empresto meu corpo ao sofrimento
Para que ele se faça carne
E me diga de que é feito
Como um fantasma
Trancado a 13 pregos
Esperando seu tempo pra ir embora
Enquanto não passa
Devora e arranha
Chora
Eu seguro, construo em volta
Envolta
Ela dorme
Mas à meia noite acorda
Ao badalar dos sinos
Se torna forte
Acorda, levanta e anda
Implacável
Sempre nos mesmos trilhos
Sem propósito
Apenas pura raiva
Sem memória
Concentrado
Pingando Numa ferida inflamada
Um veneno em doses pequenas
Que é somente si mesmo
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Corpo
PoetryUm corpo que cresce pelas palavras ditas, não ditas, expulsas de dentro e invadindo o lugar. Palavras abraçadas e vomitadas compondo o que isso é para além do que é. poesia para construir um corpo um corpo para se fazer em poesia