Tooth Fairy?

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5 anos

Sabe o lado bom de ser criança? Se bem, que não existe um lado ruim, mas enfim... Quando somos pequenos, a nossa imaginação atravessa as paredes, acreditamos em tudo que ouvimos e vemos. Acreditamos que um dia, iremos descobrir que temos poderes mágicos, ou que existe um novo mundo, atravessando o guarda-roupa. Ou até mesmo, que teremos Padrinhos Mágicos ao nosso alcance, sempre fazendo bagunças. É, quando somos crianças, somos tão inocentes e ingênuos.

Temos mil e uma aventura em uma tarde, ao mesmo tempo que somos heróis somos vilões. Um simples pedaço de papelão, era o nosso escudo, armadura ou até mesmo alguma arma poderosa. O braço do sofá, era os nossos cavalos, ou para aquelas que viajam longe, era o dragão, cujo era feroz para os inimigos, mais um fofo para os amigos. Resumindo, a imaginação da criança é sem limite, e ninguém pode diminuir a criatividade, ou julgar as crianças por elas usarem abertamente a mesma.

Peter tem apenas cinco aninhos, então era normal para uma criança com a idade dele, acreditar em contos de fadas e as lendas. Se o menino encontrasse alguém muito peluda, para ela já era o Gatinho de Monstros S.A, ou até mesmo um Lobisomem. Ah, e se ele encontrasse um idoso barbudo, para ele já era o Papai Noel, que estava escrevendo os nomes das criancinhas boazinhas para o final do ano. E ele também já pegou um coelho normal, e fez vários pedidos de ovos para o mesmo, o que arrancou gargalhadas de todos os presentes.

E era quase algo normal ver Peter conversando sozinho, quer dizer, com o Senhor Caxias, seu melhor amigo – imaginário. Por isso mesmo, Tony nem se deu ao trabalho, de perguntar para o filho, do porque ele estar dividindo o seu sanduíche ao meio e oferecendo para a direção da cadeira vazia – quer dizer, onde o Senhor Caxias deveria estar sentado. Ainda era complicado demais para o engenheiro, saber que ele foi trocado por um amigo imaginário.

Mas enfim, o Stark apenas preferiu ficar quieto no canto dele e voltar a trabalhar nos seus projetos. Era quase seis da tarde, e daqui a pouco a rotina da noite seria aplicada para os dois Stark's. Ou seja, arrumar a bagunça deles no laboratório, tomar banho, preparar a janta – melhor dizendo, comprar a janta - e esperar a Senhora Stark para a refeição. E depois disso tudo, eles iriam ter um momento em família e logo depois irem para a cama.

- Papai? – Peter chamou Tony, que apenas se virou para ele – O Senhor Caxias odeia cenoura!

- Ah, mas cenoura faz bem para a saúde! Principalmente para a vista! – Tony retruca, enquanto via o menino apenas formar um bico – Nem adianta choramingar, Bambino, você precisa comer alimentos que ajudam na sua vista.

- Mas, papai, é ruim!

- Legumes em geral são ruins. – Tony forma uma careta, ao se lembrar de berinjela – Mas são essenciais!

- O papai é mal, Senhor Caxias! – Peter exclamou, olhando para a cadeira – Ele concordou!

- Tá, tanto faz. – o engenheiro deu de ombros, limpando a mão em uma toalha branca.

- Papai?

- Oi, Bambino...

- Eu acho que tenho uma língua super potente... ou que eu estou ficando igual o Vovô Ben. – Tony franziu o cenho confuso, enquanto olhava para o filho.

- Como assim, Peter?

- Meu dente está balançando. – o menino responde, mostrando o dente – Olha.

- Oh, é o seu primeiro dente caindo! – Tony exclamou animado – Você está virando o Banguela!

- Eu vou conseguiu retrair meus dentes e mostrar quando quiser! – o menino começou a dançar alegremente.

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