Júlio encontra-se totalmente gorado e com o coração despedaçado. Viveu há anos com uma mulher que ele pensará conhecer bem, mas afinal não conhecia. Ele pensará que era o homem mais feliz do mundo, afinal era o mais ludibriado. Bem que ele também não é uma flor que se cheira!
Ela partiu sem ter dito que se ia para nunca mais voltar, apenas o disse: "até logo; até depois." Que só hoje ele percebe que na realidade o "até depois", significava "até nunca mais".
Como doí-lhe no coração aquele "adeus"; que foi disfarçado por um "mais tarde agente se vê". Esse mesmo mais tarde, nunca chegou. Hoje ele percebe que não era mais tarde, era um adeus afinal e consequentemente o final da mais linda história de amor (isso que ele pensava, até antes de ter descoberto tudo).
Mesmo depois, dele ter visto tudo, mesmo assim ele ainda não estava acreditar, tentou encontrar explicações da sua ausência e dos seus actos, custou-lhe acreditar que a Julieta, a sua Julinha tinha feito isso com ele.
Ele ainda esperou por ela, fico até altas horas na porta esperando ela chegar e cada chamada no celular, ficava todo agitado e acabava desmoralizado quando percebia que não era ela do outro lado a dizer "alo!"
Ele só não liga todos os dias para ela porque ela trocou de número assim que partiu. Com certeza o fez para que ele não a incomodasse.
Ele sou se tocou da realidade, após ter visto a foto que ela mandou no celular da sua irmã mais nova, ela a beijar-se com o mesmo homem que ela havia apresentando como seu primo, no mesmo dia que os encontrou a saírem da hospedaria de mãos dadas e ela a puxar a saia para baixo.
Deturpou-lhe o coração quando percebeu que foi tão ingénuo. A bruxa (como ele a chama agora) fez lá uma fita, cheia de drama naquele lugar! Ela sentiu-se traída, enganada por ver ele a entrar abraçado com a sua amiga Maria.
―Júlio o que fazes aqui com essa aí? ―Começou ela com ataque de pânico e ciúmes, como de quem não fez nada de errado. Arrancou os botões todos da camisa dele e a Maria não ficou de fora, ficou sem a sua peruca e com a roupa toda rasgada. A filha alheia, coitada, nem queria ir naquele dia, bem que ela já lhe dizia que não estava certo o que faziam, mas ele garantiu para ela que séria a ultima vez, séria a despedida.
― E o quê que você está a fazer aqui, e com esse cara? ― Só conseguiu pergunta depois, de terem sido acudidos. Tentou também se exaltar, Mas ela foi mais lesta:
― O quê que estou a fazer aqui? Júlio, inda tens a cara de pau de me fazer essa pergunta?― Ficou ainda mais zangada enquanto falava apontando o dedo a cara e jogando o corpo inflamado de ira no corpo dele.― Agora vais fingi que não conheces o meu primo? Júlio não me faças ok...
―Desculpa, amor, me esquece dele.― Foi tudo que conseguiu dizer, tentando acalma-la.
― Primo vez o que eu te dizia? Ele não me respeita. ― Meteu as mãos na cabeça, enquanto se dirigia para o primo.
Ele não é um anjo, nem uma flor que se cheira, também comete os seus erros, isso, ele admite sem rodeios, mas a Julieta é de mais! Hoje ele percebe que não é o diabo que usa ela, é mesmo aquela diaba que usa o diabo.
Rasga-lhe o coração quando se lembra, que foi o tal dito primo que acudiu a briga e ainda ficou a dar-lhes conselhos:
―Não deixe ele, prima. Vão em casa, conversem e perdoa o seu marido. ― Dizia o suposto primo, com cara de um padre-santo.
Hoje ele lhes vê no vídeo que ela enviou à sua irmã a casam-se.
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Beijo Roubado ou Pedido?
Historia CortaEsse livro é da autoria da escritora Euclávia Viagem, é com a sua permissão que eu publico ele no meu perfil. O capítulo que dá o título a obra, é um dilema que a personagem se encontra: Roubar um beijo a sua amada amiga ou pedir um beijo à ela? O...