Depois de um dia cheio de aulas na sua academia Bil decidiu ir treinar, estar o dia todo fechado desde cedo já não lhe estava a fazer bem, então decidiu ir correr à praia.
Tentando se livrar dos seus pensamentos, ele balançou a cabeça e começou a correr em um ritmo calmo para se aquecer um pouco.
Já era tarde, não havia quase ninguém cá fora, o verão ainda não tinha começado, não haviam crianças na praia, a praia estava deserta. Essa era a época do ano que Bil preferia. Onde ele poderia simplesmente sair para correr e apreciar o silêncio.
Ele tinha começado a correr para quando ao longe avistou algo na areia, ao início pensava que seria formas criadas por rochas à beira da àgua, mas, havia algo deitado na beira da água.
No escuro, ele não conseguia distinguir o que era. Seriam algas ou lixo que alguém ali deixou pensava Bil. Mas algo estava errado no formato, o suficiente para fazê-lo diminuir o ritmo e virar a cabeça até ficar na mesma altura do que quer que fosse que estava ali.
Por um segundo, ele apenas ficou parado na areia, ele começou a caminhar em direção à forma não identificada.
Ele estava a apenas mais alguns passos, quando ouviu, um gemido baixo. O tipo de som que alguém fazia quando estivesse magoado e com dor.
'Ai, deus!' Ele murmurou quando ouviu. Foi um som feito por uma pessoa. Estava alguém ali!'
Seus dedos se atrapalharam quando tentaram puxar o telemóvel, para poder ligar a lanterna.
No momento em que ele iluminou a pessoa na areia, ele saltou para trás, um suspiro foi a única razão pela qual ele não gritou. Seu telemóvel caiu na areia, caindo um pouco de lado e iluminando a cena diante dele.O que ele inicialmente presumiu ser uma mulher, era apenas metade. Não. Isso não estava certo. Era apenas meia humana. Seu rosto pálido mas belo, uns cabelos morenos longos e ondulados que terminavam até sua cintura, transformando-se suavemente em escamas cobrindo uma cauda. Uma cauda de peixe.
Isto não estava acontecendo. Isso tudo era um sonho, ele estava em sua casa adormeceu e agora estava aqui a ter sonhos estranhos. Era a única explicação - pensava Bil.
Mas o que ele não contava foi quando olhou para a pessoa ali deitada que dois olhos brilhantes estivessem olhando para si.