Capítulo 7 - Sicário

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Era a oitava noite após o ritual já estava perdendo as esperanças o remorso me consumia por dentro, mesmo assim eu estava lá outra vez indo em direção ao cemitério na escuridão da noite como todas as noites dês daquele maldito dia

As ruas vazias que levavam ao cemitério estava com um frio mórbido das três da madrugada, eu já estava cansado de toda aquela situação já não aguentava mais esperar acontecer, mas já tinha feito, agora tudo que me restava era aguardar

Mais uma vez me encontro olhando para aquele imponente portão com um estilo gótico, eu êxito por alguns segundos até finalmente abrir o grande cadeado que sela o portão a qual a chave tive que conseguir subornando o coveiro

O ar como sempre está pesado como se os mortos não me quisesse por lá profanando seu descanso eterno, vou andando entre as lápides até chegar em uma grande estátua de um anjo que está debruçado em uma posição melancólica sobre um jazido ao qual está escrito o nome dela

Este e o túmulo da Natália, a qual o Carlos consumido pelo culpa não poupou esforços nem recursos para mandar confeccionar, um jazido tão extravagante que destoar tanto com os demais dando a impressão que a pessoa a qual este jazido sepulta foi alguém muito especial

O silêncio é sepulcral como sempre me deixando apenas ouvir o som das batidas do meu próprio coração que vai se acelerando pouco a pouco, mas desta vez algo está diferente não sei ao certo o que é, há algo estranho no ar sinto que é desta vez, sinto que é esta noite, sinto que acontecerá

Meu coração acelera cada vez mais ansioso pelo o que está por vir, minhas mãos começa a suar então começo a ouvir passos vindo de longe o som de passos na grama vai se aproximando lentamente, começo a ver uma silhueta se formar entre a penumbra, em meu rosto já começa a se formar um sorriso já não consigo conter as lágrimas um misto de sentimentos toma conta de mim

A silhueta vai ganhando forma e meu sorriso se desfaz não era o que eu esperava, na minha frente vinha se aproximando uma pessoa com uma máscara de pano branco trajada de um grande casaco preto com um grande rasgo que revelava uma blusa branca por baixo ele usa uma calça comprida de tom escuro e um coturno, em uma das suas mãos estava segurando uma arma

Toda a minha ansiedade se transforma em pavor quando olho aquela pessoa lentamente levantar a arma em minha direção, meus olhos fixam no cano do trinta e oito vários pensamentos vem a minha cabeça mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa

PUM !!!!

O som do tiro ecoa por todo o cemitério sinto a bala atravessar por dentro de minha coxa e imediatamente caio no chão gritando com a dor, o maníaco se aproximar mais, observando eu me contorcer de dor ele se abaixa ficando apenas observando atentamente, quando eu começo a me recompor ele aperta o cano da arma contra a ferida da bala me fazendo chorar com a dor

Então tento reagir tentando pegar a arma mas em vão pois quando faço o primeiro movimento ele atira a queima roupa novamente em minha coxa, a dor é insuportável dá para sentir todo o caminho que o projétil fez por dentro do músculo da minha coxa, a única coisa que consigo fazer é gritar e me contorcer no chão com a dor olhando para aquele maníaco com a máscara que retira sua face se deleitando com a minha dor em total silêncio

Após alguns instantes que para mim pareceram uma eternidade ele usa a arma para me dar uma coronhada com bastante força na minha cabeça me fazendo desmaiar, quando vou recobrando a consciência sinto que minha respiração esta abafada e mesmo abrindo meus olhos não enxergo quase nada apenas uma pouca luz que consegue passar pelo tecido grosso do saco de pano que esta em minha cabeça

Sinto o gosto de pano da mordaça que me impede de grita e quando tento me mover percebo que estou amarrado em uma cadeira por uma espécie de corda bem fina, o pânico vai tomando conta e tento forçar as cordas para me libertar porém quanto mais eu as forço mais elas começam a rasgar a minha pele só então percebo o que está a me algemar são arames farpados, com meus braços e pernas presos só me resta balançar a cabeça compulsivamente no desespero para retirar o saco de pano da minha cabeça

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