Empréstimo

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empresto meu corpo ao sofrimento

Para que ele se faça carne

E me diga de que é feito 

Como um fantasma

Trancado a 13 pregos

Esperando seu tempo pra ir embora 

Enquanto não passa

Devora e arranha

Chora 

Eu seguro, construo em volta

Envolta

Ela dorme

Mas à meia noite acorda

Ao badalar dos sinos

Se torna forte 

Acorda, levanta e anda

Implacável 

Sempre nos mesmos trilhos

Sem propósito

Apenas pura raiva 

Sem memória

Concentrado

Pingando Numa ferida inflamada

Um veneno em doses pequenas

Que é somente si mesmo

CorpoOnde histórias criam vida. Descubra agora