Capítulo 2

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IZZIE

Como se eu fosse uma vidente do caralho, Dean tem duas super-gostosonas ao seu redor, derramando bebida em sua boca, aquela maldita boca que eu suspirava pelos cantos para ter em mim, em todos os meus lábios. Mark quem me socorre da minha babação patética, me puxando para dançar. O homem de um metro e meio, consegue me rodopiar pela sala, arrancando alguns gritinhos em meio a melodia de algum hit latino, era bem envolvente ainda que não reconhecesse quem entoava aquela perfeição dançante. Meu melhor amigo no mundo inteirinho, me atira um sorriso antes de me rodopiar uma outra vez e acabar parando em um par de braços musculosos cobertos por tatuagens. Por alguns milésimos minha mente idiota me faz crer que tenho a atenção de Dean, que, ele pela primeira vez abandonou duas super-gostosonas por mim, mas, então, o perfume sempre de menta, sabonete e cerveja, não é o que reina, mesmo que seja bom, mas, não tão bom. Como sempre, Dean, ainda me ignora, como se eu sequer existisse para ele quando mulheres muito mais atraentes e experientes estão por perto, obviamente não seria ele. Mais uma vez sendo uma grande trouxa!

Seja lá quem for o rapaz com quem danço, é atraente para um caralho, outra vez, não tão atraente quanto meu amado irmãozão, ele também não tem um pau tão grande quanto o de Dean, o homem que me olha e sorri como se eu fosse ser sua próxima refeição em poucos minutos, está duro enquanto nos acabamos na dança na enorme sala da mansão, que Dean comprou há um pouco mais de dois anos, posso sentir por nossos corpos estarem colados, mais que isso, se ambos estivéssemos nus e com ele me penetrando, mas, para uma primeira vez, seu tamanho caberia bem, talvez machucasse menos. Não houve uma mulher com quem eu tenha conversado que não tenha me dito sobre a experiência ruim de sua primeira vez, além de ter fantasiado bobamente que seria com Dean, esse foi o outro motivo pelo qual acabei deixando chegar até onde cheguei, nesse estado horroso de calamidade virginal, mesmo quando quase a entreguei ao filho de Mirtes, morreria e nunca assumiria que gostei quando papai e Griffin apareceram lá. Desvio um pouco meu olhar dos olhos azuis de Pé de Valsa, para onde Dean está, ou estava. Tanto ele quanto suas acompanhantes não estão mais ali, apenas confirmando que sou trouxa, checo o espaço na esperança de que Dean não as tenha levado ainda para seu quarto de fodas e estejam dançando também, encontrando Mathias se agarrando a uma morena baixinha, e mais nada. Até Mark e parte dos rapazes que conheço por quase toda a minha vida, não estão por ali.

— Vamos encontrar um quarto? — Pé de Valsa agarra minha mão e sussurra muito próximo a minha orelha, o que me faz afastar um pouco, eu detesto quando sussurram desse modo para mim. Os arrepios que me tomam não são dos bons, porém, ele ainda era bonito, eu estava levemente alcoolizada e cansada de esperar por alguém que jamais me notaria de verdade. Talvez seja exatamente isso que eu precise para expurgar Dean Griffin de uma vez por todas do meu sistema. Assinto — A propósito, meu nome é... Ai, Meu Deus! — esbraveja ele, se interrompendo quando a música cessa e todo o espaço é engolido pelo bréu.

A energia havia caído.

— Merda! — chio quando o alvoroço se forma — FIQUEM QUIETOS, SEUS FILHOS DA PUTA, É APENAS A ENERGIA! — grito, abandonando a mão do rapaz. Seu chilique até era entendível, porém, brochante também.

Me esbarrando em várias pessoas pela parca iluminação da lanterna do meu celular, sigo até o painel.

DEAN

Mark me fulmina com o olhar quando a casa volta a ter iluminação. Ele sabia que eu havia sido o responsável pelo apagão, mas, era culpa dele. Não tinha motivos para ele empurrar aquele estranho para Izzie. Era culpa dele se ainda não tinha aprendido a não se controlar e bancar o cupido. Izzie está de volta no mesmo momento em que a música volta ao seu auge, seu acompanhante devidamente do lado de fora, ela quase é engolida pela multidão que grita e pula em comemoração, até que seu amigo a puxa para um dos cantos com menos pessoas e começam a conversar. Infelizmente, leitura labial não é meu forte ainda mais com a pouca iluminação que também retornou, luzes azuis e vermelhas disparam do teto derramando sobre as pessoas eufóricas. Essa festa havia chegado ao fim para mim. Dígito rapidamente para Jay, um dos rapazes da academia para cuidar de tudo, que logo está lendo e digitando uma confirmação em resposta. Escrevo para a Izzie quando começo a subir os degraus. De alguma maneira, que não sei explicar mesmo se minha vida dependesse disso, sei que ela está seguindo meus passos com aqueles olhos grandes e astutos. Sinto aquele formigamento e queimor que só ela me proporciona. Eu sou definitivamente muito sujo e ingrato!

Thomas Thomson é o responsável por eu estar vivo, saudável e ter tudo o que conquistei. O responsável por me fazer ver que o mundo não é só tomado por coisas feias e pessoas malvadas. O responsável por tudo o que me tornei. E, o pai que nunca tive, além de me trazer ao mundo e encher de porradas, só havia me pedido uma coisa: Izzie, sua filha, estava fora dos limites. Tom sabia que apesar dos rapazes e eu, nunca machucarmos Izzie de propósito, o faríamos uma vez que ele não cobrasse somente isso por tudo o que nos proporcionou, e para eu, mais ainda. Mathias e eu fomos o que mais recebemos do grande homem. Nos acolheu como não fez a nenhum outro, ainda que amasse a cada rapaz que estendeu a mão, como ninguém nunca fez por nós. Éramos todos fodidos de mais para não fazê-lo, e talvez eu também fosse aquele que mais a faria sofrer, porquê nunca no mundo que deveria ser certo o que faço, a minha motivação nas lutas. Ninguém devia surrar outros sempre imaginando os rostos de seus pais ali, em seus concorrentes. Izzie Thomson merecia um bom rapaz. Que fosse amá-la, respeitá-la, protejê-la e nunca a abandoná-la, que lambesse o chão que ela ousasse pisar até seu último suspiro. Minha Izzie merece o mundo. Eu só gostaria de não ser tão egoísta como meu pai, então poderia deixá-la ir e ter tudo isso. Tom estava malditamente certo quando nos fez prometer que Izzie era um limite proibido.

E, mesmo ciente disso, não conseguia parar de querê-la. A quero tanto que dói.




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Grande Promessa (CONTO) - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora