Capítulo 1

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 IZZIE

Um ano antes...

“Se você acreditar que uma coisa é impossível, você a tornará impossível.”

Não era necessário dizer a qualquer um ali a quem pertencia a frase. Todos que tivessem passado cinco segundos com o meu pai, poderia dizer a quem a citação pertence. Thomas Thomson era o maior fã de Bruce Lee e estava sempre usando uma de suas frases para nos fazer acreditar em nosso potencial, seja ele qual fosse. Sorrio quando a lembrança de me ensinar a amarrar o cadarço surge. “O conhecimento vem do instrutor, a sabedoria do teu interior.” Logo meu sorriso é substituído por lágrimas. Eu precisaria de muitas frases de seu ídolo para me manter sã sem sua presença.

Dean olha em minha direção de cima do palco e onde seu discurso descansa no púlpito, com sua menção de vir até mim, nego. Com nossa troca de olhares, alguns dos amigos, colegas e fãs da época de ouro do meu pai, viram-se para mim. Lhes envio meu melhor sorriso.

— Estou aqui, Bear!

Deito minha cabeça no ombro de Mathias, um dos pupilos de papai. Assistindo com atenção as palavras doces e gentis, saindo dos lábios esculpidos e de voz potente do Dean. A maior promessa do meu velho, que não tira suas órbitas cinzas e cálidas de mim.

Volto a sorrir.

No fim, eu não estava sozinha. E nunca estaria enquanto tivesse Dean e os outros rapazes em minha vida.

{...}

Presente

— Destruidor? Tsk, tsk, tsk. Cadê você, menino?

— Agora sei para aonde toda aquela comida vai. Que bunda, hein, Bear?!

Puta que pariu!

A voz rouca e profunda do Babaca Galinha me faz assustar e bater o topo da minha cabeça no tampo da mesa. A casa deveria ser somente minha por todo o fim de semana, até com o Mark eu tinha combinado para uma pequena social, que provavelmente até o meio da noite estaria tomado por estranhos e penetras. O que é totalmente impossível, uma vez que Dean Griffin está por perto. De anfitriã, eu passaria para no mínimo garçonete das garotas atiradas e de caras emocionados para saber a fórmula secreta dele nunca ter perdido uma luta. Dean era mais que um pé no meu rabo. Eram ambos juntamente com suas pernas, coxas e braços que apenas um deles, formam toda minha estrutura. O homem era meu carma. Sem dúvidas alguma, eu devia ter sido uma puta vadia louca em uma vida passada e ele meu carrasco nessa vida. Ok! Poderia estar exagerando. Eu realmente, não estava em meu auge escultural que a sociedade almejava e santificavam.

Minha adolescência foi um verdadeiro efeito sanfona, até os dezenove quando decidi me cuidar melhor, que Deus resolveu que eu teria um pouco de peitos, uma puta bunda e quase nenhuma cintura para a estrutura deles. Não estava reclamando, mas com o Dean tendo o Ano de Ouro como ele batizara, não estava tendo muito tempo para mim. Uma vez sem meus exercícios constantes, eu voltaria para a pequena rechonchuda Bear. Às vezes me detestava por minha dedicação absurda ao trabalho.

— Já mandei você se foder hoje? — pergunto saindo de minha posição de quatro.

Ele estende sua mão grande, forte e com um ou dois calos. Aceito e com um único leve puxão, estou de pé. Minhas palmas espalmadas em seu peitoral, duro como a porra de uma pedra. Peitoral aquele que eu conhecia muito bem. Cresci o vendo sem camisa, e há mais um pouco de um ano, minhas mãos estavam sempre vagando pela oitava maravilha mundial, que o adolescente magricela de minha infância, se tornou. Infelizmente para mim, eu não conhecia todo aquele monumento como minha mente pervertida gostaria. Triste realidade. Para o grandão e absurdamente gostoso a minha frente, eu era apenas sua irmãzinha. Seu cheiro tão imponente como ele, invade sem preâmbulos algum minhas narinas, conectando-se diretamente com minha pervertida.

Grande Promessa (CONTO) - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora