Just Kisses | Adaptação Larry pt/br

16.

boa leituras, meus amores!

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Houveram ocasiões em que Mark foi embora, sabendo que demoraria mais do que alguns dias. Às vezes, passava semanas e alguns meses fora. Durante esses tempos, como ele sabia que o dinheiro que deixara para seus filhos não duraria o suficiente, ele instruia Louis a conseguir algum emprego temporário que pudesse ajudá-los a ficar no motel e ter o que precisavam até que ele voltasse.

Isso acontecia de vez em quando desde que Louis tinha quinze anos, ele pegava trabalhos fáceis que um adolescente poderia fazer para cuidar de Hazzy, mas conforme crescia e Mark o ensinava melhor sobre carros, Louis começou a trabalhar como mecânico em pequenos oficinas de automóveis que sempre estavam disponíveis em qualquer cidade enfadonha e tranquila em que parassem.

A maioria deles estava localizada na grande garagem de alguém, embora alguns tivessem um grande quintal ou terreno, como o de Bobby. O que quer que estivesse bom, afinal, o que Louis precisava era o emprego e o dinheiro.

Quando mais jovem, ele se oferecia como assistente, lembrando de mencionar que precisava do trabalho para cuidar de seu irmão mais novo. Ele levava o pequeno Hazzy com ele, pedia-lhe para ser fofo e fazer os olhos de cachorrinho, e na maioria das vezes ele pegava o emprego imediatamente, mesmo quando o dono às vezes não precisava de um assistente. Ele ainda se certificou de trabalhar corretamente, fazendo um trabalho muito bom, assim como seu pai o ensinou, e às vezes o dono da loja nem queria deixá-lo ir.

Nessas ocasiões, ele mantinha Harry com ele na loja, sentado em algum canto ou cadeira ou peça de um carro, lendo ou brincando com o que quer que encontrasse. Às vezes, ele fingia ouvir o que quer que Harry falava enquanto trabalhava e fazia um esforço para responder às suas perguntas intermináveis. Quando o cacheado ficava frustrado ou entediado demais, Louis fazia uma pausa para colocá-lo nas costas e correr com ele no quintal, fazendo-o rir e gritar, aqueles sons que tanto adorava.

Conforme Harry crescia em sua fase adolescente, ele começou a reclamar mais quando Louis teve que passar as tardes em alguma oficina e ele teve que ficar lá também. Eles discutiam um pouco mais, às vezes Harry queria sair com seus amigos da escola ou o que quer que fosse e Louis não era muito paciente para os ataques violentos de adolescente do mais novo. Além disso, Harry sempre parecia encontrar uma maneira de ficar entediado ou irritado com tudo.

Assim, foi nessa época que Louis começou a tentar ensinar o básico sobre reparação de automóveis ao irmão mais novo. O humor de Harry sempre parecia melhorar com isso, os dois encontraram algo em comum para fazerem juntos, e Louis gostava das poucas vezes em que pôde usar isso para trazer Harry para perto, sentá-lo em seu colo e beijá-lo na boca esporadicamente. Ele roubava beijos provocantes da boca de Harry quando estava concentrado no que quer que Louis estivesse ensinando e a visão de suas bochechas coradas inchando, com raiva dele por distraí-lo, era uma das memórias mais fofas de Louis de seu irmão.

Já fazia um bom tempo que eles não precisavam entrar no modo de espera, esperando o pai e tendo que se acomodar por um tempo, mas aconteceu de novo e Louis sabia o que teria que fazer. No momento em que Mark saiu depois de dar as instruções, Louis saiu para procurar emprego como de costume. E embora Harry tivesse idade suficiente para ajudar a ganhar dinheiro, Louis não o deixou. Era mais seguro para Harry simplesmente ficar na escola pela manhã e depois vir passar a tarde com ele na oficina do que em algum trabalho de meio período em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas.

Sim, Louis ainda estava cuidando de Harry como se ele ainda tivesse dez anos em vez de quase dezenove, mas ei, velhos hábitos nunca morrem e isso o fazia se sentir melhor. E embora Harry reclamasse um pouco, no final ele concordou porque era verdade que era mais fácil caso acontecesse uma emergência.