Capítulo 2 - Insônia

115 16 60
                                    

- tenho algo especial para você, bem não sei sé e algo tão especial assim mas tenho uma surpresa

- uma surpresa? Mas nem é meu aniversário.

Volto a me concentrar na estrada mesmo com dificuldade pois o cansaço está me atrapalhando bastante

- sabe Carlos na verdade eu queria lhe falar algo já faz um tempo mas não sou muito boa com isto

Seu rosto volta a ficar rosado percebo que ela está se esforçando para criar coragem para falar algo porém já está difícil me concentrar no que ela está falando, a estrada vai se apagando pouco a pouco e escuto a voz dela ficando distante

- Carlos ..... Carlos ...... Cuidado......

Sinto uma grande dor em meu braço e começo a abrir os meus olhos, eu tinha adormecido?
A dor vai ficando maior a ponto de eu gritar de dor, e novamente sinto outro pedaço de minha carne sendo arrancada de meu corpo, puxo meu braço por impulso e tento achar a arma e ver ao mesmo tempo o que estava me mordendo porém a arma não está mais na minha mão e ainda não consegui ver que coisa estava a me morder

Salto para longe do sofá colocando a mão em meu braço direito que está sangrando, corro para a cozinha para pegar novamente o kit médico que tenho para alguma emergência

- por que isto está acontecendo?

Tento com dificuldade fazer um curativo em meu braço, novamente vejo marcas de dentes humanos

- o que você quer de mim ? Quem é você ?

Lembro-me de adormecer com a arma nas minhas mãos, por que estou sem ela agora? ela era minha única segurança, me abaixo devagar com um pouco de dificuldade por causa do ferimento em minha coxa e pego a faca que estava largada no chão e neste momento percebo algo estranho, um rastro de sangue no chão da sala que não leva para a cozinha o que não faz sentido pois eu vim direto para a cozinha com o braço sangrando

Com a faca em mãos volto andado devagar para a sala para ver aonde este rastro de sangue leva, e um pequeno rastro com umas poucas gotas de sangue que faz um caminha até meu quarto se destinando para dentro do meu guarda-roupa, tento andar até lá sem fazer barulho para o que seja que esteja lá dentro não perceba, meu plano é simples vou abrir com tudo a porta do guarda-roupa e rapidamente esfaquear o que esteja lá dentro

Estendo a mão trêmula até o puxador do guarda-roupa e por um estante posso ouvir um som de respiração pesada vindo de dentro dele,e com força abro rapidamente a porta e quando eu vejo um vulto aparentemente com uma forma escura eu esfaqueei o mais rápido possível

- lhe peguei maldito!

Alguns segundos depois percebo que acabei atravessando a faca em meu casaco favorito

- como assim não tem nada? Eu ouvi algo! Não pode ser !

Começo a jogar tudo o que estava dentro do guarda-roupa para fora tentando acha algo mas em vão

- não faz sentido não tem como esconder uma pessoa aqui

Olho rapidamente para a porta do quarto para ver se consigo ver por onde ele fugiria

- não tem como ele ter saído sem eu ver pois a única saída do quarto é pela porta não há janelas aqui, que droga! Eu ouvi algo eu sei!

Me vem uma ideia na cabeça e me dirijo a cozinha novamente

- sei que você está aqui me olhando apenas esperando eu baixar a guarda, você esperou eu adormecer para vir me atacar seu maldito mas não baixarei mais a guarda vou lhe pegar desgraçado

Contos Da PenumbraOnde histórias criam vida. Descubra agora