Sempre em suas viagens, eu deixava de ser o senhor da casa e resumia-me ao prisioneiro que não podia sair da enorme construção, ou de qualquer lugar que não seja o meu jardim de inverno, sequer na propriedade me era permitida a saída.— Como desejar, senhor, meu marido. — O ódio que sinto à cada vez que tenho que proferir essas palavras, causam-me uma dor no estômago.
— Pode sair agora.
Levantei, fiz uma reverência e segui para fora, o mais rápido que minhas pernas trêmulas permitiam. Segui para meu quarto, o que é realmente meu, já que meu marido não divide o leito comigo e quando quer companhia à noite, chama-me até o seu e depois me dispensa. Um alívio que não precisamos dormir lado a lado.
— Senhor. — Lee, minha camareira, uma senhora de quarenta anos, a única nessa casa que realmente gosto e acredito que seja recíproco.
Ela me ajudou a tirar a roupa e já tinha preparado meu banho, com sais para relaxar meu corpo. Fechei os olhos e me deixei se abraçado pela água afundando até o rosto denteo da banheira, só sai quanda a camareira me chamou. Ela me ajudou a vestir em seguida fui para meus aposentos.
[...]
Deitei em minha cama e adormeci. Não tenho mais lágrimas para chorar, elas acabaram nos primeiros anos desse casamento e o restante quando meu bebê morreu dentro de mim. Desejei, com cada minúsculo pedaço da minha alma, que meu corpo partisse com ele, amei meu filho mesmo odiando o pai dele e quando tudo aconteceu, eu quis morrer e morri aos poucos, restando apenas isso que chamo de Park Jimin.— Senhor, acorde. — A voz baixa da Lee me despertou. — Seu esposo o chamou para os aposentos dele.
Claro que ele não estava satisfeito, tinha decidido que teria um herdeiro e fazia apenas três meses que perdi o bebê. Ele esperou o tempo que o médico disse ser necessário, 40 dias, e depois iniciou sua desesperada busca por um filho.
Vesti meu pijama, um vermelho que ele me deu, apesar da sua maneira nada amorosa, faz questão de me presentear para que o mundo saiba que alfa 'maravilhoso' é o Duque Park.
Entrei no quarto, ele ainda estava no banho, sentei na poltrona perto da cama decidindo se tirava ou não a roupa, talvez isso fosse facilitar e livrar-me de alguns minutos a mais em tão detestável companhia.
— Jimin. — A voz forte anunciou o fim do banho, ele estava nu parado diante de mim. Os cabelos molhados, o corpo tinha pequenas gotículas de água, denunciando que passou a toalha rapidamente.
Tem coisas que se aprende. Após quatro longos anos de casado, sempre espere ele mandar, não responda e fique muito, muito quieto.
Tirei a roupa, peça por peça, e ele apontou à cama. Mais uma coisa sobre meu marido, ele não gosta de olhar no rosto enquanto transamos, sempre que me possui é de quatro ou qualquer outra posição que eu fique de costas para ele. E, ali me encontrava sobre meus joelhos, com o rosto contra o colchão, enquanto era forçado pelo movimento ritmado dele.
Está demorando, pensei. Senti minhas nádegas serem atingidas com violência, uma tapa forte que quase me fez gritar de susto e dor. Ele gemeu de prazer e forçou-se mais para dentro de mim.
— Espero um herdeiro. — Disse com a voz rouca pelo ato, seu corpo ainda tremia levemente pelo orgasmo.
Minhas pernas falharam e acabei deitando assim que ele saiu de mim.
— Está fraco. Como vai me dar um herdeiro assim?
Não vou me desculpar, sei que é o que ele queria, ver-me submisso a suas vontades. Pode ter meu corpo e até mandar em minha voz, mas não terá minha alma. Levantei ainda sem sentir as pernas perfeitamente e meu meio queimando, recolhi minhas roupas e vesti-as.
— Pode sair.
Sai, após uma reverência e fui direto para meu quarto. O cheiro dele estava preso no corpo e seu líquido escorria para fora do meu orifício. À água na banheira ainda estava morna, tirei minhas roupas e fiquei em pé dentro dela, peguei uma vasilha, enchi de água e joguei em meu corpo, deixei que levasse tudo aquilo com ela. Respirei fundo várias vezes antes de sair do quarto de banho.
Dormi como um morto, encolhido no meio das cobertas.
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O Duque e Eu
FanficJimin, como todo membro da sociedade aristocrata, foi educado para servir a um alfa, no caso, o seu futuro marido. O jovem ômega de cabelos platinados se casou com seu primo, o Duque Park. Um alfa cruel e possessivo capaz de tudo para conseguir o se...