Culpa-me
por teu olhos marejados
sua boca trêmula seu desconforto acentuado
Derrame em mim os seus ódios reprimidos
sua alma sem abrigo
seu estado depressivo
Culpo-me por todo o mal que não te causei
por todos os dias que lhe dei
sem nenhum sentido íntimo de alívio
Desculpa-me por não ser nada
por não chorar lágrimas amargas
de desejar encontrar-me apenas em mim.
Culpa-me então, pois eu me desculpo
todos os dias
por odiar sua mente vazia
cheia de intempéries.
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Corpo
PoetryUm corpo que cresce pelas palavras ditas, não ditas, expulsas de dentro e invadindo o lugar. Palavras abraçadas e vomitadas compondo o que isso é para além do que é. poesia para construir um corpo um corpo para se fazer em poesia