Cassian fez uma grande besteira quando pegou um doce solitário, e extremamente delicioso, da geladeira de Feyre. Sem saber, ele estava comendo a sobremesa brasileira da difícil Nestha, a irmã mais velha, e extremamente emburrada, de sua cunhada.
Ago...
Enfim, capítulo final dessa two-shot. Espero que vocês gostem e tenham uma boa leitura! Lembrem-se: comenta, favorita e adiciona na lista de leitura.
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Nestha achou estranho aquele sorriso desconcertante no rosto do cunhado de sua irmã. Era para ser um castigo fazê-lo gastar dinheiro com ela, sua meta era causar uma punição, como a boa Nestha Archeron devia fazer.
Mas então, por que ele estava rindo?
Na verdade, ela sabia que dinheiro não era problema para alguém da família de Rhysand, mas a questão era menos o dinheiro e mais a raiva. Ter uma barca de açaí somente para si seria o bônus do seu objetivo principal; o aborrecimento. Ela só queria o irritar, de qualquer forma que pudesse. E geralmente era preciso somente a respiração de um deles para tirar o outro do sério.
É preciso dizer que o que Nestha tinha de inteligente em sua vida prática e racional, ela tinha de boba nos aspectos emocionais. O fato de seu único namorado ter sido um potencial estuprador não tinha a ajudada com isso. Ela conseguia até mesmo lidar com flerte ou algum sexo casual, mas não com relacionamentos. E era por isso que ela jurava de pé junto que Cassian a detestava também. E não que ela realmente o detestasse, mas tinha que fingir isso. Para os outros, mas, principalmente, para si.
Ele havia sido grosso com ela na primeira vez em que se viram, mas não podemos o julgar muito, pois Nestha sempre atacava primeiro. E desde então eles viviam brigando ou se ignorando. Na verdade, para Nestha eles se ignoravam, porque ela não percebia todas as vezes em que ele a olhava de canto, ou então que a procurava em qualquer sala na qual ela estivesse. E, obviamente, nunca passou por aquela cabeça de cabelos castanhos que ele muitas vezes ia ali esperando a encontrar.
Mas ela nunca andava por aquele corredor, nunca saia de seu quarto. Quando saia nem se dignava a o olhar. E então ele comeu aquele doce, o pequeno manjar de sua amiga Emerie e isso tinha sido o suficiente para os olhos cinzas faiscarem de raiva, toda sua atenção dirigindo-se para Cassian. Mas Nestha tentou não olhar por muito tempo.
Ele era bonito demais. Fazia o tipo dela demais.
As tatuagens, as jaquetas pretas de couro, o cabelo cuidado, mas sempre meio bagunçado, as tatuagens que apareciam em sua pele... Ela não era boa com relacionamentos mais profundos, mas com certeza era bom em ter um tipo e o cunhado de Feyre era a personificação dos sonhos de adolescentes de Nestha. Até mesmo a personalidade, que ela tanto fingia desprezar, era secretamente seu tipo. Não que ela fosse assumir isso para qualquer um.
Quantas vezes a garota não tinha se derretido na frente de uma tela pelo herói brincalhão de sorriso bonito, sempre espirituoso, cujo coração era quase tão grande quanto as besteiras que falava. Ela, tão arisca, olhava para aqueles personagens e só conseguia pensar em um grande Golden Retriever de olhos brilhantes que olhava seu objeto de desejo com adoração. Cassian era um grande Golden Retriever e ela nunca percebeu a ponta de adoração que brilhava nos olhos castanhos toda vez que ele a encontrava entre as várias cabeças de uma multidão.
