Doninha Raivosa P.O.V.
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Câncer. _ ela disse numa frieza, eu não reconhecia minha mãe ali naquela pessoa a minha frente.
- O QUE!?
- Tumor cerebral maligno, avançado. O desmaio foi só mais uma consequência que infelizmente você viu.
- Mãe, você está ouvindo o que está me dizendo!? _ eu estava bravo, triste, louco, eu não estava mais em mim.
- Aquele dia no hospital, o médico disse que eu estava piorando, ele não sabe ao certo quanto tempo eu tenho, pode ser dias, semanas, meses ou anos.
- MÃE, EU ESTOU AQUI, SERÁ QUE TEM COMO FALAR DIRETAMENTE COMIGO? COMO VOCÊ ME ESCONDE ALGO ASSIM? A QUANTO TEMPO VOCÊ SABE? _ ela não olhava para mim, era como se eu nem estivesse ali.
- Certo, mãe!
Eu sai da sala pisando pesado, coloco uma bermuda tactel preta, faço um coque no cabelo, coloco minha touca, tênis, pego meu skate e saio do quarto. Envio mensagem pra Becky mas não obtenho retorno, vou em direção da porta pronto para abri-la.
- Filho são 3 da manhã!
- Eu sei bem, foi você que me acordou. _ saio e por impulso eu bato a porta atrás de mim.
Com o skate sobre os pés, indo a lugar nenhum eu me afogava em lagrimas, era sufocante, meu coração acelerado, minha vista embaçada pelo choro, minhas mãos suando e meu paladar tinha gosto de sangue, eu devo ter mordido os lábios pelo caminho ou talvez a boca seca, possivelmente os dois. Eu já não prestava atenção no percurso quando de repente eu me choco com a lateral de um carro, não consegui desviar a tempo, só consigo ver meu skate sendo arremessado e um capô em meu campo de visão. Recobro minha sanidade e antes de eu chegar ao chão uso os ombros para amortecer a queda com um rolamento.
- MALDITOS SKATISTAS DE MERDA. _ era o que o motorista berrou antes de arrancar com o carro.
Alguns minutos no chão, me levanto antes que outro carro apareça e dessa vez passe por cima de mim (porventura eu quisesse isso, seria o melhor). Meus ombros queimavam, era como se eu fosse um anjo e minhas asas foram arrancadas de mim, não sei se era apenas dor física mas as asas que me sustentavam agora, está sendo arrancada de mim aos poucos. Pego meu skate na calçada e percebo meu celular vibrar, a tela trincada quase impossível de toca-la, Becky acordou pedi para que ela me encontrasse em PRIMROSE HILL é uma parte alta de Londres uma grande extensão de grama verde eu escolhi porquê:
1_ É maravilhoso ver o nascer do sol.
2 _ É perfeito ver o pôr do sol.
Em meia hora chego e Becky estava lá de blusão e bermuda igual a mim, deitada ao gramado com os braços atrás da cabeça olhando o céu, perdida na sua viagem, ela me percebe quando estou cada vez mais perto.
- O que rolou pra me chamar as 4 da manhã?
- Na verdade foi as três, você que dormiu demais. _ me deitei ao seu lado com certo cuidado pra não ferrar mais com meus ombros.
- Olha aquelas constelações.
- Tu sabe que eu não entendo de estrelas.
- Vamos, relatório Kowalski!
- Meu nome é Draco e meu sobrenome não é Kowalski. _ disse sem entender o que a louca estava dizendo.
- Você nunca assistiu Madagascar? No planeta em que você vive tem montanha russa? _ parecia que ela iria enfiar Madagascar pela minha garganta, seja lá o que isso for, diante disso dou de ombros.
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E SE FOSSE VERDADE - DRARRY
Romance[ CONCLUÍDA ] Adaptação do filme E SE FOSSE VERDADE Depois de que Draco decidiu largar o mundo bruxo, sua vida foi de mal a pior. A morte de um ente querido. Os amigos que se afastaram. A única coisa que restou foi sua casa no mundo trouxa, na qu...