Silêncio dos que não falam

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Gritaria, era isso que acontecia no grande salão agora. No começo não passava de pequenas discussões entre guardiões e prefeitos de estado agora era mais uma guerra para ver qual ilha e estado iria enviar guardas para o submundo.

- Você só pode estar louco - gritou um velho guardião e apontou para Zac - Não posso simplesmente levar os meus homens para um ataque surpresa! E suicídio -

- Sr. você poderia falar um pouco mais baixo? Nos conseguimos te escutar se você falar baixo - falou o loiro enquanto virava umas das páginas do livro sem preocupação do seu comentário.

- Que insolente - sussurrou o guardião com desprezo - Você deveria estar me agradecendo, e a minha ilha que faz o armamento para os guardas do palacio para que você possa viver tranquilamente! -

- Por Yuri - suspirou Mya enquanto masageava suas pálpebras.

- Já basta! - exclamou Gabriel enquanto olhava furioso para o guardião - Viemos aqui hoje para falar sobre o nosso próximo ataque, e não para falar sobre qual ilha nos trás mais lucros - pegou a xícara que estava a sua frente e a levou aos lábios e saboreou o líquido enquanto o salão ficava vazio após o pequeno surto de Gabriel - Quero saber qual de vocês tem uma ideia que possa ser útil para o ataque a capital Orfeu -

Um grande silêncio penetrou no salão, até o momento todos queriam falar em alto e bom som como as suas ilhas eram boas e as suas qualidades, mas agora só se ouvia o sons dos pássaros.

A face de Gabriel era serena com um toque de arrependimento, seus cabelos que iam até a orelha estavam penteados e colocados para trás para que a coroa fosse ser o centro da atenção. Sua vestimenta não era para menos, usava uma camiseta social branca e com uma calça preta que era de seda.

Mya olhava cada detalhe do amante, mesmo depois de anos Gabriel ainda tinha a mesma beleza de quando o pequeno Mya tinha aceitado o pedido de casamento.

- Vossa excelência, se for de bom grato eu gostaria de falar- uma presidente de um dos estados tinha se aventurado a falar.

- Continue-

A presidente agradece com um simples levantar da cabeça.

- O submundo e um dos locais que queremos entrar, então nos vamos atacar diretamente a capital em um dos eventos mais importantes para os demônios, o Banquete, logo teremos que atacar por dentro lógico que será difícil mais-

- desculpe por interromper a sua apresentação mais eu tenho uma dúvida, como e que nois iremos invadir um evento que é marcado pelo seu alto nível de segurança?- a pergunta vinha de ninguém menos que Sr Richard, o mesmo estava com o livro na mesa enquanto olhava diretamente para o mapa do submundo no meio da mesa

- Podemos muito bem enviar um agente para a capital por um barco, ou até mesmo algum soldado para atacar o braço direito do rei- falou a alfa que odiava o Sr Richard por motivos desconhecidos mais muitos falavam que era por um caso de uma noite que não acabou de um modo amigável - também podemos enviar comidas típicas do mundo dos humanos e falar que queremos paz só para comemorar a ascensão de Yuri, mais a comida estaria envenenada-

-hummmmmmm, eu tenho uma ideia que possa ser útil- interrompeu o Sr Richard, com um sorriso latino de canto- acho melhor se a família real fosse para o Banquete em forma de convidados, assim eles não teriam nenhuma dúvida, porque o paraíso estaria enviando a maior família do seu país é logo eles pensariam que nos estamos tanto uma trégua-

- isso realmente faz sentido- falou um prefeito qualquer.

- Não é possível que vocês realmente acham que esse plano furado de certo - A alfa bradou enquanto erguia um braço para cima. - Está querendo matar a família real com esse plano -

- Mas senhorita Eloz, o plano dele faz sentido - disse o escravo da prefeita - Não seria mais prudente enviar a família real do que enviar um completo estranho para o Palácio de Orfeu?-

Em um só movimento a prefeita havia se levantado e dado um tapa na face do escravo imprudente.

- Escravo inútil, como ousa me contratizer na frente de sua Exelencia? - a face do escravo pouco a pouco ia se transformando em vermelho. O choro silencioso do escravo invadiu a sala.

- Se me der licença meu senhor, tenho que dicisplinar meu escravo - a voz grossa da prefeita foi em direção de Gabriel que indicou com a cabeça para que a mesma se retira-se dos seus serviços e pudesse fazer o que tinha que fazer com o pobre escravo que chorava por clemência.

Os olhos do escravo e de Mya se entre olharam, o olhar verde de medo com os olhos azuis de puro sentimentalismo falso.
Não poderia fazer nada para com o escravo.

Com a batida da porta do salão, a reunião foi feita calmamente depois do pequeno show.

Gabriel já tinha ouvido vários planos, desde enviar presentes como paz a simpesmente desistir de atacar o Inferno nesse momento.

Gabriel se levantou fazendo com que todos da sala ficasse em silêncio.

- Acho mais prudente a escolha do plano do Sr. Richards - disse enquanto olhava para o amigo.

"Isso é cansativo, sempre a mesma ladainha de sempre.... inúteis" pensou Gabriel enquanto assinava os papéis para os preparativos do plano.

- Agora só precisamos do convite para entra na toca do coelho - disse Zac.

- Isso nós podemos ajudar - disse um dos prefeitos - Minha cidade foi convidada para servir as bebidas para os demônios, como já tido na reunião anterior, posso falar que a família real está interessada em visitar esse evento tão especial para os demônios -

Todos concordaram em silêncio.
O fim da reunião tinha chegado e com ele o silêncio que Mya tanto deseja.

Lótus: A voz do silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora