Wolfstar.

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Sirius Black.
1973.

-Você não fez isso de novo!-Remus diz me repreendendo.

Dou de ombros.

-Fiz. Mas juro que dessa vez eu quase escapei, Remus! Foi por pouco mesmo.-Afirmo enquanto caminhávamos até a Sala Comunal.

-É a terceira vez só essa semana, Sirius! E pelo mesmo motivo! O que é que tem de tão importante assim nos cadernos da Professora Mcgonagall?-Ele questiona.

-Você deveria ser um pouco menos ansioso, Remus.-Afirmo e ele bufa, mais uma vez.

Ayla está parada ao meu lado, impaciente.

-Ah, Merlin!-Ela indaga, nós dois a encaramos agora. Ela se aproxima de Remus calmamente e fica na ponta do pé para alcançar seu ouvido.- Ele acha que deve ter algo que nos ajude no processo de virar animago e tudo mais.-Ela cochicha.

Remus está extasiado. Me encara como se fosse me reeprender, e ele nem precisa dizer nada por que eu já imagino: "Vocês ainda estão pensando nisso?"

Estamos, Remmy. É o que pensamos.

Remus Lupin
1994.

Harry me falou algo recentemente que não sai da minha cabeça.
Ele afirmou ter visto Peter no mapa.

Eu não sei o que fazer.

O mapa erra?

Não, não erra. Sequer uma vez.

Eu sei disso. Me certifiquei anos atrás.

Peter estava morto. Morreu tentando ajudar Ayla. Sirius o matou. Sirius está preso por isso.

Então, como pode ser possível?

Como o Peter Pettigrew, nosso Wormtail, poderia estar caminhando por Hogwarts, sendo que morreu 12 anos atrás?

Muitas perguntas me rondam nesse momento. Estou confuso. Não consigo pensar, ao mesmo tempo que penso demais.

Preciso me afastar. Preciso ficar sozinho.  Preciso de respostas.

Com minha varinha em mãos, vou para um lugar ao qual ninguém teria coragem de ir.

Vou para um lugar que durante anos, sem minha vontade, acabou sendo meu lugar.

Casa dos gritos.

Dos meus gritos.

Era tarde da noite. Os dementadores rondavam pelo castelo cada vez mais sedentos, já que a busca por Sirius têm sido longa e interminável. Estava nublado e um tanto quanto frio, mas nada tão desconfortável. Chego ao Salgueiro Lutador e aperto o nó secreto na árvore. E então, entro.

O caminho me é familiar. Nada mudou muito, apesar de estar mais sujo. Ainda me arrepio ao caminhar por essa passagem.

Meus passos são largos, mas silenciosos. Escuto pequenos barulhos, porém deduso serem da casa já velha.

𝔗𝔥𝔢 𝔡𝔯𝔞𝔤𝔬𝔫 𝔴𝔦𝔱𝔥𝔦𝔫 𝔶𝔬𝔲| 𝔸𝕝𝕥𝕙𝕖𝕒 𝔹𝕝𝕒𝕔𝕜 Onde histórias criam vida. Descubra agora