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Obito suspirou irritado pela quarta vez. Kisame lhe mandou outra mensagem dizendo que as armas foram desviadas do comprador original e que algum de seus subordinados encarregados de levá-las até seu cliente fora morto ou sequestrado por alguma gangue pequena das redondezas.

Poucas vezes tiveram problemas no contrabando, eram a maior máfia do Japão, afinal de contas! As pessoas tinham medo de apenas olhar para os membros.

Mas sempre haviam os espertinhos que achavam que não iriam ser descobertos ou pegos. Juravam por suas vidas que conseguiriam pegar as mercadorias caras da Akatsuki e vende-las com um preço baixo, pois não sabiam seu real valor.

Já havia mandado seus maiores confidentes dentro da organização atrás dos delinquentes que acharam ser espertos o suficiente para roubar seus pertences.

O Hoshigaki, Kakuzu e Pain eram bem treinados e qualificados para lutar sem nem fazer muito esforço, então não tinha muitas preocupações se eles voltariam vivos ou coisa parecida.

Não era alguém que se preocupava com os outros. Zero sentimentos e pouquíssimos laços que só eram feitos com seus pais. Desde pequeno era assim, como se não sentisse nada por ninguém além de Madara e Hashirama.

Via as pessoas encontrando outras e se apaixonando rapidamente, destruindo as barreiras que tinham em seus corações e se rendendo aos relacionamentos e se achava horrível por nunca encontrar alguém que lhe fizesse se sentir diferente. Todo mundo que se relacionava romanticamente não durava uma semana, pois logo descobria que apenas estavam consigo pelo dinheiro e pelo sobrenome.

Acabou virando um solteirão de trinta anos, irritado - mais do que já era antes -, ignorante e solitário. As pessoas com quem mais tinha contato era Kisame, Kakuzu, Pain, Zetsu e Kakashi, não ficava com ninguém por mais de um dia e ômegas estavam fora de sua prioridade.

Seus cios - à cada dois meses - passava com garotos ou garotas de programa e com todo o cuidado do mundo para não engravidar nenhum e acabar com filhos indesejados de uma pessoa que não quer ao seu lado.

Respirou fundo assim que o Hoshigaki entrou em sua sala com uma pistola em uma não e um menino em outra, o arrastando pelo braço fino enquanto este soluçava e chorava baixo, assustado.

Era um ômega de cabelo loiro e comprido, olhos azuis e pequeno demais. Tinha claras manchas de espancamento na pele clara e Obito se assustou com isso, levantando e indo até ele, tirando o mesmo das mãos do alfa.

- Kisame, por que caralhos você trouxe um ômega nesse estado?! Não se bate em ômegas, porra! - exclamou irritado, rosnando e conferindo se o ser que se escolhia cada vez mais não estava com marcas pelo rosto.

Podia não ser a melhor pessoa do mundo, mas não concordava que ferissem aquela natureza nem que tivessem feito a pior coisa que pudessem fazer. O negócio era com betas e alfas.

- ele estava com o estoque de armas. Encontramos ele em um beco sem saída e com todas as caixas. - respondeu lentamente, estava com medo do que seu chefe poderia fazer consigo por ter descumprido suas regras.

- não é motivo para espancarem o garoto, merda! - disse ainda mais bravo. O ômega se tremia em seus braços, as mãozinhas se agarrando em seu antebraço em desespero, manchando a camisa social branca com alguns rastros de sangue que escorria pelas feridas abertas.

- m-mas, chefe, ele pode ser o líder dessa gangue, pode ser filho do chefe, alguém importante para eles. - gaguejou, tentando se justificar no intuito de acalmar o moreno, porém sem sucesso.

- vocês não tiveram nem o trabalho de perguntar se ele tinha envolvimento com isso? - rosnou indignado. - saia daqui antes que eu te mate agora mesmo! - ordenou e levantou o ômega em seu colo, não gostava de se importar e nem se importava com as pessoas, porém o loiro realmente estava ferido e podia ter algum osso trincado ou algo do tipo por sua culpa.

Sir SunOnde histórias criam vida. Descubra agora