08. Desencontros.

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Inventam maneiras de se desencontrar, vivem várias histórias e situações inusitadas, há a possibilidade disso acontecer mediante aquele caos?”

Narrador point of view.

Luna já estava no seu sexto copo de tequila naquele início de noite, após ela sair do apartamento extremamente magoada e ferida decidiu ir até o bar ali perto. Obviamente, antes, passou em uma farmácia, mas como ter algo se não tem como pagar por ele?

Então a vi entrar no estabelecimento, olhar os produtos enquanto sua mão machucada, está escondida no bolso de sua jaqueta jeans. Roubo.

Ninguém a viu, certo?

No bar, ela refletia sobre todos esses anos, sua intenção fora encontrar seus amigos, sua família, mostrar como sua filha era incrivelmente maravilhosa, brigar com Bárbara não estava em seus planos, entendia os motivos de chateação da mulher, afinal, ela a via como sua inimiga, como um alguém que por pouco não a ceifou.

A esposa de Deborah virou o líquido na boca novamente e engoliu com força, seus olhos não ousaram derramar uma só lágrima, esses cinco anos a fez uma mulher forte, a aguentar suas dores por mais intensas que elas fossem.

María era a sua força.

Por ela, vivia e escolheu aguentar tudo aquilo, confiava que um dia seu sofrimento chegaria ao fim e o sofrimento de seus amigos.

No fundo ela sentia que seus amigos não estavam 100% confiantes em sua versão da história, se podiam mesmo confiar nela HOJE, pois eles teriam acabados mortos se não fosse por Ágatha, por ter chegado a tempo naquele dia.

Mas ela jamais faria isso, explicou-se para todos, contudo, ainda sim sente que não foi tão convincente, ainda tem Bárbara para lhe infernizar e jogar em sua cara todos os dias de que não é uma boa pessoa.

De fato pensava que não merecia mesmo.

A brasileira deu mais um gole da tequila e lhe serviu mais um, até que uma mulher lhe chamou a atenção, e não foi nada discreta ao olhá-la se sentar ao seu lado, observou bem as curvas da mulher.

- um uísque, por favor.

Disse a mulher ao lado, ela encarou Luna maliciosamente por uns segundos apoiando o cotovelo sobre o balcão de madeira ao seu lado. A morena, voltou sua atenção para o barman que lhe trouxe a bebida. A mesma virou o líquido rapidamente na boca e levantou um pouco o rosto de perfil, engolindo estranhamente sensual.

- Você é nova na cidade? — comentou de repente.

Luna sentiu seu corpo extremecer com o tom sedutor da voz daquela deslumbrante mulher ao seu lado. A morena sorriu minuciosamente e voltou a falar:

- Tenho uma mente boa e consigo gravar os rostos das pessoas que vem a este barzinho. Sei que estamos em Los Angeles e... pode apenas me responder que várias pessoas vem aqui, mas acredite, não me lembro de você.

Luna revirou os olhos, sorriu irônica e respondeu:

- OK! Então você é... familiarizada com esse lugar?

- Sim, por isso mesmo tenho absoluta certeza de que você nunca veio aqui antes, eu a teria reconhecido.

- Mesmo? Posso ser apenas uma pessoa que só vem aqui uma vez a cada dois anos e por isso não me reconheça. - Luna virou outra vez o copo na boca e notou quando a mulher encarou descaradamente seus lábios umedecidos.

- Pode me dizer ao menos seu nome? — a encarou.

- Como posso saber se você é confiável? — sorriu cínica.

We Will Meet Again | PARTE IOnde histórias criam vida. Descubra agora