Dark Angel

Capítulo 16

Anahi

No dia seguinte, Alfonso está de mau humor. E eu aprendo que quando ele está rabugento, ele é mandão pra caralho.

Cometo o erro de ir ao seu escritório pegar uma caneta emprestada e o encontro gritando ao telefone, em espanhol. Ele me olha enquanto eu pairo na porta.

Ele estala os dedos e aponta para o sofá. Meus olhos se arregalam com o gesto exagerado, mas me sento. Ele não presta atenção em mim. Mas eu estou ciente dele. Eu observo enquanto ele vibra com irritação ao telefone.

Ele está desligando a ligação quando Vlad aparece.

Me levanto para sair, mas Alfonso faz uma careta para mim e diz:

- Sente-se.

Então, eu sento durante a reunião deles, me sentindo um pouco convencida de que Alfonso é tão mal-intencionado com Vlad quanto ele é comigo.

Quando Alfonso sai da sala para atender o telefone novamente, Vlad se vira na cadeira para olhar para mim.

- Você sabe, ele só fica assim quando precisa de uma mulher.

Eu congelo, meu olhar colado nas mãos no meu colo.

- Você não deve estar fazendo um bom trabalho lá em cima. Talvez tenhamos que lhe dar outras opções. - Este homem é um idiota. Levanto-me do sofá e saio do escritório.

Alfonso está parado apoiado no corrimão, olhando por cima da baía, conversando rapidamente em espanhol.

Eu me movo furtivamente atrás dele, tentando escapar de seu conhecimento, quando uma mão grande envolve meu pulso e me gira.

Ele se eleva sobre mim com um olhar irritado no rosto.

- Onde você vai?

- Você está de mau humor. - respondo em defesa.

Um sorriso aparece em seu rosto e ele diz algo em espanhol antes de desligar.

- Estou de bom humor.

Sua mão me puxa para mais perto, e então sinto a outra deslizar ao redor do meu pescoço. Emoções disparam através de mim, enquanto eu o encaro.

Ele empurra os dedos nos meus cabelos e puxa levemente, puxando minha cabeça para trás um pouco, mas ele não me beija. Ele apenas olha para o meu rosto, e então seus olhos caem na minha boca.

- Por que você está saindo do meu escritório?

Porque Vlad é um idiota.

- Por nada.

- Eu tenho que sair hoje à noite.

Novamente?

Eu odeio quando ele sai à noite. Eu tenho pavor do que pode acontecer. Ele entraria em outro tiroteio? Bunko o atacaria? Que tipo de perigo ele estava planejando quando sai com tantos homens armados?

- Ok.

- O que você vai fazer esta noite?

Me manter ocupada até você chegar em casa em segurança.

- Eu posso assistir a um filme.

Seu polegar acaricia a pulsação rápida no meu pescoço enquanto eu me divirto com a atração magnética que ele tem sobre meu corpo. É quase impossível resistir.

- Não espere.

Acordei com Alfonso colidindo com algo no escuro. Eu o ouço xingar levemente antes de acender a luz sobre o fogão. Eu observo a silhueta dele colocar gelo em seu copo antes que ele se sirva de uma bebida.