cap. 1

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Depois de um dia cheio de aulas na sua academia Bil decidiu ir treinar, estar o dia todo fechado desde cedo já não lhe estava a fazer bem, então decidiu ir correr à praia.

Tentando se livrar dos seus pensamentos, ele balançou a cabeça e começou a correr em um ritmo calmo para se aquecer um pouco. 

Já era tarde, não havia quase ninguém cá fora, o verão ainda não tinha começado, não haviam crianças na praia, a praia estava deserta. Essa era a época do ano que Bil preferia. Onde ele poderia simplesmente sair para correr e apreciar o silêncio.


Ele tinha começado a correr para quando ao longe avistou algo na areia, ao início pensava que seria formas criadas por rochas à beira da àgua, mas, havia algo deitado na beira da água. 

No escuro, ele não conseguia distinguir o que era. Seriam algas ou lixo que alguém ali deixou pensava Bil. Mas algo estava errado no formato, o suficiente para fazê-lo diminuir o ritmo e virar a cabeça até ficar na mesma altura do que quer que fosse que estava ali.

Por um segundo, ele apenas ficou parado na areia, ele começou a caminhar em direção à forma não identificada.

Ele estava a apenas mais alguns passos, quando ouviu, um gemido baixo. O tipo de som que  alguém fazia quando estivesse magoado e com dor.

'Ai, deus!' Ele murmurou quando ouviu. Foi um som feito por uma pessoa. Estava alguém ali!'

Seus dedos se atrapalharam quando tentaram puxar o telemóvel, para poder ligar a lanterna.
No momento em que ele iluminou a pessoa na areia, ele saltou para trás, um suspiro foi a única razão pela qual ele não gritou. Seu telemóvel caiu na areia, caindo um pouco de lado e iluminando a cena diante dele.

O que ele inicialmente presumiu ser uma mulher, era apenas metade. Não. Isso não estava certo. Era apenas meia humana. Seu rosto pálido mas belo, uns cabelos morenos longos e ondulados que terminavam até sua cintura, transformando-se suavemente em escamas cobrindo uma cauda. Uma cauda de peixe.

Isto não estava acontecendo. Isso tudo era um sonho, ele estava em sua casa adormeceu e agora estava aqui a ter sonhos estranhos. Era a única explicação - pensava Bil.

Mas o que ele não contava foi quando olhou para a pessoa ali deitada que dois olhos brilhantes estivessem olhando para si.

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