IV.

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Esse capítulo tá meio paradinho, confesso, mas ainda sim, não deixa de ser importante pro rumo da história. é a partir daqui que a gente vai começar a ter muita interação nosh, então preparem o coração e a mente porque não vai ser nada fácil.

Boa leitura, votem e comentem! •3•

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Brooklyn, 2015

Pela primeira vez em muito tempo, Noah poderia dizer que estava tendo um momento feliz ao lado de sua mãe e irmã.

Depois de se permitir chorar por tempo suficiente e andar um pouco mais sem rumo pelas ruas enquanto sentia o a brisa de fim de tarde alcançar o seu corpo, ele decidiu que queria uma noite feliz ao lado de sua família. Ao menos uma.

Uma noite que, depois de muito tempo, o desse um sorriso verdadeiro e não marcas roxas pelo corpo; que o trouxesse felicidade e não um vazio para a sua alma; uma noite que pudesse dizer, com toda sinceridade, que havia sido boa.

Primeiro, ele caminhou até a sua cafeteira favorita no Brooklyn, a mesma que passava em frente todos os dias antes de ir ao ponto. Os cafés de lá eram os melhores, mas um pouco mais caros que os de outros lugares, então Noah não costumava comprar muito - afinal o dinheiro que tinha era sempre contado para suprir a necessidade dentro de sua casa -, mas hoje, só hoje, ele se permitiu comprar, e ainda levou um para sua mãe.

O cheiro era o mesmo que ele lembrava. O café não era fraco, mas forte o suficiente para agradar seu paladar. Também não era tão doce e por cima ainda havia a espuma que o deixava com um bigode branco sempre que bebia.

Se Noah tinha apenas uma certeza em sua vida, era de que amava café tanto quanto amava fumar.

Quando chegou em casa, contou a sua mãe que havia tido folga do trabalho esta noite e que ficaria em casa. Ela sorriu grande como a muito tempo não fazia, com os lábios cheios e pitados com um batom fraco, rasgando o seu rosto e o abraçou, contente demais por ter o filho em casa por uma noite inteira após vê-lo trabalhando duro por tanto tempo naquela boate.

Então eles sentaram sobre a mesa e passaram o resto da tarde conversando. Sua mãe o perguntou sobre sua vida e se estava se envolvendo em algum relacionamento - porque ela sempre sonho com o dia em que o seu filho levaria uma nora bonita para apresentá-la -, mas Noah apenas respondeu que não estava com ninguém no momento, já que o trabalho ocupava grande parte de sua rotina.

Não era mentira, Noah realmente não se envolvia em relacionamentos justamente devido ao seu trabalho, afinal, quem gostaria de namorar um prostituto?

Noah nunca poderia se entregar completamente à essa pessoa e certamente ninguém o aceitaria sabendo que seu corpo havia sido tocado por tantas mãos desconhecidas.

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