - cruzou os braços
L: - MAS VOCÊ FICA FAZENDO PASSO DO TIKTOK, COMO PODE TER MAIS PONTOS QUE EU? - fingi choro.
P: - O JOGO ME ACHA UM DANÇARINO MELHOR ATÉ FAZENDO ERRADO, SIMPLES! - tentou dizer em meio aos risos.
H: - Princesas, as duas são lindas! Podemos voltar a dançar agora?! - bateu palminhas.
L: - Não pode nem discutir em paz... - fiz beicinho recebendo uma risada como resposta.
P: - A próxima é... Timber!
L: - Eu não vou! - me joguei no sofá.
H: - Não? - se virou para me olhar.
L: - Nemm... já fiz essa umas 800 vezes. E ela é só pra 2!
H: - Tudo bem... EU VOU SER O PANDA! - gritou assustando Payton.
P: - Eu sempre quis a menina mesmo! - apoiou a mão no peito para debochar da situação.
O garoto segurou a barra da blusa e a passou pelo meio da gola, formando um tipo de cropped improvisado.
P: - Agora estou a caráter para começar isso! - fez um gesto engraçado com as sobrancelhas - Vamos? - estendeu a mão para Helô.
Ela desviou de sua mão distribuindo um tapa estalado na bunda do mesmo.
P: - Caralho que tapão! - arregalou os olhos esfregando o local onde tomou o tapa - Tarada!
L: - Só tapa de qualidade! - mordi o lábio inferior para não rir.
H: - Você para! - apontou pra mim também segurando o riso.
Depois de muita dança eu tive certeza absoluta de que são o casal que eu mais amo segurar vela.
Tirando o fato que assistir Helô sarrar no Pay se assemelhava demais a um pinscher tentando cruzar com um pastor alemão, eram fofos demais até brigando por causa da dança.
(...) Depois Timber duas ou mais vezes
P: - Eu não gostei! - se sentou emburrado ao meu lado.
H: - O mundo não é um lugar perfeito, Pay! - apoiou as mãos na cintura.
L: - Quanto drama meu pai... quer que te ensine Patooti?
P: - Nem Helô sabe... e ainda fica esfregando na minha cara!
L: - Levanta! Vou te ensinar! - puxei o garoto pelo braço - Você não pode passar o resto da noite emburrado porque não sabe sambar Payton! - dei um tapa em sua nuca.
P: - Pra você que sabe é fácil falar!
L: - Eu sei porque minha mãe me ensinou, como vou te ensinar agora!
Depois de algumas muitas tentativas de ensinar o básico para Payton, ele estava mais do que satisfeito em não tropeçar nos próprios pés.
L: - Consegue trocar as pernas agora, Pay?
P: - Talvez...
O garoto começou a dar saltos para trás, mais parecia que estava pisando no quente do que sambando, Helô como boa namorada que é, filmava tudo enquanto dava risada.
H: - Eis que o sapo cururu pisa no quente! - disse em meio aos risos.
P: - Eu sou ótimo nisso, ok? Saltando sem olhar para trás, se chocando contra o braço sofá e escorregando graças as meias que usava.
L: - Tá bem aí Pay? - disse tentando controlar a risada.
P: - Tô vivo! - levantou a cabeça para nos olhar.
Payton se levantou e puxou as duas para uma roda desengonçada de samba. Payton e Helô dançavam algo parecido com um forró e eu sambava ao lado dos dois.
Demos as mãos e Payton rodava nós duas ao mesmo tempo. Sem olhar muito bem pra onde íamos, nos chocamos contra o sofá, revirando junto com o mesmo. As risadas tomaram conta da sala.
Ouvimos a porta ser destrancada. Ao olharmos para a porta recebemos um olhar confuso de Aidan que mal tinha aberto a porta de casa.
Caminhou até nós me ajudando a levantar, me deu um beijo na testa e riu do jeito estranho que Payton estava jogado no chão. O garoto estava em uma semi cambalhota, encarando Aidan pelo meio das próprias pernas.
A: - Eu não vou nem perguntar... - acenou negativamente com a cabeça depois de piscar várias vezes. Subindo as escadas em seguida.
Certamente nossa crise de riso fez com que até os vizinhos as ouvissem.
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