No dia seguinte, Donghyuck acordou com os olhos terrivelmente inchados e vermelhos; não era bom chorar antes de dormir. Além de ter começado o dia completamente acabado, sua boca tinha um gosto amargo que se intensificou quando lembrou dos problemas que teve com Mark.
Ainda estava chateado, não ia negar, mas não estava com raiva. Apenas doía, meses atrás não tinha discussões de nenhum tipo com Mark.
Lembrou-se do primeiro choque de ideias que teve com o canadense, mas naquela vez foi porque não havia contado tudo, a culpa era principalmente dele; Donghyuck omitiu ter uma família, ou pelo menos uma mãe, rígida e preconceituosa.
Agora ele tinha aquela sensação de escassez novamente. Mark fazia falta.
Tirou os lençóis de seu corpo para que pudesse se levantar e ir tomar um bom banho frio, precisava arrancar os rastros de lamentação. Chorar não resolveria seus problemas, ele pensou durante a noite, mas pelo menos o ajudaria a tirar aquele nó em sua garganta.
Limpou seu corpo e cabelo. Quando terminou, ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura. Queria parar de pensar no assunto Mark, estava até parecendo um maníaco. Ele tinha que ir para a escola e não seria capaz de prestar atenção nas aulas se continuasse a repassar a discussão com Mark em sua mente.
Pegou seu uniforme para deixá-lo na cama, secou bem o corpo com a toalha e sacudiu os cabelos úmidos. Ele se vestiu e foi ao banheiro dar uma conferida em sua aparência. Balançou a cabeça, convencido, sempre estava bonito.
— O que você acha, Felix? — perguntou ao sair do banheiro, encarando seu pôster de Stray Kids que estava colado na parede — Você acha que eu pareço um louco falando com você quando você é um pedaço de papel? — pegou a mochila que estava no chão, levantou-a e colocou-a nas costas — Tem razão, obrigado pelo conselho.
Ele saiu do quarto e desceu a escada, indo para a cozinha tomar café da manhã. Não havia ninguém, talvez ele tivesse acordado muito tarde. Deu de ombros antes de abrir as portas da despensa, encontrando um pacote de biscoitos lá e o pegando.
Foi até a porta, pegou as chaves e saiu de casa, trancando-a em seguida. Assim que se virou deu um grande bocejo, estava tão cansado que não queria fazer nada.
Abriu o pacote de biscoitos enquanto caminhava, começou a comê-los com lentidão, a mesma lentidão com que seus pés se moviam na calçada. Ele não parava de bocejar, mesmo com os biscoitos na boca, afinal ninguém estava olhando mesmo.
O som de uma buzina fez com que se exaltasse e derrubasse o pacote de biscoitos no chão, o olhando com tristeza em seguida. Ele rosnou virando-se para ver o incompetente que se dignou a fazer tal ato de crueldade contra ele e seus pobres biscoitos recheados. Um mau pressentimento estava o dizendo que era ele.
— Cai fora! — disse a Kunhang, abaixando-se para pegar o pacote de biscoitos. Não ia deixar de comer aquelas gostosuras por causa de poucos segundos no chão, afinal, a regra dos cinco segundos não existia à toa — Você me fez derrubá-los.
— Você está atrasado, pensei que poderia levá-lo para a escola — o homem de fios negros se inclinou sobre o banco do passageiro.
— Eu quero chegar atrasado, não se preocupe — Donghyuck sorriu e continuou seu caminho, mas Hendery continuou o acompanhando, mantendo o veículo em uma velocidade lenta.
— Me deixa te levar pra escola, você não vai querer ser penalizado por chegar atrasado — Hendery cantarolou, freando quando Donghyuck parou de andar.
Donghyuck pensou um pouco.
— Vou sujar o seu carro — avisou, aproximando-se do carro para abrir a porta do passageiro e entrar — Tenho certeza que essa rua não está no seu caminho, você só o fez para esbarrar em mim, stalker — disse fechando a porta e deixando a mochila em seu colo.
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Mom, I'm gay too『Tradução pt/br』 | Markhyuck
FanfictionOs pais de Donghyuck mostram seu desprezo por Mark, o garoto que vive na casa ao lado, por ser homossexual. Mas não sabem que seu próprio filho é o namorado de Mark. ⚠️Essa fanfic não é de minha autoria, é apenas uma tradução autorizada pela autora...