James?

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Althea Scamender.
1993.

-E você já pegou tudo, tudinho? Toooooodas as suas coisas?-Tia Mary pergunta enquanto abria cada armário do meu antigo quarto para certificar. Eu dou uma leve risada.

-Já, tia.-Afirmo.

Tia Mary ajudou meu padrinho à me criar. Ela vinha aqui todos os dias e ficava comigo nas noites de lua cheia.

Ela era amiga da minha mãe.
Na verdade ela me fala muito mais sobre ela do que meu padrinho, que prefere guardar tudo em segredo.

Ela me encara e corre para um abraço. Me aperta tanto que eu mal consigo respirar, na verdade.

-Fica, Althie! Eu prometo cuidar de você! Eu aprendo a fazer comida boa, sabe, sem ser aquelas congeladas... Mas fica aqui! Eu vou sentir sua falta se você for.-Ela grita, nervosa enquanto eu busco por ar. Assim que ela me solta dou um sorriso.

-Eu também vou sentir a sua falta. Mas você sabe que eu vou aonde Tio Moony me levar. Aquele ali tá grudado comigo pelo resto da vida.-Afirmo e ela revira os olhos.

-As preferências...- Ela diz fingindo estar brava e eu dou um leve soquinho em seu braço.

-Para de drama, vai. Você vai sentir tanto a minha falta que vai acabar indo atrás da gente. Por isso eu estou oh: t r a n q u i l a.-Afirmo.

O resto do dia passou voando. Fomos para a estação King's Cross, e logo para a tão famosa plataforma 9 ¾.
Faz uma semana desde que meu padrinho decidiu que iria aceitar a proposta de emprego em Hogwarts, então logo compramos todos meus materiais.

O que foi meio complicado.

Meu padrinho me contou que costumava receber ajuda financeira de seus amigos antigamente. Sabe, antes de toda a tragédia e tudo mais.

Nossa vida nunca foi muito fácil. Ninguém aceitava empregar um lobisomem, de jeito nenhum. Então o dinheiro sempre foi um problema.
Ele só pega o dinheiro deixado pela minha mãe se for algo extremamente importante pra mim.

Ele nunca pegou um tostão dela para fins pessoais, mesmo eu afirmando sempre que estava tudo bem e que não machucaria.

Por isso essa vaga disponível oferecida à ele seria uma grande oportunidade. Por isso eu não bati o pé e implorei para continuar na minha vida normal, com meus amigos que eu já estava acostumada.

Exatamente por que eu devo literalmente a minha vida à ele. Era difícil e complicada a nossa situação financeira, mas ele jamais me deixou passar um dia sem ter algo para comer, mesmo que para isso ele passasse fome.

Vou apoiar meu padrinho em toda e qualquer decisão que ele tomar. Aonde ele for, eu vou tá junto.

Sempre.

Logo embarcamos no trem. Tio Moony estava exausto pois teria passado a noite em claro, preparando tudo para a nossa partida, então logo caiu no sono.

O encarei por alguns segundos e dei uma risada.
Peguei seu paletó e joguei por cima dele para que ficasse mais confortável.

Decidi então dar uma volta e explorar um pouco.

Os corredores estavam aos poucos esvaziando, já que as outras crianças se acomodavam nos vagões.

𝔗𝔥𝔢 𝔡𝔯𝔞𝔤𝔬𝔫 𝔴𝔦𝔱𝔥𝔦𝔫 𝔶𝔬𝔲| 𝔸𝕝𝕥𝕙𝕖𝕒 𝔹𝕝𝕒𝕔𝕜 Onde histórias criam vida. Descubra agora