III.

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Manhattan, 2015 | 15:07 pm

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Manhattan, 2015 | 15:07 pm

Josh sentia a cabeça latejar enquanto empurrava para dentro da boca mais um comprimido para dor.

Tinha acordado há pouco mais de duas horas, exausto, seu corpo esparramado na cama grande de casal da suíte presidencial do Plaza, sozinho.

De início se viu perdido, se perguntando o que caralho tinha acontecido, afinal ele ainda estava nu, com uma ressaca fodida e em um quarto completamente bagunçado.

Mas aos poucos as memórias da noite passada foram retornando.

Lembrava bem do convite que Krystian havia feito mais cedo; de chegar na cobertura e se deparar com mais uma das típicas festas que seu amigo adorava fazer; de ingerir mais álcool que o necessário e principalmente do cara misterioso vestindo uma mini-saia jeans e uma meia calça arrastão que o fez perder toda a sanidade que ainda o restava.

Josh nunca havia se sentido daquela forma antes, atraído por um completo desconhecido. Mas no final se deixou levar, talvez pelo álcool; pelo seu pau que já estava duro dentro da cueca ou pelo olhar felino que recaia sobre si.

Aquele olhar.

Não conseguia lembrar exatamente de tudo, mas tinha certeza que aqueles olhos eram verdes brilhantes, porque no momento em que Josh os viu, teve certeza que não esqueceria nunca mais.

Então talvez tenha sido esse o estopim para tudo, porque ele não pensou duas vezes antes de se aproximar e quando se deu conta, já estava apertando a cintura fina que parecia caber perfeitamente em suas mãos, roçando seu nariz pela pele branquinha do pescoço e inalando o cheiro doce de perfume barato.

Aquilo o deixou mais bêbado que toda a bebida que havia ingerido naquela noite. Josh sequer tinha controle sobre as suas próprias ações depois de ter o seu corpo colado ao dele. Apenas agiu como o seu corpo implorava e deixou que o outro tomasse as rédeas de tudo, sentindo-se completamente a mercê.

Estava parecendo um tolo, um verdadeiro adolescente virgem e cheio de hormônios!

Josh sempre fora conhecido por ser irresistível e conquistar qualquer garota desde o ensino médio, mas ali estava ele, no auge de seus 23 anos, completamente inebriado e deixado-se ser domado por um desconhecido.

E o pior de tudo, sequer teve a chance de provar o gosto de seus lábios!

Estava tão distraído pelas sensações que aqueles toques causavam em sua pele que beijá-lo se tornou um mero detalhe que passou despercebido, mas agora sentia-se um idiota por ter se esquecido justamente daquilo, imaginando como que seria beijá-lo uma única vez.

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