Capitulo I

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A Elfa Sombria e a Foice Assombrosa

Em uma noite qualquer nos domínios do reino de Odion, algo estava prestes a acontecer. Algo que marcaria o inicio de mais um capitulo na história do mundo de Gaiarth.

A lua estava repleta e centralizada, mas o céu do reino estava mais escuro do que costumava ser. A criatura guardiã de Odion, de aparência humana, mas de pele escura, com asas de dragão negro, cauda de iguana, antenas de mariposa e presas de besouro, o ser chamado por Azard, sobrevoava os arredores do castelo como de costume. Sereno, ele aproveitava o frio e a beleza daquela calma noite de luar cheio, quando de repente algo cativara a atenção de seu olhar. No horizonte, ondas sonoras incomuns, visíveis e brilhantes, em tom de roxo púrpura, aparecem propagando-se pelo ar. Curioso, mas ainda cauteloso, a criatura guardiã aproxima-se lentamente para averiguar. Quanto mais perto se colocava, mais alto se tornava o som de uma misteriosa melodia, uma espécie de cântico, que acaricia delicadamente seus ouvidos. Quase como hipnoticamente ele é atraído para a fonte daquela melodia, e acaba pairando sobre uma clareira, em um bosque não muito longe do castelo. Ao planar cada vez mais baixo, perdendo altitude, ele começa a visualizar uma mulher vestida por um tipo de túnica longa. Quando seus pés finalmente pousam e tocam o chão, o Guidendin se depara com uma instigante imagem. Ele conclui que aquela mulher de olhos fechados parada ali em sua frente, cantando, é uma espécie de elfo, porém de cabelos escurecidos em um tom de roxo e pele morena. A criatura guardiã de Odion sente uma forte presença naquele local, uma energia paralisante emanava no ar ao seu redor. Sua atenção é atraída então quase de forma magnética para um exuberante artefato segurado pelas delicadas mãos da misteriosa figura élfica diante dele. Era uma distinta e instigante Foice, de entalhes precisos e estranhamente incomuns, que o chamava. O Guidendin preso a algum tipo de transe desliga-se do mundo externo e aproximava-se cada vez mais do artefato, estendendo seu braço com intuito de tocá-lo. De repente, a intrigante, suposta elfa, enfim abre os olhos, que por sua vez, apresentavam um olhar frio e penetrante. Ela começa então a conversar com o guidendin, dizendo:

— Esta arma é inigualável e única, jamais haverá outra de tal grandeza. Magnificamente foi entalhada, forjada com muito requinte, nos lugares mais quentes e inóspitos. Feita para um inestimável e supremo rei, por isso somente reis podem atrever-se a tocá-la e alguns ainda podem vir a desfrutar de suas inimagináveis propriedades mágicas. Este item pode perturbar, dominar e corromper até a mais pura e santa das auras reais, transformando-a em uma aura turva e fatalmente perigosa.

Depois de escutar tais palavras Azard, o Guidendin do reino de Odion, retoma sua consciência. Pós-transe, percebe que a singular elfa havia desaparecido bem à sua frente, tão repentinamente e de forma misteriosa, como havia surgido minutos atrás. Lá se encontrava Azard, sentindo o vento gelado, sozinho na quietude sombria da noite, petrificado ao admirar aquela valiosa foice que se encontrava agora em suas mãos. Distraído, volta a si quando sente a presença de olhares perversos o mirando malignamente, vindos por dentro das árvores do escuro e silencioso bosque à sua volta. Ao perceber a inquietude dentro das sombras, o Guidendin alça voo para ganhar a segurança dos céus. Durante sua volta ao castelo, uma mensagem ecoava em sua cabeça , é a voz da elfa que o falou novamente:

— Leve a poderosa foice para seu amado mestre, ele é o único com intelecto, conhecimentos e capacidades para saber o que fazer ao lhe dar com algo que possui tanta magnitude.

O Mundo de Gaiarth - Capitulo I - O Retorno da Maleficência.Onde histórias criam vida. Descubra agora